"Porquanto
se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá
fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares." Mateus
24:7
No
século 3 d.C os judeus foram obrigados a deixar sua terra pelos
Romanos. Passado algum tempo, o Islamismo iniciou a sua expansão
através de várias conquistas. Depois de um longo período,
aconteceu o primeiro encontro sionista, movimento internacional
judeu, em
1847. Nesta época ficou decidido que os judeus retornariam em massa
à Terra Santa, em Jerusalém, de onde muitos foram expulsos.
Imediatamente teve início a emigração para a Palestina, que era o
nome da região no final do século 19.
Parecia
uma utopia o retorno à Terra Santa e lá edificar um Estado. O
projeto havia sido concebido por Theodor Herzl - jornalista e judeu,
nascido em Budapeste, Hungria, em 1860 - e oficializado no congresso
de fundação da organização sionista em Bale, em 1897. Até sua
morte, em 1904, Herzl estimava que a criação do Estado judeu na
Palestina seria uma unanimidade. Aos que se inquietavam com a
hostilidade dos árabes, ele respondia: "Por que se levantariam
contra nós se estamos trazendo o progresso para eles?"
Quando
os judeus começaram a retornar para a Terra Santa, a área pertencia
ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903,
25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre eles. Em 1914,
quando começou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais
de 60 mil. Os
confrontos começaram a ocorrer à medida que a imigração
aumentava.
Durante
a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou
drasticamente, porque milhões de judeus se dirigiam à Palestina
fugindo das perseguições dos nazistas na Europa. O
navio Exodus, que partiu do porto francês de Sète com mais de
quatro mil judeus sobreviventes dos campos de extermínio, mas foi
impedido pela marinha britânica de chegar à Palestina, em 1947. O
navio foi cercado pela marinha britânica na costa da Palestina e
impedido de atracar em Haifa. Depois de semanas isolados no mar, seus
passageiros foram forçados a retornar à França. Por fim, tiveram
que desembarcar na Alemanha e foram mandados para campos perto de
Lubeck.
Em
1947, para tentar equacionar a invasão judaica às terras
palestinas, a ONU resolveu criar o "Estado duplo": o
território seria dividido em dois Estados, um árabe e outro judeu,
com Jerusalém como "enclave internacional". Os judeus
aceitaram a proposta. Os árabes não. Líderes
judeus comemoram a decisão da partilha da Palestina no prédio da
ONU em Nova York. Moradores de Tel Aviv comemoram a decisão da ONU
em criar o "Estado Duplo", em 1947. No dia 14 de maio de
1948, Israel declarou sua independência. Os exércitos de Egito,
Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas foram derrotados.
Em
1967 começou a "Guerra dos Seis Dias", confrontos que
mudariam o mapa da região. Israel derrotou Egito, Síria e Jordânia
e conquistou, de uma só vez, toda a Cisjordânia, as Colinas de
Golan e Jerusalém Oriental. A vitória rápida e inequívoca de
Israel impressionou. Apesar de sua situação geográfica
desfavorável, conseguiu novamente impor-se ao mundo árabe. Durante
a "Guerra dos Seis Dias", egípcios foram capturados por
Israel, no Deserto do Sinai. Um
tanque israelita a caminho de Damasco provocou a derrota da Síria
durante a "Guerra de Seis Dias". Soldados
sírios se rendem durante a "Guerra de Seis Dias".
Em
1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no feriado
de Yom Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados. Este
feriado é considerado o dia mais sagrado do judaísmo.
Em
1987 aconteceu a primeira Intifada, palavra árabe que significa
"sacudida" ou "levante". Milhares de jovens
saíram às ruas para protestar contra a ocupação israelense,
considerada ilegal pela ONU.
Os
israelenses atiraram e mataram crianças que jogavam pedras nos
tanques, provocando indignação na comunidade internacional. Em
2000 aconteceu a segunda Intifada. O então primeiro-ministro
israelense Ariel Sharon provocou uma forte rejeição após ter
caminhado nas cercanias da mesquita Al-Aqsa, considerada sagrada
pelos muçulmanos, e que faz parte do Monte do Templo, área sagrada
também para os judeus
Manifestantes
protestam contra a presença do primeiro-ministro israelense Ariel
Sharon durante a 2ª Intifada, em 2000. Ao longo dos anos, Israel
permanece nos territórios ocupados e continua se negando a obedecer
à resolução 242 das Nações Unidas, de novembro de 1967, que
obriga o país a se retirar de todas as regiões conquistadas durante
a Guerra dos Seis Dias.
Em
junho de 2007, a Autoridade Nacional Palestina se divide, após um
ano de confrontos violentos entre os partidos Hamas e Fatah. A Faixa
de Gaza passou a ser controlada pelo Hamas, partido sunita do
Movimento de Resistência Islâmica. A
Cisjordânia se manteve sob o governo do Fatah, do presidente Mahmoud
Abbas.
Palestinos
carregam o corpo do comandante do Hamas, Hassan al-Shorbasi,
assassinado por pistoleiros, durante o funeral no sul da Faixa de
GazaMaanImages/Hatem Omar. No
mesmo ano, um militante do Hamas mostra cópia do Corão após
invadir a sede do Fatah na Cidade de Gaza.
Em
2010, o premiê israelense Benjamin Netanyahu provocou nova tensão.
Em decreto, ordenou a construção de 1.600 novas casas para judeus
no setor oriental de Jerusalém, reivindicado pelos palestinos como
sua capital.
Em
agosto de 2011, Israel dá a aprovação final para a construção
das 1.600 moradias em Jerusalém Oriental decretada no ano anterior.
O ato dificulta os esforços em dissuadir os palestinos de buscar o
reconhecimento da nação na ONU como um Estado. O
palestino Said Eid observa a construção de uma colônia israelense
em Jerusalém oriental, na Cisjordânia. A Autoridade Palestina
considera a ocupação judaica na Cisjordânia e em Jerusalém
Oriental o maior impedimento para a paz.
O
atual cenário de violência, o terceiro em apenas cinco anos, foi
antecedido pela morte de 3 jovens israelenses. Apesar de acusar o
Hamas pela morte dos seminaristas judeus Gil-Ad Shaer e Naftali
Fraenkel (israelo-americano), ambos de 16 anos, e de Eyal Yifrah, de
19 anos, Israel não apresentou provas da autoria do grupo, que negou
a acusação.
Após
a morte dos
adolescentes
e a acusação ao Hamas, o conflito teve início. Israel tem lançado
foguetes na Faixa de Gaza. O governo do primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu alega que está atacando bases de treinamento e alvos do
Hamas. Em 18 de julho, Israel invadiu Gaza, dando início à sua
ofensiva terrestre.
A
nova fase do conflito aumentou drasticamente o número de vítimas
entre os palestinos e causou dezenas de mortes entre os soldados
israelenses. Um soldado israelense chora sobre o túmulo do sargento
Yair Ashkenazy, 36, durante funeral no cemitério militar em Rehovot,
em Israel. Ashkenazy foi morto durante as operações no norte da
faixa de Gaza.
Palestino
carrega criança ferida dentro de uma escola da ONU em Beit Hanoun,
no norte da faixa de Gaza. A escola foi atingida por ataque aéreo
israelense, deixando ao menos 15 pessoas mortas e outras 200 feridas.
Nas primeiras duas semanas de ofensiva israelense em Gaza, ao menos
700 pessoas foram mortas.
Segundo
o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos
Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), 229 crianças palestinas
morreram na Faixa de Gaza desde o início da mais recente onda de
ataques de Israel contra a região, em 7 de julho, incluindo tanto os
bombardeios aéreos quanto a ofensiva por terra. Médicos
palestinos atendem criança ferida em leito de emergência no bairro
de Shifa, na cidade de Gaza. A menina foi ferida durante bombardeios
israelenses na última sexta-feira (18).
Fonte:http://noticias.bol.uol.com.br/fotos/imagens-do-dia/2014/07/29/entenda-o-conflito-entre-israel-e-palestina.htm?fotoNav=1#fotoNav=1