quarta-feira, 30 de julho de 2014

CONFLITO ENTRE PALESTINOS E ISRAELENSES

"Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares." Mateus 24:7


 
No século 3 d.C os judeus foram obrigados a deixar sua terra pelos Romanos. Passado algum tempo, o Islamismo iniciou a sua expansão através de várias conquistas. Depois de um longo período, aconteceu o primeiro encontro sionista, movimento internacional judeu, em 1847. Nesta época ficou decidido que os judeus retornariam em massa à Terra Santa, em Jerusalém, de onde muitos foram expulsos. Imediatamente teve início a emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do século 19.
Parecia uma utopia o retorno à Terra Santa e lá edificar um Estado. O projeto havia sido concebido por Theodor Herzl - jornalista e judeu, nascido em Budapeste, Hungria, em 1860 - e oficializado no congresso de fundação da organização sionista em Bale, em 1897. Até sua morte, em 1904, Herzl estimava que a criação do Estado judeu na Palestina seria uma unanimidade. Aos que se inquietavam com a hostilidade dos árabes, ele respondia: "Por que se levantariam contra nós se estamos trazendo o progresso para eles?"
Quando os judeus começaram a retornar para a Terra Santa, a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre eles. Em 1914, quando começou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60 mil. Os confrontos começaram a ocorrer à medida que a imigração aumentava.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou drasticamente, porque milhões de judeus se dirigiam à Palestina fugindo das perseguições dos nazistas na Europa. O navio Exodus, que partiu do porto francês de Sète com mais de quatro mil judeus sobreviventes dos campos de extermínio, mas foi impedido pela marinha britânica de chegar à Palestina, em 1947. O navio foi cercado pela marinha britânica na costa da Palestina e impedido de atracar em Haifa. Depois de semanas isolados no mar, seus passageiros foram forçados a retornar à França. Por fim, tiveram que desembarcar na Alemanha e foram mandados para campos perto de Lubeck.
Em 1947, para tentar equacionar a invasão judaica às terras palestinas, a ONU resolveu criar o "Estado duplo": o território seria dividido em dois Estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém como "enclave internacional". Os judeus aceitaram a proposta. Os árabes não. Líderes judeus comemoram a decisão da partilha da Palestina no prédio da ONU em Nova York. Moradores de Tel Aviv comemoram a decisão da ONU em criar o "Estado Duplo", em 1947. No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Os exércitos de Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas foram derrotados.
Em 1967 começou a "Guerra dos Seis Dias", confrontos que mudariam o mapa da região. Israel derrotou Egito, Síria e Jordânia e conquistou, de uma só vez, toda a Cisjordânia, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental. A vitória rápida e inequívoca de Israel impressionou. Apesar de sua situação geográfica desfavorável, conseguiu novamente impor-se ao mundo árabe. Durante a "Guerra dos Seis Dias", egípcios foram capturados por Israel, no Deserto do Sinai. Um tanque israelita a caminho de Damasco provocou a derrota da Síria durante a "Guerra de Seis Dias". Soldados sírios se rendem durante a "Guerra de Seis Dias".
Em 1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no feriado de Yom Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados. Este feriado é considerado o dia mais sagrado do judaísmo.
Em 1987 aconteceu a primeira Intifada, palavra árabe que significa "sacudida" ou "levante". Milhares de jovens saíram às ruas para protestar contra a ocupação israelense, considerada ilegal pela ONU.
Os israelenses atiraram e mataram crianças que jogavam pedras nos tanques, provocando indignação na comunidade internacional. Em 2000 aconteceu a segunda Intifada. O então primeiro-ministro israelense Ariel Sharon provocou uma forte rejeição após ter caminhado nas cercanias da mesquita Al-Aqsa, considerada sagrada pelos muçulmanos, e que faz parte do Monte do Templo, área sagrada também para os judeus 
Manifestantes protestam contra a presença do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon durante a 2ª Intifada, em 2000. Ao longo dos anos, Israel permanece nos territórios ocupados e continua se negando a obedecer à resolução 242 das Nações Unidas, de novembro de 1967, que obriga o país a se retirar de todas as regiões conquistadas durante a Guerra dos Seis Dias.
Em junho de 2007, a Autoridade Nacional Palestina se divide, após um ano de confrontos violentos entre os partidos Hamas e Fatah. A Faixa de Gaza passou a ser controlada pelo Hamas, partido sunita do Movimento de Resistência Islâmica. A Cisjordânia se manteve sob o governo do Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.
Palestinos carregam o corpo do comandante do Hamas, Hassan al-Shorbasi, assassinado por pistoleiros, durante o funeral no sul da Faixa de GazaMaanImages/Hatem Omar. No mesmo ano, um militante do Hamas mostra cópia do Corão após invadir a sede do Fatah na Cidade de Gaza.
Em 2010, o premiê israelense Benjamin Netanyahu provocou nova tensão. Em decreto, ordenou a construção de 1.600 novas casas para judeus no setor oriental de Jerusalém, reivindicado pelos palestinos como sua capital.
Em agosto de 2011, Israel dá a aprovação final para a construção das 1.600 moradias em Jerusalém Oriental decretada no ano anterior. O ato dificulta os esforços em dissuadir os palestinos de buscar o reconhecimento da nação na ONU como um Estado. O palestino Said Eid observa a construção de uma colônia israelense em Jerusalém oriental, na Cisjordânia. A Autoridade Palestina considera a ocupação judaica na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental o maior impedimento para a paz.
O atual cenário de violência, o terceiro em apenas cinco anos, foi antecedido pela morte de 3 jovens israelenses. Apesar de acusar o Hamas pela morte dos seminaristas judeus Gil-Ad Shaer e Naftali Fraenkel (israelo-americano), ambos de 16 anos, e de Eyal Yifrah, de 19 anos, Israel não apresentou provas da autoria do grupo, que negou a acusação.
Após a morte dos adolescentes e a acusação ao Hamas, o conflito teve início. Israel tem lançado foguetes na Faixa de Gaza. O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alega que está atacando bases de treinamento e alvos do Hamas. Em 18 de julho, Israel invadiu Gaza, dando início à sua ofensiva terrestre.
A nova fase do conflito aumentou drasticamente o número de vítimas entre os palestinos e causou dezenas de mortes entre os soldados israelenses. Um soldado israelense chora sobre o túmulo do sargento Yair Ashkenazy, 36, durante funeral no cemitério militar em Rehovot, em Israel. Ashkenazy foi morto durante as operações no norte da faixa de Gaza.
Palestino carrega criança ferida dentro de uma escola da ONU em Beit Hanoun, no norte da faixa de Gaza. A escola foi atingida por ataque aéreo israelense, deixando ao menos 15 pessoas mortas e outras 200 feridas. Nas primeiras duas semanas de ofensiva israelense em Gaza, ao menos 700 pessoas foram mortas.
Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), 229 crianças palestinas morreram na Faixa de Gaza desde o início da mais recente onda de ataques de Israel contra a região, em 7 de julho, incluindo tanto os bombardeios aéreos quanto a ofensiva por terra. Médicos palestinos atendem criança ferida em leito de emergência no bairro de Shifa, na cidade de Gaza. A menina foi ferida durante bombardeios israelenses na última sexta-feira (18).

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Fonte:http://noticias.bol.uol.com.br/fotos/imagens-do-dia/2014/07/29/entenda-o-conflito-entre-israel-e-palestina.htm?fotoNav=1#fotoNav=1

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