sábado, 21 de dezembro de 2024

O TÚMULO VAZIO

Qual é a relevância para nós do que é retratado em João 20:1-7? 

Jesus morreu no fim da tarde de uma sexta-feira e ressuscitou no domingo bem cedo. Como o sábado estava próximo (Jo 19:42), o sepultamento foi feito às pressas e não foi concluído. Por mais que amassem Jesus, Seus seguidores guardavam o sábado e não foram ao túmulo (Mc 16:1; Lc 23:56). Depois do sábado, as mulheres compraram especiarias para levar ao túmulo no domingo. Para surpresa delas, a pedra tinha sido removida, e o túmulo estava vazio. 

Maria Madalena chegou cedo ao túmulo. Ela correu para contar a Pedro e João o que tinha visto. Os dois homens correram para lá. João ultrapassou Pedro e chegou primeiro. Abaixando-se, viu ali caídos os lençóis (Jo 20:6, NAA) ou faixas (NVI) com os quais Jesus havia sido enrolado. Mas não entrou antes que Pedro entrasse. 

Pedro, porém, entrou e viu as faixas de linho estendidas, mas o lenço que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, cobrindo Seu rosto, estava dobrado e separado das faixas. 

Leia João 20:7-10. João viu que o lenço que cobria o rosto de Jesus estava dobrado. Por que esse fato é importante? 

João entrou, viu e creu. Por que ver as faixas e o lenço separado e dobrado levaria João a crer que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos? 

Para responder a essa pergunta, é necessário refletir por que o túmulo estaria vazio. A resposta mais natural seria a ação de ladrões de túmulos. Mas essa explicação não pode ser aceita por três razões: (1) o túmulo estava guardado por uma escolta (Mt 27:62-66), tornando inviável o roubo; (2) ladrões de túmulos normalmente roubam objetos de valor, não corpos em decomposição; (3) ladrões de túmulos costumam agir com pressa e não se preocupam em dobrar as vestes funerárias. Não é de admirar que, quando João viu o lenço dobrado, creu que Jesus havia ressuscitado.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/a-hora-da-gloria-a-cruz-e-a-ressurreicao/#licaoQuarta

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

LOVE MAIOR QUE like

 Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 1 João 4:8, ARA

No ambiente das redes sociais, existem duas palavras que predominam: like é a primeira delas. Alguns especialistas a descrevem como a droga do século. Isso tem impacto na saúde mental das pessoas, fazendo-as ficar “viciadas” em ganhar likes e com crise de autoestima quando sua foto ou vídeo “flopa” e não alcança o número esperado de likes. Até alguns anos atrás, as curtidas estavam sendo tão prejudiciais que uma das redes sociais mais populares disponibilizou aos usuários a opção de ocultar a contagem de likes em suas postagens. 

Hoje muitos medem a importância de alguém pela quantidade de likes que a pessoa recebe. Os likes, infelizmente, também são usados como medidor de verdades. Assim, o valor de tudo se define por essa métrica rasa. Se alguns não têm curtidas suficientes, é sinal de que não têm importância nem valor. Não caia nessa! Nada seria mais falso. 

É aí que entra a segunda palavra em questão: love. Há muitos anos, ela ocupa a posição de hashtag mais usada de uma famosa rede social. Nesse caso, há muitas pessoas que confundem amar com curtir. Contudo, que amor é esse que é tão superficial e sem compromisso? O verdadeiro amor é, na realidade, a base da religião bíblica, a ponto de o apóstolo João utilizar essa palavra para definir o próprio Deus. 

Amar é muito mais do que curtir, e não se pode confundir as duas coisas. O amor é profundo; a curtida é superficial. O amor é conexão humana; a curtida é interação digital. O amor é construído com o tempo; a curtida é concedida em segundos. O amor é real; a curtida é virtual. O amor toca a alma; a curtida é um toque na tela. Por isso, um mundo melhor sempre vai ter mais amor que curtidas. 

O amor deve ser a essência da religião bíblica, a característica essencial do povo que segue as Escrituras. Lembre-se: ser importante não é sobre a quantidade de curtidas que você recebe. É sobre a quantidade de amor que você compartilha. O like é uma demonstração de simpatia. O verdadeiro amor, entretanto, é uma manifestação de pura empatia. É por isso que amar é muito mais que curtir. 

Neste dia, compartilhe o verdadeiro amor, ainda que longe dos holofotes e distante do reconhecimento social. Se ninguém curtir, fique tranquilo. Deus vai amar. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/love-maior-que-like/

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

CONTRASTES

Como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem-conhecidos; como se estivéssemos morrendo, mas eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; como entristecidos, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo. 2 Coríntios 6:8-10

Quando o reino dos Céus está em nosso coração, ele muda tudo ao redor, transformando nossa forma de ver a realidade. Paulo, em suas cartas aos coríntios, nos ensina a olhar com os olhos de Deus, a enxergar as coisas da forma adequada. A sociedade e a igreja em que aqueles cristãos viviam estavam em convulsão, com uma enorme variedade de estilos de vida e cosmovisões que causavam colisões e tensões. Paulo queria colocar as coisas em seus devidos lugares e ensiná-los a enxergar pela perspectiva correta. 

Os discípulos de Cristo, naquele tempo, eram vistos como falsos, mas viviam na verdade. Eram quase desconhecidos, mas tinham o verdadeiro conhecimento. Sofriam, mas se mantinham alegres. Eram pobres, mas enriqueciam as multidões. E essa perspectiva mudou o mundo – inclusive os coríntios. Mesmo centenas de anos depois de Paulo lhes haver escrito, pouco parece ter mudado em nossa sociedade. A verdade é confundida em meio a miríades de ilusões verossímeis. Por vezes, temos vergonha de afirmar que vivemos na verdade, e a experimentamos acanhados e de maneira privada. 

Relativamente poucos conhecem o nome de nossa igreja, e muitos nos rotulam dentro de outros grupos religiosos mais conhecidos. Nossos jovens experimentam atividades estranhas ao nosso ideário porque pensam que isso é viver. Não gostamos de sofrer, mas a resiliência parece ser uma virtude para nós. Não gostamos de ser pobres, mas nos agrada ter coisas. E queremos mais, precisamos de mais. Se essa descrição se aplica a você, é hora de rever conceitos. 

Leia as cartas de Paulo aos coríntios e peça que a graça, o amor e a comunhão de Deus o ajudem a ver as coisas como elas, de fato, são. Que você possa enxergar a verdade, não como algo privado, mas como algo que deve ser vivido e compartilhado. Que sua resiliência e amor pela verdadeira vida possam enriquecer multidões e mudar a realidade. Pois, somente quando aprendemos a olhar com os olhos de Deus, é que podemos viver a real plenitude.

Fonte:  https://mais.cpb.com.br/meditacao/contrastes-3/

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

TOQUE

 Ao vê-la, o Senhor Se compadeceu dela e disse: “Não chore.” Lucas 7:13

Como pastor, eu realizei muitas cerimônias fúnebres. É sempre difícil falar a pessoas que perderam alguém amado. Nesses momentos, as palavras não comunicam tanto quanto os gestos. 

A Bíblia relata que Jesus também esteve em funerais, mas nunca assistiu a nenhum deles inteiro. A presença do Mestre significa ausência de morte. Foi isso o que aconteceu quando Ele Se encontrou com a viúva de Naim, que caminhava em direção ao cemitério a fim de sepultar seu único filho. O texto bíblico de hoje diz que Jesus teve compaixão daquela mulher e lhe dirigiu palavras no mínimo estranhas. Ele disse: “Não chore.” Você consegue imaginar algo mais inadequado para se dizer a alguém no meio de um funeral? Foi exatamente isso que Jesus falou. Não sabemos o tom de Sua voz, mas é importante notar que Ele foi além das palavras. Imediatamente depois de dar essa ordem esquisita à mulher, Jesus tocou o esquife. 

A imagem aqui não é a de um caixão. Embora algumas traduções da Bíblia utilizem essa expressão, o esquife estava mais para uma espécie de maca sobre a qual levavam o corpo da pessoa morta, envolvido em alguns panos. Mas, quando Jesus tocou o esquife, todos pararam. Aquilo era proibido pelas leis da época. Quem tocasse em um corpo sem vida ficaria impuro por sete dias (Nm 19:11). Imagine o problema! Mesmo assim, Jesus tocou. Esse era um gesto eloquente. Por meio dele, Cristo queria dizer àquela mãe sofredora: “Filha, seu problema é Meu também. Sua perda também é Minha. Sua dor também dói em Mim. Você não está só nessa situação.” 

Nós temos um Deus que não assiste de modo indiferente aos dilemas de nossa vida. Ele está perto. Ele Se envolve. Quando a vida quebra o sonho acalentado, quando um relacionamento fracassa, quando juntamos os cacos de nossas esperanças e estamos prestes a sepultar mais um projeto, Jesus aparece e diz: “Não chore. Não tenha medo. Eu estou com você.” Ele toca. Ele restitui. 

Naquele dia, o filho foi devolvido à mãe. Essa foi a primeira vez que Jesus trouxe alguém de volta à vida. Assim como foi capaz de ressuscitar um morto, Ele tem em Suas mãos a solução para os desafios que você enfrenta agora. Creia nisso. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/toque/

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

PRESENTE ETERNO

 Você se sentirá seguro, porque haverá esperança; olhará ao redor e dormirá tranquilo. Jó 11:18

sociedade contemporânea é marcada por um frenesi constante, no qual o passado é deixado para trás e o futuro causa temor. A urgência do presente é cada vez mais evidente, e a expressão “vamos ao que interessa” é usada com frequência. O foco da maioria das pessoas está no momento atual, pois muitos não possuem uma perspectiva de futuro que vá além desta vida. Assim, o prazer se torna a finalidade de cada instante, seja nas compras, no sexo, na comida, nos jogos eletrônicos ou na leitura. Se Shakespeare tivesse escrito Hamlet nos dias de hoje, certamente teria dito: “Gostar ou não gostar – eis a questão.”

Contudo, graças à Bíblia, podemos ter uma perspectiva mais ampla do tempo. Ao lê-la, entendemos que Deus criou um habitat perfeito para a humanidade, mas o pecado corrompeu a perfeição. Mesmo assim, Ele preparou um plano de salvação cuja parte mais importante se concretizou na primeira vinda de Seu Filho. Isso é simplesmente magnífico! Além disso, a Palavra de Deus nos revela que há uma promessa que Ele tem Se empenhado em cumprir: restaurar este mundo. Para isso, o Senhor conta conosco. Esse conceito nos traz um horizonte, uma esperança de vida além desta existência efêmera. Assim, não estamos empenhados em buscar o prazer momentâneo, mas em viver plenamente em Cristo, com alegria mesmo em meio à tristeza. Essa perspectiva pode transformar vidas.

Como cristãos, sabemos como a história deste mundo acaba e, por isso, vivemos em uma velocidade diferente. Antes do movimento slow life se tornar moda, já falávamos em viver no campo, dedicar tempo à família, ter uma horta e encontrar Deus de modo especial a cada sete dias. Nossa única pressa é em ajudar os outros, porque queremos fazer isso de forma rápida e eficiente.

Para nós, cristãos, o momento atual é uma bela oportunidade de fazer deste mundo um lugar melhor. A nova Terra começa já, quando decidimos viver cada momento com Cristo. Por isso, respondemos à Sua chamada, dizendo: “Presente!” É possível viver uma vida plena em meio a um mundo tão conturbado, basta ter a perspectiva certa e a disposição de andar de acordo com os valores eternos. Aproveite o presente para viver a vontade de Deus – para sempre! 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/presente-eterno/

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

SHABBAT SHALOM!

Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Eclesiastes 9:8

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

SINAIS

 Isto acontecerá para que vocês deem testemunho. Lucas 21:13

Desde os tempos mais remotos, o ser humano aprendeu a temer os sinais que apontam para o fim do mundo. Tribulações, perseguições e dor, tudo isso está associado àquele momento em que a história atual chegará ao seu limite. Por muito tempo, compartilhei desse mesmo sentimento. Mas, ao longo dos anos, aprendi a ver as coisas de forma diferente. Hoje, olho para esses sinais sem medo algum.

Os noticiários nos bombardeiam diariamente com imagens de conflitos bélicos, políticos e sociais. Crimes, assaltos, violência e insegurança civil são notícias constantes em nossas telas. Parece que a intimidação é a palavra de ordem na sociedade. Tudo está à mercê de uma “educada” mirada de desprezo ou de um falatório de lábios armados. E isso não é tudo. Aglomerações, música, bebedeiras e drogas se tornaram os atributos de uma juventude cada vez mais hedonista. Aqueles que não se encaixam nesse modelo debatem-se entre a anorexia, o fast-food e os estimulantes alimentares. As famílias, por sua vez, já não são nucleares e completas, mas ajuntadas e complexas. Ajuntadas e desajuntadas como quebra-cabeças. Contudo, a verdade é que a subjetividade campeia à vontade, tornando difícil para o indivíduo sustentar a própria identidade.

Essas coisas não deveriam nos surpreender, afinal, já foram preditas pelo próprio Jesus. Os capítulos 24 e 25 do evangelho de Mateus transcendem o tempo e percorrem a história, chegando até nós com certeza irrefutável. Esses são os sinais que falam sobre nós e sobre nosso mundo. Sinais que vão além do negativo, pois introduzem a esperança. E se os sinais de Jesus se cumprem, Suas promessas também se realizam. Podemos viver em um mundo convulsionado, mas não temos nada a temer. Cristo nos salva, ilesos.

O fim deste mundo é, na verdade, o princípio do que é bom, da eternidade e do amor. Os sinais que as pessoas tanto temem não devem ser encarados com receio, mas sim com esperança. Jesus prometeu que virá e, enquanto isso, cuida de nós com toda atenção aos detalhes. Então, não tenha medo, porque, mesmo diante de tudo isso, há uma luz no fim do túnel. Há esperança e amor para nos guiar. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/sinais-3/

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

RELÓGIOS

Guarda, a que hora estamos da noite? Guarda, a que horas? Isaías 21:11, ARA

O dia amanheceu como todos os outros na pequena cidade do interior. Mas naquela manhã, às 7h20, um relógio grande que ficava na vitrine do joalheiro, na rua principal, parou por meia hora. Os moradores da cidadezinha nem imaginavam o quanto confiavam naquele relógio até o dia em que ele falhou. Os passageiros perderam o trem, porque, ao passarem pela loja, o relógio indicou que ainda faltavam 20 minutos para o trem das 7h40 sair. As crianças chegaram tarde à escola. Os empregados estenderam a conversa quando viram que faltava bastante tempo para a fábrica abrir e chegaram atrasados. O relógio parou apenas meia hora, mas isso foi o suficiente para causar muita confusão. 

No capítulo 11 do livro de Isaías, três visões são apresentadas: uma contra a Média e a Pérsia, outra contra Edom, e a última contra a Arábia. O profeta descreve, entre outras coisas, os acontecimentos acerca da invasão e destruição de Babilônia. O Senhor pede que um guarda seja posto em posição estratégica para alertar o povo. Naqueles dias, havia muita gente angustiada. Muitos haviam sido levados cativos. Viviam no exílio e aguardavam o cumprimento das profecias antigas. No meio da visão, Isaías ouve alguém gritar: “Guarda, a que hora estamos da noite? Guarda, a que horas?” (ARA). Em nossos dias, a pergunta seria: Quanto tempo ainda temos que esperar até a volta de Jesus? 

Cristo envia Seus discípulos ao mundo com uma missão: revelar o caráter de Deus e preparar pessoas para um encontro com Ele. A vida de um seguidor de Jesus é um sinal de Seu reino neste mundo. Seus valores, suas prioridades, suas motivações e sua agenda declaram a que horas estamos na noite da vida na Terra. Pelo menos devia ser assim. Quando a pequena nuvem aparecer no meio do céu, quando a última trombeta for ouvida, quando chegar o dia final, as pessoas à sua volta serão tomadas de surpresa? 

Que você seja um indicador confiável do tempo em que vivemos. Que sua voz e sua vida mostrem claramente que não falta muito para Jesus voltar a esta Terra. Então acerte o relógio e viva mais este dia para a glória de Deus. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/relogios/

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

MACERANDO A ESPERANÇA

O meu coração se alegra e a minha língua exulta; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança. Atos 2:26

maceração é uma técnica muito antiga utilizada para amolecer e dar aroma aos alimentos. Consiste, primeiramente, em introduzir o alimento em um líquido (água, azeite, leite, etc.) para que adquira uma consistência e sabor mais apropriados, de acordo com o propósito do cozinheiro. Depois, é preciso dar tempo para que o alimento se transforme.

Em seu sermão do Pentecostes, Pedro empregou um texto de Davi (Sl 16:9) em que este falava da condição humana e de como o ser humano encontra estabilidade em Deus. Segundo Davi, seu coração se alegrou, sua língua exultou e seu corpo pôde repousar em esperança. É uma imagem que me faz lembrar a sensação que experimentamos em uma festa: alegria, conversas animadas e, quando todos vão embora, lembranças. Lembranças que nos fazem sorrir novamente e desejar que a experiência se repita. Colocamos, então, para macerar nossas esperanças de novos encontros.

O sermão de Pedro acelerou a propagação da imagem pública da igreja primitiva. Aparentemente, a partir daquele momento, não houve descanso para nenhum cristão. As pressões políticas e as perseguições sociais se intensificaram. Apesar disso, olhar para Jesus os motivava a viver alegres entre as penúrias, a falar com simpatia em meio às injustiças, a macerar o próprio ser na esperança enquanto tudo era trevas. “Sob a mais feroz perseguição, essas testemunhas de Jesus conservaram sua fé incontaminada. […] Com palavras de fé, paciência e esperança, encorajavam uns aos outros a suportar privações e aflições. A perda de todas as bênçãos terrenas não podia forçá-los a renunciar a sua fé em Cristo. Provas e perseguições nada mais eram do que passos que os levavam para mais perto de seu descanso e sua recompensa” (Ellen G. White, Cristo Triunfante, p. 352).

O mesmo Pedro falaria posteriormente sobre a “viva esperança” para a qual Deus nos regenera (1Pe 1:3-5). Essa esperança maravilhosa, macerada entre os sofrimentos desta vida, nos dá a certeza de que em breve nos encontraremos na presença do Salvador, onde já não haverá mais pranto nem pesar. Lá a alegria será plena, e o sabor da eternidade não terá comparação. Você tem se preparado para esse grande encontro? 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/macerando-a-esperanca/

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

AGRICULTURA ESPIRITUAL

Sejam também vocês pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Tiago 5:8

Ao longo dos séculos, a humanidade tem imaginado a figura de Deus de inúmeras formas. Desde a representação solene do Pantocrator da Idade Média até a versão bonachona e pós-moderna, muitas são as maneiras de descrevê-Lo. No entanto, é no princípio do Gênesis que nos deparamos com uma imagem inusitada: Deus como agricultor. Imagine um Deus com chapéu de palha, pele bronzeada, porte atlético e uma enxada na mão, plantando muda aqui, cuidando de orquídeas acolá e guiando o crescimento de videiras. Esse Deus agricultor fala muito da harmonia com a vida. 

O Éden (nome associado ao conceito de prazer) era um jardim e uma horta combinados. Em Granada, na Espanha, é comum encontrar pequenas chácaras chamadas cármenes, que são um verdadeiro deleite para aqueles que as habitam. Foi exatamente em um cenário assim que Deus colocou o ser humano para ser um jardineiro-hortelão. Aquele era um local de delícias exóticas e exuberantes, um espetáculo aos sentidos. 

Alguns me consideram um jardineiro impaciente. Embora goste de jardins e hortas, não nasci no campo, mas em uma cidade, e por isso me custa esperar. Como um bom citadino, quero que as coisas aconteçam imediatamente, mas a natureza tem seus próprios ritmos. Posso plantar tomates e ficar olhando para eles esperando que cresçam, mas isso não vai acontecer no tempo que eu quero. Preciso ter paciência e dar-lhes tempo para que cresçam e frutifiquem. 

Da mesma forma, Deus age a Seu tempo. Embora apreciemos uma religião imediatista, Ele produz apenas o melhor e o mais refinado que pode ser trazido à existência – verdadeiras delícias. Até hoje, observamos Sua obra e exclamamos como o famoso arquiteto Ludwig Mies van der Rohe: “Deus está nos detalhes!” 

Quando colho um tomate e sinto o cheiro intenso, a textura e seu vermelho brilhante, lembro-me de nosso verdadeiro lar: o novo Éden. Imagino Deus com Seu chapéu de palha, sorrindo ao me ver cuidando da terra e das plantas. Podemos aprender muito com a paciência e a harmonia com que o Agricultor universal trabalha. Portanto, siga o exemplo divino e cultive boas sementes, pois a colheita virá e trará delícias sem fim.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/agricultura-espiritual/

domingo, 8 de dezembro de 2024

NUVENS

Então o Senhor desceu na nuvem, permaneceu ali com ele e proclamou o Seu nome: o Senhor. Êxodo 34:5

O dia havia amanhecido tão bonito! O Sol brilhava forte no azul do céu. Enquanto caminhava com a filha pequena em direção à igreja, a mãe aproveitou o cenário para ensinar uma bela lição espiritual. “Veja como Deus nos ama, filha! Veja que dia maravilhoso, o Sol que brilha, as flores coloridas. Deus nos ama!” Os olhos da pequena se abriram para perceber a cena, e as impressões daquele momento marcaram profundamente a imaginação da criança. 

Na semana seguinte, no mesmo caminho, o cenário era diferente. O Sol não havia aparecido. Nuvens acinzentadas roubavam as cores do céu. Ensaiava chover. A mãe caminhava em silêncio ao lado da filha. Os passos tinham mais pressa, o destino era o mesmo: a igreja. Dessa vez, a menina começou a conversa. “Mamãe, posso fazer uma pergunta?” A mãe concordou: “Claro, filhinha! O que você quer saber?” A mulher estava preparada para qualquer pergunta, menos para a que estava prestes a ouvir: “Mamãe, e hoje… Deus não nos ama?” 

Algumas situações nos fazem quase esquecer a maior verdade da Bíblia: Deus é sempre por nós, nunca contra nós. A tendência humana é associar os sentimentos bons, as conquistas e as realizações à presença de Deus. Fomos ensinados a acreditar que Deus está ao nosso lado enquanto tudo vai bem. Mas, quando alguma peça do quebra-cabeça da vida parece não se encaixar, geralmente repetimos a pergunta da garotinha da história. Será que Deus nos ama quando nosso nome não aparece na lista de aprovados? Será que nos ama quando o namoro acaba? Será que nos ama quando batemos o carro? Será que nos ama quando falta dinheiro para a mensalidade? Será que Deus nos ama quando alguém querido está entre a vida e a morte? Será que Deus nos ama quando há nuvens escuras no céu da nossa existência? 

Não sei como seu dia amanheceu. Não sei se o sol vai brilhar forte ou se alguma nuvem vai escurecer seu caminho. Não sei que dúvidas você carrega no coração, mas lhe ofereço uma certeza: Deus ama você. Deus o ama hoje e amanhã também. Deus o ama sempre. Creia nisso. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/nuvens/

sábado, 7 de dezembro de 2024

PRECISA-SE DE ESPERANÇADORES

Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Hebreus 10:23

cristão é um ser de esperança. E é impossível para aqueles que seguem a Jesus não serem conhecedores dessa virtude. O mundo precisa de esperança, da mesma forma que precisa de médicos, políticos ou professores. A profissão de “esperançador” não é categorizada como tal, mas deveria ser, pois um esperançador pode mudar a vida de uma pessoa proporcionando-lhe uma visão adequada da existência. 

Se você deseja ser um esperançador, é preciso desenvolver algumas habilidades. A primeira delas é viver pessoalmente a esperança. É difícil compartilhar algo que não se tem, muito menos quando se trata de virtudes. É necessário ter claro o horizonte de um cristão, viver cada dia como se já se encontrasse diante da eternidade, desfrutar as promessas feitas por Jesus e confiar plenamente Nele. 

Um esperançador também deve aprender a ver o lado positivo de cada pessoa e de cada momento. Ele não somente fala da eternidade como um tempo futuro sem fim, mas também se preocupa em encontrar o melhor de cada pessoa e de cada circunstância no presente. Ver o que há de positivo nos outros não somente melhora você como profissional da esperança, mas também melhora você como ser humano. 

Estabelecer relações é outra habilidade essencial de um esperançador. As relações são muito mais do que conexões; são comunicação (diálogo, intercâmbio) e compromisso (interesse, responsabilidade). Um esperançador nunca impõe nada, mas é extremamente criativo propondo vínculos. Ele não busca o próprio reconhecimento, mas sim que a pessoa se encontre com o Deus das oportunidades e das promessas. 

Por fim, um esperançador sempre olha para frente. Não seremos bons esperançadores se ficarmos amarrados às lembranças do passado. O passado deve nos projetar a um presente consciente e a um futuro anelante. Nossa forma de ver a vida pode ajudar os outros a olhar na mesma direção. 

Como bom cristão e esperançador profissional, você é necessário. E se quiser trabalhar com isso, comece hoje mesmo. Há muitas pessoas que vivem sem esperança do amanhã, e você pode mudar a vida delas apresentando-lhes a maravilhosa certeza do retorno de Jesus. Faça sua parte como mensageiro da esperança.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/precisa-se-de-esperancadores/

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

AQUI ESTOU, SENHOR!

Eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos. Mateus 28:20.

Algumas pessoas acham que eu e meu marido temos sorte porque exercemos a mesma profissão. Meu marido e eu somos professores. 

Uma das vantagens de trabalhar nessa área é que temos os mesmos períodos de férias e passamos esse tempo juntos. Concordo que é ótimo ter esse tempo em família. Todos os anos planejamos aonde queremos ir no verão. No verão anterior, havíamos ficado em casa. Nesse verão em particular, decidimos sair e ir para algum lugar distante. 

Passamos duas semanas viajando por três países da Europa e nos divertimos muito. Amigos disseram que essa foi nossa segunda lua de mel. Havíamos ficado despreocupados, sem filhos, pois nossa filha, Guielle, havia permanecido em casa com meus pais. 

Ao voltarmos, meus pais nos buscaram no aeroporto. Nossa filha estava muito animada para nos ver. Estávamos igualmente empolgados em vê-la. Claro, ela voltou para casa conosco. Antes de irmos para casa, paramos na casa dos meus pais para comer alguma coisa. Quando meu marido entrou na casa deles, Guielle disse com ar de inocência: “Olha, vovó! Encontrei os meus pais”. 

Claro, achamos isso divertido porque nenhum de nós estava perdido. Você também pode achar engraçado, e é! Rapidamente Deus me revelou uma lição para aprender com isso. 

Não é típico dizermos: “Olha! Encontrei Deus”. Quantas vezes você sentiu que Ele não estava com você? Quantas vezes você gritou: “Onde estás, Senhor?” Não somos como a minha filha, pensando que Deus esteja perdido, quando somos nós, todas as vezes, que estamos perdidas? 

Deus está sempre presente. Ele nunca está longe de nós. Como o pai do filho pródigo, Ele está esperando que voltemos para casa. Como o bom pastor que perdeu uma ovelha, Jesus cuida de nós o tempo todo. Assim como a dona da moeda perdida, Ele nos procura até nos encontrar. Somos importantes e preciosas para Deus. 

Minha amiga, se você acha que Deus Se esqueceu de você, talvez precise pensar novamente. Se você se sentir perdida, clame a Ele. Diga: Obrigada, Jesus, por me encontrar. Por favor, continue a me encontrar quando eu me desviar. Obrigada, Senhor. Amém! 

Dana M. Bassett Bean 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/aqui-estou-senhor/

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

OH, QUE ESPERANÇA!

Há somente um corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança para a qual vocês foram chamados. Efésios 4:4

Há momentos em que a música nos leva a lugares inimagináveis e nos envolve de tal forma que nos sentimos parte de um todo, unidos pelo mesmo sentimento, pelo mesmo ideal. É assim que me sinto quando canto o hino “Oh, Que Esperança!” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, n444). Lembro-me da minha formatura em Teologia, quando entoamos esse cântico com lágrimas nos olhos, porque sabíamos que todo o conhecimento adquirido tinha como objetivo transmitir a esperança da vinda de Cristo. Já ouvi essa música ser cantada em diversas línguas e lugares, e ela sempre gera nas pessoas a mesma emoção. É uma sensação que nos une, que nos fortalece e nos faz sentir parte de algo maior, parte de uma comunidade unida em um só propósito. 

Essa unidade, no entanto, não deve ser restrita apenas aos momentos em que cantamos juntos. Devemos entender que nossa fé é valiosa demais para ser escondida atrás de disputas e diferenças. Somos um em Cristo, unidos em confiança, amor e fidelidade. E isso não significa que devemos perder nossa identidade, mas sim que devemos reconhecer que, apesar das diferenças, somos todos iguais perante Deus. Somos todos filhos amados, e a nossa fé e o nosso amor devem nos unir em um só objetivo. 

O que nos une é algo maior do que apenas nossa fé. É a esperança; a esperança de um futuro melhor; a esperança de uma vida eterna ao lado de Cristo. Essa esperança é tão poderosa que muda nossa perspectiva da realidade. Ela nos faz enxergar além do material, além do momentâneo; ela nos leva a ver o mundo de uma forma nova, a ver a vida como uma oportunidade única de nos unirmos a Jesus e sermos salvos por Ele. É a certeza que nos guia e nos faz seguir em frente, mesmo quando tudo parece perdido. 

Dedique um tempo para cantar e refletir sobre a letra do hino “Oh, Que Esperança!”. Memorize-a e leve-a aonde quer que for. Deixe o Espírito de Deus trabalhar em seu coração e reavivar a chama da esperança no iminente retorno de Jesus. Deixe o Santo Espírito reavivar sua fé. Que essa música seja a trilha sonora de uma vida nova e que ela encha seu coração de ânimo para cumprir a missão que Deus nos confiou.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/oh-que-esperanca-2/

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

EU SOU A VERDADE

Como João liga o conceito de verdade diretamente a Jesus? João 1:14, 17; 8:32; 14:6; 15:26

Repetidas vezes em João, a verdade é ligada a Jesus, ao Pai e ao Espírito Santo. A verdade é conectada com Jesus, o Verbo, e com a luz, em contraste com as trevas (Jo 1:1-14; 3:19-21). A mentira está ligada ao diabo e ao pecado (Jo 8:44-46). Assim, a verdade, segundo João, não é apenas uma questão de fatos e informações. Ela inclui, acima de tudo, o aspecto moral da fidelidade a Deus e à Sua vontade. 

“Teorias filosóficas ou composições literárias, embora brilhantes, não podem satisfazer o coração. As afirmações e descobrimentos humanos não têm valor. Que a Palavra de Deus fale ao povo! Aqueles que ouviram somente tradições, teorias e máximas humanas até agora ouçam a voz Daquele cuja palavra pode renovar a alma para a vida eterna” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus [CPB, 2022], p. 40). 

Jesus é a Verdade. Pense no que isso significa. Jesus é o Logos, a Palavra (ou Verbo) que estava com Deus desde o princípio e que é o Criador de todas as coisas (Jo 1:1-3). Ele é um com o Pai desde a eternidade passada até a eternidade futura, possui todas as características do Pai e, portanto, também é o “Eu Sou”. O ser de Cristo não está sujeito a ninguém nem a nada. Nada do que há no Universo, incluindo o conhecimento, existe à parte Dele. Por isso, tudo o que foi criado e existe deve a existência somente a Cristo (Cl 1:16, 17, NVI). 

Jesus não é simplesmente a personificação da verdade. Ele é a Verdade. A verdade não é simplesmente um conceito ou uma ideia. É uma Pessoa! 

A verdade, Jesus Cristo, pode ser comparada ao Sol, que ilumina o mundo (Jo 8:12). O que C. S. Lewis afirmou sobre o cristianismo é verdadeiro também a respeito de Jesus: “Creio no cristianismo assim como creio que o Sol nasceu, não apenas porque o vejo, mas porque por meio dele eu vejo tudo mais” (O Peso da Glória [Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017], p. 138). 

Por meio de Jesus, a Verdade, podemos interpretar corretamente o mundo ao nosso redor.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/o-caminho-a-verdade-e-a-vida/

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

RESPONSABILIDADE

 Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos.” Lucas 15:11

Na cultura judaica, os primogênitos tinham direitos e deveres especiais. A maior parte da herança ficava com eles, mas o mais importante é que eles seriam os próximos líderes do clã. Tocariam os negócios da família e manteriam vivos os valores e as tradições da casa. 

Na parábola do filho pródigo, Jesus apresenta um pai que tinha dois filhos. Obviamente um deles era o primogênito, e o outro, o caçula. Um detalhe nessa história sempre me incomodou: a omissão do filho mais velho. Quando seu irmão pediu sua parte da herança com o plano de partir, o filho mais velho nada fez. De acordo com aquela cultura, ele devia ter falado com o caçula e pedido que não partisse. No entanto, ele simplesmente cruzou os braços. Talvez tivesse pensado: “Vou recuperar tudo o que ele levou, e a fazenda vai ser toda minha. Papai vai morrer um dia, e eu vou ser o dono de tudo.” Infelizmente há gente assim na igreja. Gente que não ama, que não cuida, que não pastoreia os irmãos, que não empreende esforços para mantê-los na casa do Pai. 

Se o irmão mais novo estivesse decidido a partir, mesmo com todos os apelos amorosos, o mais velho tinha que sair da casa do pai em busca do irmão, pois o caçula era um filho querido de seu pai. Por amor ao pai, ele tinha que ir buscar o mais novo onde quer que estivesse. Se ele tivesse feito uma dívida que não pudesse pagar, o filho mais velho devia entregar o valor exigido e trazer de volta o irmão. Se o filho mais novo tivesse cometido um crime e sido condenado à prisão, o mais velho devia falar com o juiz, dizendo: “Olhe, há um pai à espera desse filho. Ele precisa voltar para casa, pois, sem ele, o pai vai morrer. Então, para evitar que ele morra, deixe que meu irmão vá embora e que eu fique preso no lugar dele.” Se preciso fosse, devia dar a vida para que o irmão retornasse ao lar. 

Essa é a responsabilidade de um irmão mais velho espiritual também. Eu quero viver todos os meus dias na presença do Pai. Quero amá-Lo de verdade. Quero conhecer Seus sentimentos e sair de Sua presença pronto para buscar e salvar meus irmãos mais novos que precisam de resgate. Fui encontrado pela graça. Vou viver para promover novos encontros com ela. E você? Aceita o desafio? 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/responsabilidade-2/

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

CERTAMENTE VOLTAREI

 Leia João 14:1-3. Em que contexto Jesus disse essas palavras? 

Jesus disse que iria embora. Isso despertou em Pedro uma pergunta sobre para onde Ele estava indo (Jo 13:33, 36). Os discípulos não entenderam que Jesus estava falando sobre Sua morte, ressurreição e ascensão. Pedro disse que estava pronto para dar a vida por Ele (Jo 13:37). Foi então que Jesus predisse que Pedro O negaria (Jo 13:38). 

Nesse contexto, Jesus disse aos discípulos que não permitissem que seu coração ficasse angustiado (Jo 14:1). O verbo “angustiar” é traduzido da palavra grega tarass?, que significa “agitar-se”, “perturbar-se”, “desestabilizar-se” ou “ficar confuso”. Não é de surpreender que os discípulos estivessem confusos com as palavras de Jesus. 

No entanto, contrariando o medo dos discípulos, Cristo falou sobre a casa do Pai, onde há muitos quartos (não mansões, mas quartos, como em uma estalagem). Ele estava indo a essa casa a fim de preparar um lugar para eles. As palavras de Jesus apontavam para um futuro além da angústia que estaria presente na cruz, levando-nos até o tempo em que Ele retornará para redimir o Seu povo. Ele vislumbrava o momento em que toda a tragédia ocasionada pelo pecado terminará (Dn 7:27). Jesus disse: “Virei outra vez” (Jo 14:3, Almeida Século 21). Essa é claramente uma promessa a respeito da segunda vinda de Cristo. 

Qual é a base para confiar nessa promessa? Muitos diriam que é o cumprimento das profecias, e isso é verdade. Mas em João 14:3, a base é apresentada de forma diferente. A palavra “virei”, em grego, está no tempo presente (“venho” ou “estou vindo”). Esse uso em grego é chamado de “presente futurista”: um evento futuro é mencionado com tanta certeza que é descrito como se já estivesse acontecendo. Assim, poderíamos traduzir a frase desta maneira: “Certamente voltarei” (grifos nossos). 

A base da esperança inclui o cumprimento das profecias, mas se fundamenta especialmente em nossa confiança Naquele que fez a promessa. Jesus Cristo disse que retornará para o Seu povo. Podemos confiar na promessa por causa Daquele que a fez. 

O que a cruz ensina sobre a certeza da volta de Cristo? Sem a segunda vinda, qual seria a relevância da morte de Jesus para nossa vida?

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/o-caminho-a-verdade-e-a-vida/#licaoSegunda

domingo, 1 de dezembro de 2024

RESTAURAÇÃO

Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem? Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo. Isaías 43:19, NVI

No início de uma primavera, meu filho, Robby, entrou em meu quarto e disse: “Mãe, acho que devemos começar a orar para que você e papai voltem a ficar juntos”. Respondi que, após ter orado durante dez longos anos por seu pai, eu não tinha mais nenhuma oração em mim. 

Mas Deus começou a fazer uma obra poderosa em minha vida. Sim, eu estava orando pelo meu ex-marido, enquanto tentava realizar a difícil tarefa de ser mãe sozinha e criar meus quatro filhos. Enquanto estava começando meu estudo bíblico para mulheres no livro de Neemias, Deus me mostrou que os escombros dos muros de Jerusalém, que estavam sendo reconstruídos, precisavam ser removidos devido à amargura das pessoas e da falta de confiança em Deus. Era hora de orar por mim. 

Passei quatro meses em meu “Getsêmani”, suplicando que o Senhor perdoasse meus pecados – tudo o que eu havia feito em meu casamento, para meus filhos, para Ele. Deus me acordou no meio da noite para passar um tempo tranquilo com Ele. Li Sua Palavra, escrevi versículos da Bíblia e os declarei a Ele, reivindicando Suas promessas. Foi quando Deus me deu Isaías 43:18 e 19. Esses versículos afirmam o que meu marido me disse quando começamos a conversar novamente: “Acho que devemos esquecer o passado.” Imagine isso! Decidimos muito rapidamente que queríamos nos casar nova- mente e combinamos a data de 1º de dezembro. Sabíamos que nossas famílias pensa- riam que éramos loucos, pois haviam se passado apenas alguns meses, desde nossa conversa de renovação. No entanto, Deus me mostrou que eu devia contar o número de dias desde que começamos a conversar até 1º de dezembro. O número chegou a cinquenta e dois – número exato de dias que os judeus levaram para reconstruir os muros de Jerusalém. Tivemos nossa resposta! 

Servimos a um Deus grande e maravilhoso que deseja restaurar relacionamentos com e entre Seu povo. A chave é a confissão pessoal. Deus restaurou meu casamento tornando novos meu marido e eu, e permitiu que nos casássemos novamente. Nós O louvamos diariamente por ter nos feito novos outra vez. Ele pode fazer o mesmo por você. 

Karen M. Phillips 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/restauracao-2/