segunda-feira, 31 de outubro de 2022

O VINDICADOR DA VERDADE

 Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. João 1:17

Cristo dá a todo o Seu povo um exemplo da Sua forma de trabalhar em prol da salvação de homens e mulheres. O Filho de Deus Se identifica com o ofício e a autoridade de Sua igreja organizada. Suas bênçãos deveriam fluir por meio das agências que Ele ordenou, conectando assim a humanidade ao canal mediante o qual as Suas bênçãos deveriam vir.

Paulo era extremamente zeloso na obra de perseguir os santos, mas isso não o isentou da culpa quando a consciência de sua crueldade lhe foi impressa na mente pelo Espírito de Deus. Ele deveria se tornar aprendiz dos discípulos. Descobriu que Jesus, a quem em sua cegueira, considerava um impostor, era de fato o Autor e fundador de toda religião do povo escolhido de Deus desde os dias de Adão, e o Consumador da fé agora tão clara para sua visão esclarecida.

Ele passou a enxergar Cristo como o Vindicador da verdade, o cumpridor de todas as profecias. Até então, ele via Jesus como um questionador da lei divina. Quando, porém, sua visão espiritual foi tocada pelo dedo do Senhor, aprendeu com os discípulos que Cristo era o Originador e Fundador de todo o sistema judaico de sacrifícios. Entendeu que, em Sua morte, o tipo encontrou o antítipo e que Cristo veio ao mundo com o propósito expresso de vindicar a lei do Seu Pai. À luz da lei, viu-se como pecador. Descobriu que a própria lei que ele imaginava guardar com tanta dedicação estava sendo transgredida. À luz da lei, reconheceu-se pecador, morreu para o pecado e se tornou obediente às reivindicações da lei divina. Arrependeu-se dos seus pecados, depositou sua fé em Jesus como o seu Salvador, foi batizado e passou a pregar a Cristo com o mesmo ímpeto e zelo que antes dedicava a condená-Lo.

Na conversão de Paulo encontramos princípios importantes que devemos manter sempre em mente. O Redentor do mundo não sanciona a experiência e o exercício da esfera religiosa independentemente da Sua instituição organizada e reconhecida, a igreja (Carta 54, 1874). 

PARA REFLETIR: Você já teve uma visão de Jesus? Em caso afirmativo, que diferença isso fez na sua prática de fé? 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-vindicador-da-verdade/

domingo, 30 de outubro de 2022

HUMILDADE OU COVARDIA?

 A arrogância precede a destruição; a humildade precede a honra. Provérbios 18:12, NVT

Como discernir a diferença entre humildade e covardia? Você já se fez essa pergunta alguma vez? Por exemplo, alguém o ofende, e você decide não revidar. Essa reação é de uma pessoa humilde ou covarde? Não há uma resposta fácil, pois pode ser tênue a diferença. 

Covardia e força são coisas distintas. No entanto, para muitos, o forte é quem usa seu poder para humilhar os outros e para levar vantagem. Na verdade, esse é o covarde. Quem arruma briga só quando está armado é aquele que não confia na própria força, mas na arma que possui. Passar por cima das pessoas, submetê-las e pisá-las é fácil. Difícil é passar por cima do ego e pisar o próprio orgulho. O forte domina os próprios impulsos. O covarde, por sua vez, se deixa levar pelo que sente. Ele espera o momento oportuno para dar o troco, de forma desonesta e traiçoeira, quando vê que o risco é menor. 

O humilde, por sua vez, é ofendido mas não se vinga. Sabe que pagar mal com mal não resolve nada. Nisso, ele é diferente do covarde que, quando ofendido, não tem coragem de confrontar o outro nem de enfrentar a si próprio. O humilde consegue vencer o eu. Entretanto, o covarde é derrotado tanto pelo próprio ego quanto pelo adversário. Humildade é grandeza, covardia é vergonha; humildade é virtude; covardia, um defeito de caráter. O humilde sente a dor do orgulho ferido; o covarde sucumbe à amargura do desejo de vingança. O humilde consegue perdoar; o covarde, por ressentimento, não consegue pensar em outra coisa senão em atacar pelas costas. 

Não se deixe enganar, a humildade precede a honra. A covardia, por sua vez, antecipa a derrota. Ser ofendido e não revidar, ser atacado e não se vingar, receber provocação e ainda assim manter o controle, aceitar reconciliar-se com alguém que lhe fez mal e pôr de lado o ressentimento não são indícios de covardia, mas prova de humildade. São verdadeiros atos de grandeza diante de Deus e do ser humano. 

Se alguém chamar você de covarde por agir com humildade, não se preocupe. Busque conforto nas palavras de Jesus: “Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança” (Mt 5:5). 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/humildade-ou-covardia/

sábado, 29 de outubro de 2022

ELE MORREU POR NÓS

 E assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que Nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3:14, 15).

Dizem que não se pode evitar a morte nem os impostos. Isso não é totalmente verdade. As pessoas podem evitar impostos, mas não a morte. Elas podem ser capazes de adiar a morte por alguns anos; porém, mais cedo ou mais tarde, a morte sempre vem. E como sabemos que os mortos, tanto justos quanto ímpios, acabam, a princípio, no mesmo lugar, a esperança da ressurreição é tudo para nós. Como disse Paulo, sem essa esperança, mesmo “os que adormeceram em Cristo estão perdidos” (1Co 15:18), o que seria algo um tanto quanto estranho de se dizer se aqueles que “adormeceram em Cristo” estivessem pairando no Céu na presença de Deus.

Portanto, a ressurreição de Cristo é central para nossa fé, pois por meio dela temos a garantia da nossa. Mas, antes que fosse ressuscitado dos mortos, Ele, é claro, teve que morrer. É por isso que, em meio à agonia do Getsêmani, antevendo Sua morte, Cristo orou: “Agora a Minha alma está angustiada, e o que direi? ‘Pai, salva-Me desta hora’? Não, pois foi precisamente com este propósito que Eu vim para esta hora” (Jo 12:27). E esse propósito era morrer.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/ele-morreu-por-nos/

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

SHABBAT SHALOM!

Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Hebreus 4:16

NOSSA ESTAÇÃO PESSOAL DA VIDA

 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Eclesiastes 3:1

Estamos quase no fim de outubro. Na nossa região do país, as flores já deveriam ter sucumbido às geadas que geralmente temos nessa época do ano. Mas em vez disso, no meu canteiro de flores vejo uma anêmona solitária florescendo alegremente e exibindo sua beleza. Ela está mostrando que consegue desabrochar no outono, em vez de fazer isso na estação da primavera, a época de florescimento.

Nós também temos estações em nossa vida quando pensamos que é apropriado agir de determinadas maneiras. Permitimos aos jovens tempo para crescer e amadurecer, tornando-se adultos sábios. Contudo, quando alcançam o que é determinado como vida adulta, nossas expectativas são diferentes. Subitamente, eles são empurrados para carreiras profissionais e responsabilidades da paternidade e outros desafios. Enquanto o processo de envelhecimento se desabrocha completamente, às vezes acreditamos que os “idosos” deveriam apresentar uma atitude mais calma e modesta.

Assim, quando agimos diferentemente do que se espera das pessoas na estação na qual a sociedade nos coloca, percebemos que esse desvio das características esperadas e aceitas é um tanto quanto surpreendente ao observador comum. Eu, particularmente, considero prazeroso observar as diferentes nuances de caráter que as pessoas estão dispostas a expor à medida que a estação de outono da vida se inicia. A determinação de continuar desfrutando a vida ao máximo possível é a melhor de todas as atitudes. Ao ler biografias de indivíduos que alcançaram sucesso, encontramos muitos de seus melhores trabalhos depois daquela idade considerada como os anos produtivos.

Para cada indivíduo — a despeito de nossa determinação de desfrutar qualquer uma das estações da vida na qual estamos —, realização pessoal e contentamento vêm quando damos nosso melhor no papel que escolhemos assumir. A escolha de um caminho no qual desfrutamos tanto o trabalho como a família exige comprometimento e uma atitude pacífica. A paz por estarmos fazendo o que queremos fazer, e uma paz de espírito que trará bênçãos sem medida.

A satisfação acontece quando cada uma de nós encontra o lugar especial onde queremos estar, sabendo que esse também é o lugar onde Deus quer que estejamos.

Evelyn Glass

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/nossa-estacao-pessoal-da-vida-2/

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

LÁZARO

 Então Jesus declarou: – Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá. E todo o que vive e crê em Mim não morrerá eternamente. Você crê nisto?” (Jo 11: 25, 26).

Leia João 11:1-44. Em que sentido Jesus foi “glorificado” por meio da doença e da morte de Lázaro (Jo 11:4)?

Aqui, também, Jesus usou a metáfora do sono ao falar sobre a morte. Quando alguns pensavam que Ele estivesse falando sobre o sono literal, Jesus afirmou: “Lázaro morreu” (Jo 11:11-14). Quando Jesus chegou a Betânia, Lázaro já estava morto havia quatro dias; seu cadáver já estava apodrecendo (Jo 11:17, 39). Quando um corpo começa a se decompor a ponto de cheirar mal, não há dúvida: a pessoa está morta.

Nesse contexto, quando Jesus disse a Marta: “O seu irmão há de ressurgir” (Jo 11:23), ela reafirmou sua crença na ressurreição final. Mas Jesus declarou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá. E todo o que vive e crê em Mim não morrerá eternamente. Você crê nisto?” (Jo 11:23-26). E Jesus acrescentou: “Eu não disse a você que, se cresse, veria a glória de Deus?” (Jo 11:40). Marta creu e viu a glória de Deus na ressurreição de seu irmão.

A Bíblia diz que pela palavra de Deus a vida foi criada (Gn 1:20-30; Sl 33:6), e pela Sua palavra a vida pode ser recriada, como no caso de Lázaro. Depois de uma breve oração, Jesus ordenou: “Lázaro, venha para fora!” (Jo 11:43). Naquele exato momento, aquelas pessoas viram o poder vivificante de Deus, o mesmo poder que trouxe nosso mundo à existência, e o mesmo poder que no fim dos tempos chamará os mortos de volta à vida na ressurreição.

Ao ressuscitar Lázaro, Jesus provou que tinha o poder de derrotar a morte. Para seres como nós, que inevitavelmente morrem, poderia haver manifestação maior da glória de Deus?

Leia João 11:25, 26. Em uma linha Jesus falou sobre a possibilidade da mor- te para os crentes; na linha seguinte, falou que os crentes não morrerão eternamente. O que Jesus ensinou nesse texto? Por que o entendimento de que a morte é um sono inconsciente é tão crucial para entender as palavras de Cristo? E por que Suas palavras nos oferecem, como seres destinados à sepultura, tanta esperança?

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/ressurreicoes-anteriores-a-cruz/

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

PERSONA NON GRATA

 É melhor viver num canto sob o telhado do que repartir a casa com uma mulher briguenta. Provérbios 21:9

Ninguém é igual a ninguém, não é? Mas que bom seria se algumas pessoas fossem diferentes! Quem é desagradável por natureza costuma ser considerado persona non grata. Essa expressão, que vem do latim, é usada pelos diplomatas para se referir a um estrangeiro que não é bem-vindo. O capítulo 21 de Provérbios traz uma lista de gente assim: o arrogante, o ímpio, o violento, o culpado, o zombador, o indiferente, o festeiro, o tolo, o orgulhoso, o preguiçoso, a testemunha falsa e a pessoa briguenta (Pv 21:19). Agora olhe para dentro de si e responda: Essa lista poderia se aplicar a mim? 

O sábio não escreveu o que escreveu para rotularmos os outros, para estimular o bullying ou para tirar nossa paz. A intenção do autor é que cresçamos em conhecimento e inteligência (Pv 1:2-5), evitando os enganos e as armadilhas do mal (Pv 1:10-19) e obedecendo ao Senhor, a fonte da sabedoria (Pv 1:7). Tal como um espelho, a Bíblia nos permite ver como é a natureza humana alterada pelo pecado, porém apresentando Deus como solução. O livro de Provérbios é como a carta de um pai amoroso que aconselha o filho, para o bem e a felicidade dele. 

Alguns demoram um pouco para assimilar demonstrações de amor assim, infelizmente. Foi o caso de Marinho. A vida dele era controlada pela ira. Como persona non grata, ele não era bem-vindo no campo de futebol, embora fosse um bom jogador. Todo mundo sabia que ele tinha o pavio curto. Brigava por tudo, não aceitava perder, discutia com o juiz. “Ele é meio esquentado!”, foi o que alguém disse dele. “Esquentado?! Marinho? Fala sério! É que você não o conheceu antes de ele se tornar cristão. Você não tem ideia de como ele era!”, outro respondeu. Fiquei de queixo caído. Deus estava fazendo a obra, mas eu (Júlio) – como um bom crítico – só conseguia ver o que Deus ainda não tinha feito. 

A história de Marinho me marcou. Aprendi que não devemos desistir. Alguns de nossos traços de caráter dão mais trabalho que outros devido à dificuldade que temos de nos entregar por completo ao Senhor. Ainda assim, é preciso perseverar. Grande lição! 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/persona-non-grata/

terça-feira, 25 de outubro de 2022

O FILHO DA VIÚVA DE NAIM

 Jesus “andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os oprimidos do diabo, porque Deus estava com Ele” (At 10:38).

Jesus ministrou a pessoas necessitadas e feridas. Por isso, muitos passaram a acreditar que Jesus era o Messias prometido.

Havia aldeias inteiras onde não existia mais nenhuma casa em que se ouvissem lamentos de enfermo, porque Jesus por elas havia passado e lhes tinha curado os doentes. Sua obra dava testemunho de Sua unção divina. Amor, misericórdia e compaixão se patenteavam em cada ato de Sua vida. Seu coração anelava com terna simpatia pelos filhos dos homens. Revestiu- Se da natureza humana para poder realizar as necessidades humanas. Os mais pobres e humildes não receavam aproximar-se Dele. Mesmo as criancinhas se sentiam atraídas a Ele” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 11, 12).

Leia Lucas 7:11-17...

Durante Seu ministério na Galileia, Jesus curou os doentes e expulsou demônios. Certa vez, Ele e Seus seguidores estavam se aproximando dos portões de Naim quando um cortejo fúnebre passava. No caixão aberto estava o filho único de uma viúva, que chorava inconsolavelmente. Cheio de compaixão pela mãe enlutada, Jesus lhe disse: “‘Não chore!’ Chegando- Se, tocou no caixão e os que o estavam carregando pararam. Então Jesus disse: – Jovem, Eu ordeno a você: levante-se! O que estava morto sentou- se e passou a falar; e Jesus o restituiu à sua mãe” (Lc 7:13-15). A presença de Jesus mudou o cenário, e muitas pessoas que testemunharam o milagre sabiam não apenas que algo surpreendente havia acontecido, mas que Alguém especial estava entre eles (chamavam-No de “grande Profeta”).

A viúva fenícia (1Rs 17:8-24) e a sunamita (2Rs 4:18-37) pediram ajuda. Mas a viúva de Naim foi ajudada sem que ela sequer pedisse. Isso significa que Deus cuida de nós mesmo quando somos incapazes ou nos sentimos indignos de pedir ajuda a Ele. Jesus viu o problema e o tratou – tão típico Dele em todo o Seu ministério!

A verdadeira religião envolve cuidar de órfãos e viúvas (Tg 1:27). Embora não possamos fazer milagres, o que podemos fazer para ministrar aos que sofrem?

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/ressurreicoes-anteriores-a-cruz/

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

O MARAVILHOSO MESTRE

 De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo se reuniu em volta Dele; e Jesus, assentado, os ensinava. João 8:2

Os sacerdotes e as autoridades dos judeus odiavam Jesus, mas multidões se juntavam para ouvir Suas palavras de sabedoria e presenciar Suas obras poderosas. O povo se mobilizava pelo mais profundo interesse e ansiosamente seguia Jesus, a fim de ouvir as instruções desse maravilhoso Mestre. Muitas autoridades creram Nele, mas não ousavam confessar sua fé para não serem expulsas da sinagoga. Os sacerdotes e anciãos decidiram que algo deveria ser feito para desviar de Jesus a atenção do povo. Temiam que todas as pessoas cressem Nele. Não viam segurança alguma para si. Teriam que perder sua posição ou matar Jesus. E, depois que O matassem, haveria ainda os que eram monumentos vivos de Seu poder. 

Jesus tinha ressuscitado Lázaro dentre os mortos, e receavam que, se O matassem, Lázaro testemunharia de Seu grande poder. O povo estava se aglomerando para ver aquele que tinha sido ressuscitado dentre os mortos, e as autoridades resolveram matar Lázaro também e abafar assim o tumulto. Então teriam de novo influência sobre o povo e o fariam retornar às tradições e doutrinas humanas, para dizimarem a hortelã e a arruda (Lc 11:42). Concordaram em prender Cristo quando Ele estivesse sozinho, pois, se tentassem prendê-Lo em meio a uma multidão, quando a atenção de todo o povo estivesse concentrada em Jesus, seriam apedrejados. 

Judas sabia como eles estavam ansiosos para prender Jesus e se ofereceu para traí-Lo e entregá-Lo aos chefes dos sacerdotes e anciãos, por algumas moedas de prata. Seu amor ao dinheiro o levou a consentir em entregar seu Senhor às mãos de Seus piores inimigos. Satanás estava operando diretamente por intermédio de Judas e, em meio à cena impressionante da última ceia, o traidor estava imaginando planos para entregar seu Senhor. Com tristeza, Jesus disse a Seus discípulos que todos eles naquela noite se escandalizariam Nele. Mas Pedro, de forma veemente, afirmou que, ainda que todos os outros se escandalizassem, ele não o faria. Jesus lhe disse: “Satanás pediu para peneirar vocês como trigo! Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando voltar para Mim, fortaleça os seus irmãos” (Lc 22:31, 32) (História da Redenção, p. 145, 146 [209, 210]). 

PARA REFLETIR: Você já sentiu inveja de como o Espírito Santo está usando outra pessoa a fim de fazer grandes coisas para Deus? 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-maravilhoso-mestre/

domingo, 23 de outubro de 2022

PAGAR PELO ERRO DOS OUTROS

 Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram. Romanos 5:21

Se errar é humano, ter humildade para reconhecer o erro não é algo tão humano assim. Muitas pessoas estão dispostas a ir até as últimas consequências para defender opiniões e atos, mesmo quando equivocados. Essa atitude implacável contraria a vontade de Deus e nos impede de entender a missão de Jesus. Se não estamos dispostos a pagar nem pelos próprios erros, imagine pagar pelos erros de outros! No entanto, Jesus podia fazer isso, e fez. Sendo inocente, resolveu pôr-Se no lugar daqueles que deveriam colher as consequências dos próprios atos. 

O pecado entrou no mundo devido à desobediência de Adão, representante da criação. Então, humanamente falando, para haver justiça, Adão deveria pagar pelos erros que cometeu. Não foi o caso. Quem acabou pagando pelos erros dele (e nossos) foi Cristo. “Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3:23). Tanto Adão como nós cometemos pecados que, honestamente, não podemos remediar! O “salário do pecado é a morte” (Rm 6:23), mas, por meio de Cristo, recebemos a vida eterna. Isso significa que temos a chance de não arcar com a culpa resultante de nossos pecados. Temos esperança de salvação! 

Alguém pode argumentar que foi Adão, e não nós, quem pecou no Éden. Nossa condição não seria, portanto, injusta? Seria se Deus tivesse nos abandonado à mercê das consequências do pecado, condenados à perdição eterna. Mas isso não aconteceu. Cristo veio em carne humana para estabelecer a justiça, dando nos motivação, exemplo e poder necessários para confiar Nele e depender Dele, a fim de alcançarmos a salvação. 

Considerando o que Jesus fez por nós, é mais fácil ser salvo que condenado; basta aceitar a vontade de Deus. Cristo pagou pelos erros que não cometeu, a fim de que não tivéssemos que pagar pelos próprios erros. Isso é graça; é salvação! Precisamos dar uma resposta de amor a Ele. O que você estaria disposto a fazer em gratidão pelo grande sacrifício de Jesus em seu favor?

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/pagar-pelo-erro-dos-outros/


sábado, 22 de outubro de 2022

AMBIGUIDADE

 Seja o seu “sim”, “sim”, e o seu “não”, “não”; o que passar disso vem do Maligno. Mateus 5:37

Dar indiretas e ser ambíguo tanto serve para evitar problemas como para causá-los. Algumas pessoas parecem ter essa característica escrita no DNA: são incapazes de agir com transparência e cordialidade, ou seja, não conseguem se expressar de maneira ao mesmo tempo amistosa e autoafirmativa. A ambiguidade, nesse caso, é uma forma de evitar ferir o sentimento do outro e de ser educado, respeitoso e polido. Nada contra. Isso funciona relativamente bem quando a amizade é superficial ou o ambiente é formal, por exemplo, no trabalho ou na escola. 

No entanto, nos relacionamentos mais próximos, no amor ou na família, costuma dar zebra! Acaba sendo uma estratégia falida, pois requer uma distância emocional maior que a aceitável quando você ama e se importa de verdade com alguém. Talvez por isso Deus requeira que sejamos claros e objetivos em nosso compromisso e relacionamento com Ele. Também espera que, como cristãos, sejamos amáveis e cordiais sempre que possível, porque a palavra de ordem é: “No que depender de vocês, vivam em paz com todas as pessoas” (Rm 12:18, NAA). 

Isso, porém, não nos obriga a ser “politicamente corretos” sempre. E por que não? Porque um diplomata pode ser um bom cristão, mas um bom cristão não vai conseguir ser um diplomata o tempo todo. Na vida cristã, gentileza e mansidão precisam ser combinadas com firmeza e convicção: esse é o nosso desafio diário. 

Conta-se que um amigo convidou o outro para jantar em casa. Terminada a refeição, na saída, o convidado se despediu do anfitrião dizendo: “Fazia muito tempo que eu não tinha um jantar tão ruim assim!” E acrescentou: “Apesar disso, obrigado!” Em momentos como esse, o silêncio seria eloquência. Mas, se você não concordar com o conselho bíblico de dizer “sim, sim e não, não”, em momentos estratégicos, quando o silêncio não é a melhor resposta, então repense a sua atitude. A diplomacia só é boa aos olhos de Deus quando não fizer você faltar com a verdade ou negar a Jesus. 

Ore ao Senhor hoje para que toda ambiguidade covarde, todo silêncio impróprio e toda ironia maldosa desapareçam da sua vida para sempre. Cristo é o nosso modelo. Ele sabia dizer “sim” e sabia dizer “não”. E você? 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/ambiguidade/

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

#UmFelizSábado

E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. Isaías 58:11

O DOADOR DA VIDA

 Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca. Salmos 33:6

A ciência ensina que a matéria é composta de átomos, e estes são compostos de duas partículas menores, quarks e léptons, os quais, acredita-se, são os blocos construtores da realidade física. Se o mundo é constituído de quarks e léptons, não poderia Deus, que criou e sustenta o mundo, reconfigurar essas partículas na ressurreição? Zombando da ressurreição, Bertrand Russell perguntou o que aconteceria com os que foram comidos por canibais, pois seus corpos passaram a fazer parte dos canibais. Quem receberia o quê na ressurreição? Mas suponha que o Senhor pegue os quarks e léptons, os blocos construtores fundamentais da existência, de qualquer lugar e, com base nas informações que possui sobre cada um de nós, nos reconstrua a partir desses quarks e léptons. Ele não precisa dos nossos originais. Ou Ele poderia simplesmente chamar à existência novos quarks e léptons. Seja como for, o Deus que criou o Universo pode nos recriar e promete fazer isso na ressurreição dos mortos.

O Doador da vida chamará a Sua herança adquirida, na primeira ressurreição, e, até aquela hora triunfante, quando soará a última trombeta e o vasto exército ressurgirá para a vitória eterna, todo santo que dorme será conservado em segurança, guardado como joia preciosa, conhecido de Deus por nome. Pelo poder do Salvador que neles habitou e por terem sido participantes da natureza divina, são ressuscitados” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1258).

Fonte do texto: https://mais.cpb.com.br/licao/a-esperanca-do-antigo-testamento/

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

ANA: A MENINA DE SEUS OLHOS?

 O meu coração exulta no SENHOR. A minha força está exaltada no SENHOR. 1 Samuel 2:1

Às vezes, a vida parece ser repleta de problemas e desafios que alongam nossos dias. A vida glamorosa das mulheres que vemos na mídia moderna parece muito além da nossa existência insignificante e, muitas vezes, difícil. Como mulher, às vezes tenho a impressão de que nunca serei bela o suficiente ou terei sucesso o suficiente para verdadeiramente fazer a diferença, para ser alguém de valor.

Então me lembro de Ana. À primeira vista, a história de Ana parece ser bastante clara, pois é a história de uma mulher estéril, vítima de bullying, que ora por um filho e depois, ao receber seu filho tão esperado, faz algo incrivelmente fascinante: ela o devolve a Deus. Essa experiência simples nos conta a história do ponto de vista de Deus. Enquanto talvez pensemos que grandes nomes fazendo grandes feitos são os que escrevem a história, a experiência de Ana mostra que comportamentos diários da minha vida comum e ordinária não são insignificantes. Nossa vida, nossos problemas, nossos anseios são importantes para Deus. Nossa vida — até mesmo as que parecem insignificantes — é parte essencial do desenrolar da história de Deus e produzirá frutos importantes à luz da eternidade.

O mundo de Ana era bastante parecido com o meu, embora eu não precise tecer as roupas da minha família! A história dela faz com que eu olhe para o mundo com outros olhos. A sociedade me diz que eu devo ser magra, jovem, bela e bem sucedida para ter valor. É maravilhoso ser confortada pela história de Ana, pois ela me diz que não preciso ter um título para ser alguém. Não preciso chegar no topo de nada para encontrar meu valor. Não preciso ter a idade, sexo ou grupo racial X ou Y para ser alguém. Ana encontrou seu valor em Deus, e eu posso fazê-lo também. Deus ouviu as orações de Ana, e Deus ouve minhas orações, inclusive as secretas e sofridas, as quais ninguém mais entenderá. A história de Ana também me diz que Deus vê e sabe tudo sobre as situações difíceis que eu possa encontrar em meu lar. Ele sabe o quão frustrante é ter que viver ou trabalhar com certas pessoas.

Como Ana, quero aprender a ver a supremacia de Deus e acreditar que Ele está no controle das minhas circunstâncias, inclusive aquelas das quais eu não gosto. Talvez ler sua canção enquanto ela oferece seu presente mais precioso, seu filho, possa me ajudar a cantar mais. Quero aprender com Ana a viver pelo poder de Deus enquanto espero que a justiça final prevaleça.

Chantal Klingbeil

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/ana-a-menina-de-seus-olhos%e2%80%80/

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

O SUSTENTADOR DA HUMANIDADE

 Venham a Mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e Eu os aliviarei. Mateus 11:28

Façam da obra de Cristo seu exemplo. Constantemente Ele saía fazendo o bem, alimentando o faminto e curando os enfermos. Ninguém que a Ele viesse em busca de simpatia saía desapontado. Comandante das cortes celestiais, Ele Se fez carne e habitou entre nós, e Sua vida de trabalho é um exemplo da tarefa que devemos executar. Seu amor terno e piedoso é uma repreensão a nosso egoísmo e nossa dureza de coração. 

Cristo Se pôs como cabeça da humanidade nas vestes da humanidade. Tão plena de simpatia e amor era Sua atitude que nem o mais pobre tinha receio de ir a Ele. Era bom para todos, facilmente acessível ao mais humilde. Ia de casa em casa curando os enfermos, alimentando os famintos, confortando os tristes, tranquilizando os aflitos, falando de paz ao atribulado. Ele Se dispôs a humilhar-Se a Si mesmo, a negar-Se. Não procurava distinguir-Se. Era servo de todos. Sua comida e Sua bebida era ser um conforto e um consolo a outros, era alegrar os tristes e aliviar o fardo daqueles com quem diariamente entrava em contato. 

Cristo Se apresenta diante de nós como um Homem padrão, o grande Médico-Missionário – um exemplo para todos que viessem depois. Seu amor puro e santo abençoava todo que estivesse dentro de Sua esfera de influência. Seu caráter era absolutamente perfeito, isento da mais leve mancha de pecado. Ele veio como expressão do perfeito amor de Deus, não para esmagar, não para julgar e condenar, mas para sanar todo caráter fraco e defeituoso, para salvar homens e mulheres do poder de Satanás. Ele é o Criador, Redentor e Sustentador da humanidade. Ele faz o convite a todos: “Venham a Mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e Eu os aliviarei. Tomem sobre vocês o Meu jugo e aprendam de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve” (Mt 11:28-30). 

Qual, então, é o exemplo que devemos dar ao mundo? Devemos nos empenhar na mesma obra que o grande Médico-Missionário tomou a Si em nosso favor. Devemos seguir o caminho da abnegação assinalado por Cristo (Beneficência Social, p. 53, 54). 

PARA REFLETIR: O que impede você de tomar o jugo de Jesus e aprender Dele? 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-sustentador-da-humanidade/

terça-feira, 18 de outubro de 2022

DECIFRAR PESSOAS

E não precisava que alguém Lhe desse testemunho a respeito das pessoas, porque Ele mesmo sabia o que era a natureza humana. João 2:25, NAA

Jesus conhece a natureza humana como ninguém. Os evangelhos O retratam com a incrível habilidade de compreender o que vai no coração humano. Na encarnação, ficou clara Sua competência em lidar com as pessoas. No trato com os outros, o Senhor revelou um talento excepcional para ler os propósitos ocultos do coração. 

Mesmo assim, Jesus jamais usou Seu poder para Se aproveitar das pessoas. Ele não manipulou ninguém com essa capacidade. Ao contrário, trabalhou para o bem de todos. Foi assim que Ele agiu com Pedro. Cristo o transformou por meio da convivência, do amor e do ensino paciente e constante. O mesmo aconteceu com Simão, o fariseu, a quem Jesus curou da lepra, com a intenção de restaurá-lo por inteiro. Foi assim com Maria de Magdala. Ela gostava de se sentar aos pés de Jesus para ouvi-Lo, admirá-Lo e Lhe servir. Seu coração transbordava de gratidão pelo fato de o Senhor ter mudado o rumo da sua vida. Os gestos dela revelavam o que lhe passava pela mente. O Senhor lia coerência no coração dela. Maria era realmente grata a Ele. 

Para que isso também ocorra conosco, precisamos agir de igual modo. Não depende de Deus, porque Deus sempre faz a parte Dele e nunca está ausente ou indisposto a agir. Depende de nós, de nossa reação. Deus não dorme. Jesus nunca para de trabalhar. Ele só não abençoa aqueles que, insistentemente, rejeitam a bênção que Ele oferece. Só ficam de fora da festa aqueles que, por teimosia ou orgulho, decidem seguir o próprio critério, ignorando a sabedoria, o amor e o conselho do Senhor. A desconfiança e o desdém são as atitudes que mais afastam as pessoas de Jesus e as distanciam do Céu. Essa terrível atitude, capaz de blindar um coração que sangra, bloqueia a vida de muitas pessoas. Isso ocorreu com alguns dos que viram os milagres de Jesus, mas, “porque as suas obras eram más” (Jo 3:19), optaram por não crer. 

E você? Como reage ao toque do Mestre dos mestres? Qual é sua atitude quando Ele lê e interpreta os anseios de seu coração? Procura se esconder e dissimular, como fez Simão? Tenta resistir e questionar como Pedro? Ou, como Maria, você se sentará aos pés do Salvador para ouvi-Lo? Reflita. Já é hora de aprender a decifrar alguém, não acha? Comece pela pessoa refletida em seu espelho. Ela tem muito a dizer, e Jesus está disposto a ouvir! 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/decifrar-pessoas/ 

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

DESTAQUE - O QUE ACONTECE COM NOSSO CORAÇÃO QUANDO ESTAMOS DEBAIXO D'ÁGUA?

 Creio que a grande maioria das pessoas concorda comigo: não há nada como um mergulho refrescante em um dia de sol e calor na praia, na beira de um rio ou cachoeira. Aquela sensação boa de ter o corpo revigorado. No momento em que entramos na água, nosso organismo começa a passar por uma série de adaptações.

O coração, inclusive, que é um dos principais participantes nesse processo, junto com o cérebro e os pulmões, órgãos que também enfrentam mudanças e trabalham em parceria para atender as demandas desencadeadas quando submergirmos.

E quanto mais fundo vamos, mais intensas são as modificações e necessidades de ajustes. Isso porque o mergulho nos submete a muitos efeitos e fatores, que envolvem a temperatura corporal, exposição a gases hiperbáricos, variações de pressão, alterações respiratórias, exigências físicas e quadros de estresse, entre outros.

1º: as mudanças na temperatura

Na água, o corpo esfria muito mais rápido porque não pode controlar a temperatura como faz em terra. Por isso, dizemos que o líquido tem alta condutividade térmica. Nossa temperatura corporal, que se mantém em torno de 36ºC, tende a baixar quando mergulhamos —e por isso os mergulhadores precisam de roupas especiais.

Essa queda na temperatura pode desencadear diversas alterações bioquímicas e físicas. Se for brusca, ocorre o que chamamos de choque térmico, causando um grande estresse no organismo, especialmente para o coração e o sistema circulatório.

É provável que ocorra um aumento da frequência cardíaca. Os vasos sanguíneos periféricos, aqueles que chegam às extremidades do corpo (como mãos e pés), se estreitam em resposta ao frio para tentar reduzir a perda de calor pela superfície da pele, condição conhecida como vasoconstrição periférica.

O que acontece no sistema cardiovascular a partir daí?

O corpo passa a enviar mais sangue ao coração, que sai das extremidades, seguindo pelas pernas e braços, e toma a direção do centro do peito, a região torácica. Isso aumenta o volume de sangue depositado nos vasos sanguíneos dos pulmões e do coração em até 700 mililitros —o coração passa a absorver cerca de 180 a 240 mililitros de sangue a mais.

Por esse motivo, é necessário um esforço extra para respirar. Além disso, o quadro provoca o aumento da pressão de enchimento no lado direito do coração, que precisa trabalhar no bombeamento de sangue de forma mais intensa para manter o fluxo adequado. O resultado é um crescimento de mais de 30% no débito cardíaco (volume de sangue sendo bombeado pelo coração em um minuto) e a elevação leve da pressão arterial.

Os efeitos iniciais tendem a passar dentro de minutos, mas o quadro pode ser particularmente problemático para algumas pessoas, em especial aquelas com questões cardiovasculares. Por essa razão, ter um coração saudável é de fundamental importância em qualquer mergulho, mesmo o recreativo, pois acarreta um consumo de energia corporal que pode ser grande.

2º: a influência da pressão

O volume do nosso corpo tende a diminuir com o aumento da pressão ao redor. Aqui, essa pressão é exercida pela água junto com o ar da superfície. Quando um indivíduo mergulha, a alta pressão externa a que se submete passa a comprimir, praticamente, todas as partes do corpo enquanto permanece submerso.

Quando mergulhamos, aproximadamente nos primeiros 10 metros debaixo d'água, os pulmões, ainda cheios de ar, nos impulsionam em direção à superfície. A essa profundidade, eles são estimulados a se contraírem até a metade do seu tamanho normal. A partir dessa profundidade, a pressão dobra e os pulmões são estimulados a se contraírem até a metade do seu tamanho normal. Ao seguir afundando, é possível relaxar e começar a descer sem esforço. A sensação é então de ser puxado para baixo. A cerca de 30 metros, a pressão triplica.

Isso exige um esforço adicional do coração: devido à alta pressão, o órgão precisa de mais força para que o sangue possa alcançar todos os tecidos, principalmente nas extremidades. Além disso, ao nível do mar, os pulmões têm a capacidade de comportar de quatro a seis litros de ar.

Ao mergulhar, por exemplo, a 20 metros, como a pressão praticamente dobra, a capacidade pulmonar cai pela metade. Ou seja, os pulmões passam a comportar, em média, de dois a três litros de ar —o que explica a pressão no tórax que mergulhadores sentem em grandes profundidades.

E respirar sob pressão aumentada também afeta o coração e o sistema circulatório. Causa vasoconstrição, aumenta a pressão sanguínea e reduz o ritmo e débito cardíaco. A frequência passa a ser mais lenta para ajudar a conservar o oxigênio (o que permite mergulhar mais profundamente por mais tempo). Para se ter ideia, a frequência cardíaca pode chegar a metade das taxas normais em repouso —a média é de 60 a 100 batimentos por minuto.

Relação com o cérebro Nosso sistema nervoso autônomo (SNA), responsável por regular as funções internas, tais como frequência cardíaca, respiratória e digestão, também é afetado pelo mergulho. Para entender melhor, aqui vale um parêntese: o SNA é composto pelos sistemas simpático e parassimpático. Enquanto o simpático governa a resposta "luta ou fuga", o sistema parassimpático controla as funções de repouso e ajuda na conservação de energia.

Em indivíduos saudáveis, o mergulho geralmente aumenta os efeitos parassimpáticos, preservando o ritmo cardíaco. No entanto, um mergulho percebido como estressante pelo organismo, vai levar o sistema nervoso autônomo para a outra direção e efeitos simpáticos passam a prevalecer. Ocorre a elevação da frequência cardíaca e um aumento do risco de arritmia, entre outras consequências.

Riscos

A maioria dos efeitos que o mergulho tem sobre os pulmões, coração e sistema circulatório está dentro da capacidade de adaptação do nosso corpo. Entretanto, isso para pessoas saudáveis, fisicamente ativas e que tomam os devidos cuidados.

É importante ter em mente que em qualquer situação, seja um simples mergulho na praia ou com alta profundidade em alto mar, podem surgir condições e circunstâncias perigosas que exijam mais do organismo sem aviso prévio.

Um mergulho corriqueiro no mar, por exemplo, nos pede atenção, em especial, ao choque térmico e excesso de esforço físico, dependendo da condição de saúde. Apesar de menos preocupantes, podem desencadear reações adversas, inclusive graves, a exemplo de arritmias agudas e até a morte súbita.

Estatísticas apontam que cerca de um terço de todas as fatalidades envolvendo o mergulho estão associadas a um evento cardíaco agudo, como o infarto, provocado por esforço: nadar contra a corrente, em ondas fortes ou sob condições de flutuabilidade negativa.

Já os mergulhos em profundidades maiores precisam de mais cuidados e preparo. Entre os riscos podemos mencionar complicações em decorrência da reação periférica de vasoconstrição, hipoxia progressiva (ou falta de suprimento adequado de oxigênio), a bradicardia (batimento cardíaco lento e irregular), a taquicardia (batimento cardíaco rápido e irregular), condições capazes de levar a morte repentina, especialmente em indivíduos com anomalias de ritmo preexistentes, doenças cardíacas estruturais ou isquêmicas.

Outro problema apresentado nos mergulhos em alta profundidade —feito com o uso de equipamentos— diz respeito à descompressão rápida. Dependendo do tempo e profundidade, parte do nitrogênio presente no sangue passa a ficar em estado líquido.

Caso o mergulhador suba rápido demais à superfície, esse nitrogênio retorna subitamente para sua forma gasosa e os pulmões não conseguem liberá-lo com velocidade. Assim podem se formar bolhas de gás nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos, o que pode causar embolias e lesões, sendo as mais graves no sistema nervoso, e até a morte.

Benefícios

Mergulhar não envolve apenas viver a experiência de descobrir o mundo subaquático, mas pode ser incorporado entre as práticas físicas, fator importante para a saúde do coração. Ao mergulhar e nadar trabalhamos todos os músculos, aumentando nossa capacidade cardiorrespiratória, elasticidade e força. O mergulho autônomo, realizado com ou sem equipamentos, pode ser uma atividade recreativa atrativa para pessoas de todas as idades.

Porém, a primeira coisa a ser considerada é ter uma boa condição física, que inclua tolerância adequada ao exercício, peso saudável e uma consciência clara de suas condições clínicas. Como vimos, assim como outros exercícios, dependendo das circunstâncias, esse também pode exigir bastante esforço do corpo, inclusive do coração.

Por Paulo Chaccur

Fonte:https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/paulo-chaccur/2022/10/16/o-que-acontece-com-o-nosso-coracao-quando-estamos-debaixo-dagua.htm?cmpid=copiaecola

domingo, 16 de outubro de 2022

A ESPERANÇA DO ANTIGO TESTAMENTO - VEREI A DEUS

 Leia Jó 19:25-27 e compare com João 1:18 e 1 Timóteo 6:16. Quando e em que circunstâncias Jó esperava “ver a Deus”?

A vida não é justa. Observamos isso especialmente quando vemos o “bom” sofrendo e o “injusto” prosperando (Sl 73:12-17; Ml 3:14-18). Por exemplo, Jó era “íntegro e reto”, “temia a Deus e se desviava do mal” (Jó 1:1). Mesmo assim, Deus permitiu que Satanás o afligisse de várias maneiras. No aspecto físico, seu corpo foi devastado por uma doença dolorosa (Jó 2:1-8). No aspecto material, ele perdeu seus rebanhos (Jó 1:13-17). No tocante à sua família e aos de sua casa, perdeu alguns de seus servos e até mesmo os próprios filhos (Jó 1:16, 18). E, no aspecto emocional, estava cercado de amigos que o acusavam de ser um pecador impenitente que merecia o que estava enfrentando (Jó 4:1–5:27; 8:1-22; 11:1-20, etc.). A sua própria esposa declarou: “Você ainda conserva a sua integridade? Amaldiçoe a Deus e morra!” (Jó 2:9).

Jó não sabia que havia se tornado o epicentro de uma luta cósmica entre Deus e Satanás. Afligido por essa luta, lamentou o próprio nascimento e desejou nunca ter nascido (Jó 3:1-26). No entanto, expressou sua fidelidade incondicional a Deus: “Ainda que Ele me mate, Nele esperarei” (Jó 13:15, ARC). Mesmo imaginando que sua vida teria fim, ele manteve a certeza de que a morte não teria a palavra final. Com forte convicção, afirmou que, embora morresse, seu Redentor um dia Se levantaria, e ele veria a Deus em sua carne (Jó 19:25-27). “Este é um vislumbre inequívoco da ressurreição” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 617).

Que esperança gloriosa em meio a uma tragédia dessa! Cercado pela doença e dor, pelo colapso econômico, pela reprovação social e pelo abalo emocional, Jó ainda podia ansiar pelo dia em que ressuscitaria dos mortos e contemplaria seu amado Redentor. Na verdade, sua declaração sobre a ressurreição estava repleta da mesma certeza com que, séculos mais tarde, Marta disse a Jesus: “Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia” (Jo 11:24). Jó, como Marta, teve que reivindicar essa promessa pela fé, embora, diferentemente de Jó, Marta logo tenha recebido poderosa evidência empírica de sua crença.

Como podemos aprender a confiar em Deus mesmo em meio às injustiças da vida?

Fonte:https://mais.cpb.com.br/licao/a-esperanca-do-antigo-testamento/

sábado, 15 de outubro de 2022

ELE VIRÁ

 Eis que Ele vem com as nuvens, e todo olho O verá, até mesmo aqueles que O traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa Dele. Assim será! Amém. Apocalipse 1:7

Quem ama não só promete; cumpre. Para algumas pessoas, a aparente tardança de Jesus em voltar é um grande desafio. No entanto, precisamos entender que a suposta demora do Senhor não determina se Sua promessa se cumprirá ou não. Quem prometeu é fiel. Ele não falha. 

A história do casal Kara Troy Robbins e Jeannine Ganaye é de arrebatar o coração e ilustra essa realidade. Eles se conheceram no ano de 1944, ao final da Segunda Guerra Mundial. Apesar de terem jurado amor um ao outro, Kara, que servia como soldado, teve que ser transferido para outro agrupamento. As circunstâncias pareciam tê-los separados para sempre. Mesmo sem se ver, nunca se esqueceram um do outro. A promessa de se reencontrar um dia permanecia em pé. 

Depois de longos 75 anos, após esforços de um programa de televisão, o casal se reencontrou. Robbins estava com 96 anos, e Jeannine com 92. Ambos eram viúvos na ocasião. O reencontro deles foi emocionante. 

Obviamente não podemos comparar a fidelidade de Cristo com a de nenhum ser humano. Jesus é fiel, e Suas palavras são fiéis e verdadeiras. Tudo o que Ele promete se cumpre. A fidelidade de Deus não varia conforme o clima ou a oscilação da bolsa de valores. 

Em Sua primeira vinda, Jesus provou que tem palavra. Depois de 4 mil anos de expectativa messiânica, na plenitude do tempo, Deus enviou Seu filho (Gl 4:4) para morrer em nosso lugar. No Antigo Testamento, a esperança do primeiro advento do Messias está em toda parte. Essas profecias se cumpriram de forma plena na vida de Jesus. 

Em Seu ministério, o Senhor renovou a promessa e dirigiu nossa atenção para o Seu retorno. Como fez na primeira vinda, Jesus cumprirá Sua promessa de voltar. Ainda que o tempo pareça longo ou as circunstâncias sejam desfavoráveis para manter essa chama acesa, não perca a fé. Persevere confiante na graça e na fidelidade do nosso Deus. Aquele que fez a promessa cumprirá Sua palavra. Ele virá. Prepare-se! 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/ele-vira-2/