domingo, 16 de outubro de 2022

A ESPERANÇA DO ANTIGO TESTAMENTO - VEREI A DEUS

 Leia Jó 19:25-27 e compare com João 1:18 e 1 Timóteo 6:16. Quando e em que circunstâncias Jó esperava “ver a Deus”?

A vida não é justa. Observamos isso especialmente quando vemos o “bom” sofrendo e o “injusto” prosperando (Sl 73:12-17; Ml 3:14-18). Por exemplo, Jó era “íntegro e reto”, “temia a Deus e se desviava do mal” (Jó 1:1). Mesmo assim, Deus permitiu que Satanás o afligisse de várias maneiras. No aspecto físico, seu corpo foi devastado por uma doença dolorosa (Jó 2:1-8). No aspecto material, ele perdeu seus rebanhos (Jó 1:13-17). No tocante à sua família e aos de sua casa, perdeu alguns de seus servos e até mesmo os próprios filhos (Jó 1:16, 18). E, no aspecto emocional, estava cercado de amigos que o acusavam de ser um pecador impenitente que merecia o que estava enfrentando (Jó 4:1–5:27; 8:1-22; 11:1-20, etc.). A sua própria esposa declarou: “Você ainda conserva a sua integridade? Amaldiçoe a Deus e morra!” (Jó 2:9).

Jó não sabia que havia se tornado o epicentro de uma luta cósmica entre Deus e Satanás. Afligido por essa luta, lamentou o próprio nascimento e desejou nunca ter nascido (Jó 3:1-26). No entanto, expressou sua fidelidade incondicional a Deus: “Ainda que Ele me mate, Nele esperarei” (Jó 13:15, ARC). Mesmo imaginando que sua vida teria fim, ele manteve a certeza de que a morte não teria a palavra final. Com forte convicção, afirmou que, embora morresse, seu Redentor um dia Se levantaria, e ele veria a Deus em sua carne (Jó 19:25-27). “Este é um vislumbre inequívoco da ressurreição” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 617).

Que esperança gloriosa em meio a uma tragédia dessa! Cercado pela doença e dor, pelo colapso econômico, pela reprovação social e pelo abalo emocional, Jó ainda podia ansiar pelo dia em que ressuscitaria dos mortos e contemplaria seu amado Redentor. Na verdade, sua declaração sobre a ressurreição estava repleta da mesma certeza com que, séculos mais tarde, Marta disse a Jesus: “Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia” (Jo 11:24). Jó, como Marta, teve que reivindicar essa promessa pela fé, embora, diferentemente de Jó, Marta logo tenha recebido poderosa evidência empírica de sua crença.

Como podemos aprender a confiar em Deus mesmo em meio às injustiças da vida?

Fonte:https://mais.cpb.com.br/licao/a-esperanca-do-antigo-testamento/

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