“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33.
Em meados da década de 90, um ponto de pregação da Igreja de Boa Esperança era a localidade do Cafundó a uns 10-12 Km da zona urbana de Camocim. O ponto de pregação era na casa do casal Doca e Maria (já falecida), sempre nas noites de quinta-feira.
O transporte utilizado para o deslocamento até a comunidade rural era a bicicleta, pois era o transporte mais comum entre nós, os adventistas de Boa Esperança. As idas até a localidade aconteciam na parte da tarde e costumeiramente iam dois ou mais irmãos juntos, cada um numa bicileta, levando bagagens necessárias para passar a noite e retornar somente no outro dia.
Aconteceu que, em uma certa quinta-feira à tarde, achei-me sozinho para ir a localidade e realizar a pregação. Mas, quando ia saindo na bicicleta, minha amada foi chegando do trabalho e não muito satisfeita com a situação do momento financeiro que passávamos e cansada do trabalho, indagou-me se eu estava indo ao Cafundó naquele momento, pois não tinhámos nem dinheiro para comprar o leite do nosso filho (na época único). Confirmei que estava indo e fui.
A pregação a noite na zona rural foi uma bênção com a presença significativa de moradores da comunidade ouvindo a Palavra de Deus. Quanto aos resultados e consequências daquele trabalho naqueles dias idos, só a eternidade revelará. Mas, a noite passou, o trabalho do Senhor foi feito e logo nas primeiras horas do dia era o momento de retornar para casa e enfrentar a triste realidade financeira.
No retorno para casa, o Doca foi em minha companhia, e eu na dele, até um certo cruzamento onde ele tomaria caminho para uma vacaria onde ele comprava leite para ir vender na cidade e eu pegaria o caminho de casa. Mas, antes de tomarmos caminhos diferentes algo chamou minha atenção no chão, pedi que me esperasse e voltei um pouco com a bicicleta.
Quando voltei, dei com vista, no chão, com uma nota de R$ 5,00 novinha, tão nova que nunca tinha sido dobrada ao meio, a primeira dobra na cédula quem fez fui eu. Então, disse ao Doca que metade do valor era dele e a outra metade era minha, pois achamos juntos o dinheiro numa ocasião que não tinha como encontrar o dono. Ele porém, disse: “É sua!”, pois não entendia como eu tinha visto aquela nota na areia com o dia ainda clareando. Assim, nos despedimos.
Chegando bem cedo em casa, tomei banho e fui ao centro da cidade comprar o que estava precisando para o desjejum, almoço e alimentação da criança. O dinheiro rendeu, pois naqueles idos a moeda brasileira era forte. Dessa forma, até o dízimo foi separado.
Quando minha amada acordou, levantou-se e viu o que eu tinha comprado na mesa, ela admirada, logo perguntou aonde eu teria conseguido aquilo ali tudo. Então falei-lhe o que tinha acontecido e concluí dizendo que aquela nota novinha tinha caído dos céus para suprir nossas necessidades daquele dia.
Portando, colocar as coisas do Reino dos Ceús em primeiro lugar é de fundamental importância para o exercício da fé do seguidor de CRISTO.
JCML, Dezembro de 2016.