segunda-feira, 25 de abril de 2022

A QUEDA

 Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o Descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você Lhe ferirá o calcanhar” (Gn 3:15)

Leia Gênesis 2:16, 17 e 3:1-6 (ver também Jo 8:44). Compare as palavras da ordem divina a Adão com as palavras da serpente à mulher. Quais são as diferenças entre as falas e qual é o significado dessas diferenças?

Observe os paralelos entre a conversa de Deus com Adão (Gn 2:16, 17) e a conversa de Eva com a serpente. É como se a serpente tivesse substituído Deus e soubesse ainda mais do que Ele. A princípio, ela apenas fez uma pergunta, dando a entender que a mulher talvez tivesse entendido mal a ordem divina; porém, em seguida, Satanás questionou abertamente as intenções de Deus e até O contradisse.

O ataque de Satanás envolvia duas questões: a morte e o conhecimento do bem e do mal. Enquanto Deus afirmou de maneira clara e enfática que a morte deles seria certa (Gn 2:17), Satanás disse que, ao contrário, não morreriam, sugerindo que os humanos eram imortais (Gn 3:4). Enquanto Deus proibiu Adão e Eva de comer do fruto, Satanás os encorajou a fazê- lo, pois, comendo-o, seriam como Deus (Gn 3:5).Os dois argumentos de Satanás, imortalidade e semelhança com Deus, convenceram Eva a comer o fruto. É preocupante o fato de que tão logo a mulher decidiu desobedecer a Deus e comer o fruto proibido, ela se comportou como se Deus não estivesse mais presente e tivesse sido substituído por ela mesma. O texto bíblico alude a essa mudança de personalidade. Na avaliação de Eva sobre o fruto proibido, a Bíblia usou a linguagem de Deus: “vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer” (Gn 3:6). Isso lembra a avaliação de Deus sobre Sua criação: “e viu [...] que era boa” (Gn 1:4, ARC, etc.).Essas duas tentações, a de ser imortal e a de ser como Deus, estão na raiz da ideia de imortalidade das antigas religiões egípcia e grega. O desejo de imortalidade, que acreditavam ser um atributo divino, obrigava essas pessoas a buscar a condição divina a fim de adquirir a imortalidade. Sorrateiramente, essa forma de pensar se infiltrou nas culturas judaico-cristãs e deu origem à crença na imortalidade da alma, que ainda subsiste em muitas igrejas.

Algumas crenças ensinam que há algo inerentemente imortal em nós. Nossa compreensão do estado dos mortos nos protege contra esse engano perigoso?

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/a-queda/

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