Pois está
escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre.
O filho da escrava nasceu de modo natural, mas o filho da livre nasceu mediante promessa. Gálatas 4:22,23
O filho da escrava nasceu de modo natural, mas o filho da livre nasceu mediante promessa. Gálatas 4:22,23
O breve esboço que Paulo fez da história de
Israel tinha o desígnio de combater os argumentos apresentados pelos seus
adversários, que afirmavam que eram os verdadeiros descendentes de Abraão e que
Jerusalém – o centro do cristianismo judaico e da lei – era sua mãe. Os
gentios, conforme a acusação deles, eram ilegítimos. Se eles quisessem se
tornar verdadeiros seguidores de Cristo, deviam primeiramente se tornar filhos
de Abraão, submetendo-se à lei da circuncisão.
Paulo disse que a verdade é o oposto. Esses legalistas não eram
os filhos de Abraão, mas eram filhos ilegítimos, como Ismael. Ao colocar sua
confiança na circuncisão, eles estavam confiando “na carne”, como Sara fez com
Hagar e como os israelitas fizeram com a lei de Deus no Sinai. Os cristãos
gentios, no entanto, eram filhos de Abraão não pela descendência natural, mas,
como Isaque, pela linhagem sobrenatural. “Como Isaque, eles eram um cumprimento
da promessa feita a Abraão […]. Como Isaque, seu nascimento na liberdade era o
efeito da graça divina; como Isaque, eles pertenciam à coluna da aliança da
promessa” (James D. G. Dunn, The Epistle to the Galatians [A
Epístola aos Gálatas], Londres: Hendrickson Publishers, 1993, p. 256).
De acordo com Gálatas 4:28-31 e Gênesis 21:8-12, o que os
verdadeiros descendentes de Abraão enfrentarão neste mundo?
Zombaria e
perseguição dos falsos cristãos, presos ao legalismo.
Ser o filho
prometido trouxe a Isaque não somente bênçãos, mas também oposição e
perseguição. Em referência à perseguição, Paulo tinha em mente a cerimônia de
Gênesis 21:8-10, em que Isaque foi honrado e Ismael apareceu zombando dele. A
palavra hebraica em Gênesis 21:9 significa, literalmente, “rir”, mas a reação
de Sara sugere que Ismael estivesse zombando de Isaque ou ridicularizando-o.
Embora o comportamento de Ismael pareça insignificante para nós hoje, ele
revelava hostilidades mais profundas, numa situação em que o direito de
primogenitura da família estava em jogo. Muitos governantes da antiguidade
tentaram assegurar sua posição eliminando rivais em potencial, incluindo irmãos
(Jz 9:1-6). Embora Isaque enfrentasse oposição, ele também desfrutava de todos
os privilégios do amor, proteção e favor relacionados com a condição de ser o
herdeiro de seu pai.
Como
descendentes espirituais de Isaque, não devemos ficar surpresos quando sofremos
dificuldades e oposição, mesmo dentro da própria família da igreja.
Fonte:
http://mais.cpb.com.br/licao/as-duas-aliancas/