Irmãos,
rogo-vos que sejais como eu, porque também eu sou como vós; nenhum
mal me fizestes. Gálatas
4:12
Qual
era a necessidade dos gálatas, e o que Paulo pediu a eles? Paulo
tinha autoridade para fazer esse apelo? Leia
Gálatas 4:12 e compare com os seguintes textos: 1Co 11:1; Fp 3:17;
2Ts 3:7-9; At 26:28, 29
Ao
longo de suas cartas, diversas vezes Paulo encorajou os cristãos a
imitar seu comportamento. Em cada situação, ele se apresentou como
exemplo confiável que eles deviam seguir. Em 2 Tessalonicenses
3:7-9, Paulo se ofereceu como exemplo de como os cristãos de
Tessalônica deviam trabalhar para ganhar o próprio sustento e não
ser um fardo para os outros. Em 1 Coríntios 11:1, Paulo exortou os
coríntios a imitá-lo, colocando o bem-estar dos outros em primeiro
lugar. Sua preocupação com os gálatas parece ter sido um pouco
diferente.
Em
Gálatas 4:12, Paulo não pediu que eles o imitassem. Em vez disso,
pediu que eles se tornassem como ele era; ele estava falando sobre
ser e não sobre agir. Por quê? O problema na Galácia não era
comportamento antiético nem estilo de vida pecaminoso, como na
igreja de Corinto. A questão na Galácia estava enraizada na
essência do próprio cristianismo. Era mais sobre a “essência”
do que sobre o “comportamento”. Paulo não estava dizendo
“proceda como eu”, mas “seja o que eu sou”. A terminologia
exata de Gálatas 4:12 ocorre no apelo de Paulo a Herodes Agripa II,
em Atos 26:29, em que Paulo disse: “Peço a Deus que não apenas
tu, mas todos os que hoje me ouvem se tornem como eu, porém sem
estas algemas”. Em outras palavras, Paulo estava se referindo à
sua experiência como cristão, um fundamento que se apoiava
unicamente em Cristo, uma fé que confiava no que Jesus havia feito
por ele e não em suas obras da lei. Os gálatas estavam dando mais
valor ao seu comportamento do que à sua identidade em Cristo.
Embora
Paulo não tenha dito especificamente de que maneira ele queria que
os gálatas se tornassem como ele, o contexto da situação entre os
gálatas indica que essa não foi uma declaração geral que abrangia
todos os aspectos e detalhes de sua vida. Visto que sua preocupação
era com a religião dos gálatas, centralizada na lei, certamente
Paulo tinha em mente o maravilhoso amor, alegria, liberdade e certeza
de salvação que ele havia encontrado em Jesus Cristo. À luz da
maravilha insuperável de Cristo, Paulo havia aprendido a considerar
tudo o mais como lixo (Fp 3:5-9) e ansiava que os gálatas tivessem
essa mesma experiência.
Fonte:
http://mais.cpb.com.br/licao/apelo-pastoral-de-paulo/
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