Mas,
pela graça de Deus, sou o que sou; e a Sua graça, que me foi
concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que
todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. 1
Coríntios 15:10
Não
são muitas as pessoas que têm a mesma mente aguçada e o raciocínio
lógico de John N. Andrews (1829-1883). Capaz de ler em cerca de sete
idiomas, tinha vasto conhecimento de história secular e religiosa.
Quando lhe perguntaram qual porção da Bíblia ele sabia de cor,
respondeu: “Não presumo ser capaz de repetir todo o Antigo
Testamento, mas tenho certeza de que, se o Novo Testamento se
perdesse, eu conseguiria reproduzi-lo palavra por palavra.” Não é
de se espantar então que, depois de ser enviado como o primeiro
missionário oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia à Europa,
Ellen White tenha escrito para o líder da igreja naquele continente:
“Estamos lhe enviando o homem mais capaz de nossas fileiras.”
Depois
de trabalhar por mais de oito anos na Europa, Andrews sentiu que sua
vida estava chegando rapidamente ao fim. Prostrado por uma
tuberculose, escreveu uma carta no dia 24 de abril de 1883, de
Basileia, na Suíça, para seu amigo íntimo Uriah Smith, editor
da Review and Herald. Na carta, Andrews afirmou:
“No
presente, por causa de meu estado de grande prostração, sou levado
a olhar face a face para a morte. Há algo que me incomoda e menciono
a você em forma de pedido. Será sua responsabilidade mencionar
minha morte na Review. Suplico-lhe
que faça a declaração mais simples e breve possível.
E incumbo-lhe solenemente de excluir qualquer palavra de elogio. Um terço de uma coluna da Reviewbastará para tudo que precisa ser dito.
E incumbo-lhe solenemente de excluir qualquer palavra de elogio. Um terço de uma coluna da Reviewbastará para tudo que precisa ser dito.
“Faço
esse pedido, pois temo que sua terna consideração por mim o fará
sentir-se compelido a dizer coisas que não mereço e que não devem
ser ditas. Meus melhores atos tiveram algum traço de egoísmo ou
tiveram falta de amor por Deus e pelas pessoas. Rogo-lhe, portanto,
por toda afeição que você sente por mim, que leve em consideração
esse meu ávido pedido.”
No
dia 21 de outubro de 1883, Andrews faleceu, e seu pedido
foi totalmente honrado. A Review de 30 de outubro
saiu do prelo com um obituário intitulado “A morte do pastor
Andrews”, sem grandes louvores por suas realizações.
Que
maravilha a vida dos indivíduos extremamente talentosos que
permanecem humildes, mesmo quando cercados de sucesso e elogios!
Fonte:
https://mais.cpb.com.br/meditacao/um-obituario-simples/
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