“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” Eclesiastes 3:1.
No dia seguinte, no horário e local marcado, fui o último a ser chamado, ministrei minha aula e fui bastante elogiado pelos professores avaliadores. No dia seguinte, busquei o resultado. Dos três avaliadores, dois deram notas boas (10,0 e 8,5). Precisava apenas de uma nota 6,0 do último avaliador para passar em terceiro lugar. Mas, recebi uma nota 3,0 e fiquei classificado em 6º lugar, fora das vagas.
Ao chegar em casa, conversei aos prantos com Deus tentando entender o porquê dEle ter me ajudado em tantas etapas e na hora final eu não ter conseguido alcançar meu objetivo. Em meio ao sentimento de tristeza, segui em meu emprego na fábrica de calçados. Dois meses depois, recebi uma oferta de trabalho em uma empresa que tinha prestado serviço no tempo de estudante e aceitei-a.
Nesta empresa, comecei a crescer pessoal e profissionalmente vislumbrando um futuro ainda melhor sem impacto na guarda do sábado ou de outro princípio cristão. Um ano depois, casei. Mas, como recém-casado, não entendia as dores financeiras de um matrimônio.
Depois da lua de mel, as reservas financeiras diminuíram pela metade e faltava pagar a documentação da casa própria que era 3 vezes o que eu ganhava. Foi então que, no dia 06 de abril de 2015, no início do segundo mês de casamento, recebi uma ligação da universidade em que estudei, informando que eu estaria sendo convocado para ser professor substituto do certame que tinha participado no início de 2014, pois os demais classificados desistiram da vaga.
Por óbvio, fiquei muito feliz, mas estava trabalhando e como acumular duas funções? Liguei para o coordenador do curso e expliquei minha situação: trabalho em uma empresa e sou Adventista do Sétimo Dia. Ele me informou que me liberaria as sextas à noite, mas o restante da semana de trabalho seria definido semestralmente podendo trabalhar vários dias pela manhã.
Ficou nítido que, caso aceitasse a vaga de professor, trabalharia em horários conflitantes com o meu atual emprego. Sem muitas expectativas, busquei meu chefe que, por orientação divina, me informou que eu poderia sair no horário de trabalho para realizar as atividades de professor, pois eu delegaria atividades e continuaria sendo importante para a empresa.
Assumi a vaga de professor substituto no dia 09 de abril de 2015 e consegui conciliar as duas funções. Quatro meses depois tinha a quantia necessária para pagar a documentação da casa.
Quase um ano e meio depois da frustração da "reprovação" no concurso, encontrei a resposta para a pergunta que fiz: por que dEle ter me ajudado em tantas etapas e na hora final eu não ter conseguido alcançar meu objetivo?
Porque ele sabia exatamente o tempo certo em que eu precisaria dessa oportunidade de emprego. Porque ele sabia que há tempo para todo propósito debaixo do céu. Quando nos frustramos com algo que não vem no tempo desejado, lembre-se, Deus sabe o tempo certo.
Tiago Sousa Lopes, Dezembro de 2016.
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