domingo, 4 de março de 2018

18. FEITO EM CASA: QUAL O TEMPO CERTO? [parte 1]

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” Eclesiastes 3:1.
  
   Desejos, sonhos, metas, objetivos e anseios norteiam nossa vida. Desejamos casar, ter um bom emprego, uma boa casa, bons amigos, roupas, móveis, passear com a família e amigos, etc., mas por diversas vezes os nossos sonhos não acontecem no tempo desejado. Quantos sonhos do tempo de criança não foram cumpridos na época imaginada? Em meio a reclamações e frustrações, algo me fez pensar se o tempo em que esperamos realizar nossos desejos é realmente o momento ideal.         
   No final de 2013, eu estava concluindo o curso de administração em uma instituição pública da cidade em que residia. Na época, trabalhava em uma indústria multinacional no ramo de calçados e, apesar do bom desempenho, percebia que o futuro ali seria complexo (não impossível) devido a guarda do dia santificado.         
   Foi então que, em dezembro/2013, saiu um edital para um concurso de professor temporário (2 anos) da universidade em que estudava. Mesmo sendo por tempo determinado, acreditava que aquela oportunidade poderia abrir portas no futuro, pois sempre gostei de lecionar. Para que eu pudesse participar do processo seletivo, precisava apresentar o certificado ou certidão de conclusão de curso superior até o dia 06 de janeiro de 2014. Mas, eu colava grau e recebia a certidão apenas dia 09 de janeiro de 2014.        
   Fiquei muito triste, mas, faltando alguns dias para o fim do prazo, recebi a notícia da prorrogação das inscrições para o dia 24 de janeiro. Naquele momento, criei firme convicção de que Deus queria que eu participasse do certame. Mas, as providências não pararam por aí. Por desleixo, deixei toda a documentação para o último dia e quando fui entregá-la estava 5 minutos atrasado. Mesmo assim, a atendente recebeu meu material e deferiu minha inscrição.         
   No dia da prova escrita (1ª fase), dirigi-me ao campus e, ao chegar, encontrei-o vazio. Procurei por muitos ambientes e não achei nada relacionado ao concurso. Faltando 5 minutos para o início da prova consegui contato com a comissão organizadora do concurso e fui informado que estava no local errado. Em clima de frustração e desespero, zarpei em disparada ao ponto indicado e consegui entrar na sala faltando 1 minuto para a realização da prova.    
   Ainda estonteante e agradecido, vi os professores colocarem 10 temas para sorteio. Em silêncio, falei a Deus que o melhor tema seria o 06, pois os demais eram muito difíceis para dissertar. Vocês devem ter percebido qual o número foi sorteado, certo? Isso mesmo, o assunto 06. Escrevi toda minha dissertação e entreguei confiante de um bom resultado.        
   Na mesma noite saiu o resultado e passei para a segunda fase em quarto lugar (eram três vagas disponíveis). Agora, na segunda fase, era necessário a apresentação de uma aula prática de 50 minutos sobre um dos temas não sorteados na fase 1 do certame. Recebi o tema sorteado para a aula que aconteceria no outro dia. Estudei com afinco como ainda não tinha feito até então.

Continua…

Nenhum comentário: