domingo, 30 de agosto de 2015

APELOS À AUTORIDADE HUMANA I

"Pois que diz a Escritura?" Romanos 4:3

 
O que a Bíblia tem a dizer sobre esse assunto? Essa foi a pergunta de Paulo enquanto refletia sobre a justificação pela fé no livro de Romanos. Essa também foi a pergunta dos primeiros adventistas guardadores do sábado. Eles eram um povo radicalmente comprometido com a Bíblia, que se recusava a usar a tradição, a autoridade da igreja, o conhecimento acadêmico ou qualquer outra forma de autoridade religiosa para responder a suas inquietações teológicas. Eram o povo da Bíblia.
As coisas haviam mudado entre a liderança adventista do fim dos anos 1880. Na era de Mineápolis, eles tentaram usar pelo menos quatro formas de autoridade humana para resolver as controvérsias teológicas que assolavam a igreja.
A primeira estava ligada às posições de autoridade. Butler, com sua vontade férrea, achava-se particularmente suscetível a essa abordagem. Seu conceito de que os líderes tinham uma “visão mais clara” e uma posição mais importante que a de seus seguidores o predispunha a abusos de autoridade. Ellen White o repreendeu em outubro de 1888 por favorecer aqueles que concordavam com ele, ao passo que via com suspeita os que “não se sentiam obrigados a aceitar suas impressões e as ideias de seres humanos, [agindo] somente como eles agem, [falando] só como eles falam, [pensando] apenas como eles pensam, transformando-se, na verdade, em menos do que máquinas” (Ct 21, 1888).
A abordagem do presidente da Associação Geral ao incentivar os adventistas “a esperar que um homem pense por eles e lhes sirva de consciência” havia, aos olhos da Sra. White, criado muitos indivíduos inseguros que eram “incapazes de se manter firmes na posição do dever” (Ct 14, 1891).
Discordando da posição autoritária em questões bíblicas e doutrinárias, Ellen White destacou, em dezembro de 1888: “não devemos considerar que o pastor Butler ou o pastor Smith são os guardiães das doutrinas adventistas do sétimo dia e que ninguém pode ousar exprimir uma ideia diferente da deles. Meu apelo tem sido:
estudem as Escrituras por si mesmos. […] Nenhum ser humano deve servir de autoridade para nós (Ct 7, 1888; itálico acrescentado).
É assim que deve ser. A Palavra de Deus, encontrada na Bíblia, é a autoridade de todo cristão. Era dessa forma em 1888 e continua a ser hoje. Com isso em mente, como fez o apóstolo Paulo, precisamos iniciar cada dia com a pergunta: “Que diz a Escritura?”

Fonte: https://meditacaomatinal2014.wordpress.com/sobre/

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