terça-feira, 1 de setembro de 2015

APELOS À AUTORIDADE HUMANA II

"Não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR." Deuteronômio 8:3



Embora todos concordemos que a Bíblia é importante, como é difícil tentar resolver nossas dificuldades teológicas sem citar a opinião de “especialistas”! Tanto Uriah Smith quanto George Butler fizeram apelos a essa fonte de autoridade em 1888. conquanto a maioria dos pastores adventistas concordasse com a liderança, o elemento de reforma dentro do adventismo levantou um coro de objeções.
E. J. Waggoner demonstrava bastante lucidez nesse aspecto. Quando Butler usou a opinião de um especialista para resolver a questão de Gálatas, o mais jovem o refutou usando seu ponto mais vulnerável: “De nada me importa”, argumentou Waggoner, “o que diz o homem. Quero saber o que Deus diz.não ensinamos palavras de seres humanos como doutrinas, mas a Palavra do Senhor. Tenho certeza de que você não citaria Greenfield caso fosse capaz de encontrar um argumento nas Escrituras”.
Caso os adventistas começassem a depender da opinião de autoridades, declarou Waggoner: “Poderíamos muito bem nos tornar papistas, pois a essência do papado é reduzir a fé à opinião de um homem”. Os adventistas do sétimo dia “devem ser protestantes de fato, testando todas as coisas somente à luz da Bíblia”.
Além da tentação de recorrer a autores do cristianismo em geral para apoiar diversas posições, eles também contavam com os próprios escritores de peso.
William C. White observou que alguns ministros adventistas atribuíam “igual importância às citações das Escrituras e aos comentários do pastor Smith” porque Ellen White havia elogiado o livro
Daniel and the Revelation [Daniel e o Apocalipse]. Afinal, argumentavam alguns pastores, ela não dissera que Smith “teve a ajuda de anjos do Céu em sua obra”?
Essa é uma lição interessante da história adventista. Muitas vezes, as pessoas argumentam em favor da aceitação da autoridade de alguém porque Ellen White recomendou seus escritos ou disse que o indivíduo tinha a verdade.
Essa não era a posição dos reformadores de Mineápolis, nem da própria Ellen White. Todos eles diriam que, a despeito do tanto de verdade que alguém possuísse, só seria possível confirmar algum de seus ensinos em particular depois de ir à Bíblia e examinar o tema por completo.
Tal conselho continua a ser excelente. Ou, como eu gosto de dizer, o décimo primeiro mandamento é “Nunca confiarás em um teólogo”. Todas as ideias precisam ser verificadas nas Escrituras.

Fonte: https://meditacaomatinal2014.wordpress.com/2015/08/01/1o-de-setembro-meditacao-matinal-2015-ligado-na-videira-meditacoes-diarias/

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