segunda-feira, 30 de junho de 2014

EM QUE POSIÇÃO ORAR?

"O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu." Lucas 18:13


Na oração modelo (Mt 6:9-15), Jesus nada disse sobre a formalidade exterior da posição. Para alguns, só se pode orar ajoelhado. Isso tem sido razão para longos debates e mau testemunho. Se alguns visitantes da igreja testemunharem a atitude hostil de certos defensores do "genuflexismo", provavelmente sairão intrigados com o superficialismo deles, imaginando se vale a pena voltar.
São de estarrecer qualquer um as absurdas idolatrias das formas, que perdem de vista a essência do cristianismo. O impressionante é que, ao nos concentrarmos em periféricos, perdemos de vista o que é importante. Acabamos coando mosquitos imaginários e engolindo camelos do tradicionalismo (Mt 23:24).
No que diz respeito à oração, se as circunstâncias permitirem, podemos nos ajoelhar. Contudo, mais importante do que os joelhos curvados, que é o significado etimológico da palavra genuflexo, é ter a vontade e o espírito curvados diante de Deus, símbolos da verdadeira submissão. Se a igreja em sua liturgia, porém, decidiu que algumas orações sejam realizadas com os adoradores em pé ou assentados, não há nada errado com isso. Jesus não disse que Seus discípulos serão conhecidos pela posição exterior da oração, mas pelo amor fraternal (Jo 13:35). O bizarro é que até mesmo sobre a oração, precisamente o que nos deveria unir, podemos ser levados a estar divididos.
Pelo formalismo e fervor cego, muitos se esquecem de que nossa vida é a verdadeira oração de resposta a Deus. A maneira como vivemos é a nossa oração. Oração não é simplesmente o que dizemos quando juntamos as mãos, fechamos os olhos ou nos curvamos de joelhos. Essa não é a realidade da verdadeira oração. O essencial é a maneira como vivemos, não como oramos. Qual, então, é a posição certa na oração? Isso é secundário e periférico. O que faz diferença é o ardente desejo de comunicar-se com Deus.
Fonte: http://cpbmais.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2014/frmd2014.html

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