quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A ESPERANÇA DO ADVENTO

Em breve, muito em breve Aquele que vem virá, e não demorará.” Hebreus 10:37

      No início da primeira semana de janeiro de 2006, os jornais dos Estados Unidos deram a notícia de que treze mineiros haviam sido soterrados em uma mina de carvão no estado da Virgínia Ocidental. No entanto, quando os norte-americanos acordaram na quinta-feira, dia 5 de janeiro, viram estampado nas manchetes dos principais jornais: “Eles vivem”; “Vivos – Mineiros vencem a adversidade”; “Doze mineiros achados vivos quarenta e duas horas depois da explosão.”

      Os sinos da igreja próxima da mina, onde os familiares dos mineiros soterrados estavam reunidos, começaram a soar pouco antes da meia-noite, quando a CNN anunciou que doze homens tinham sido encontrados vivos. Familiares e amigos das vítimas em vigília na Igreja Batista local gritaram: “É um milagre! Eles estão vivos!”

      Momentos depois, a direção da empresa proprietária da mina disse que havia ocorrido um problema de comunicação e a mensagem não tinha sido enviada corretamente. Houve caos e revolta entre os familiares. “Foi um milagre que nos roubaram”, diziam eles. Anne Meredith, cujo pai morreu no acidente, disse: “Senti que fomos enganados o tempo inteiro.” Durante mais de um dia, aquelas pessoas mantiveram e alimentaram a esperança, e se decepcionaram.

      Uma das definições de esperança é: “Desejo acompanhado de uma expectativa; desejo cujo cumprimento é acariciado; confiança em se conseguir o que deseja.”

      Quantas esperanças alimentamos como seres humanos: passar no vestibular; que nosso time vença; passar no concurso público; a descoberta para a cura de alguma doença; ganhar medalha de ouro; que amanhã as coisas irão melhorar.

      A esperança aparece acenando e trazendo ideias à mente: a semente, o botão para desabrochar, crianças, o sol nascendo. É um chamariz do futuro.

      Ela também é um dos componentes mais importantes da fé cristã, e é mencionada aproximadamente 180 vezes na Bíblia. E o povo de Deus desenvolveu, através do tempo, a esperança do advento, um desejo de se encontrar com seu Deus no futuro. Paulo se refere a ela como a “bendita esperança (Tt 2:13).

      “E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou Seu amor em nossos corações” (Rm 5:5). “Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois Aquele que promete é fiel” (Hb 10:23).

José Maria Barbosa

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