Durante vários meses da minha vida ouvi esta pergunta: Tem chicletes? Quando meu filho nasceu, ficou sem conhecer qualquer tipo de doce, com exceção do doce das frutas, por dois anos. Mas, quando foi a uma festa de aniversário, comeu seu primeiro brigadeiro. E, para minha surpresa, achou muito gostoso! Com o passar do tempo foi conhecendo outros tipos de guloseimas, até que conheceu o chiclete. Ficou maravilhado com o doce que a gente masca, masca, não acaba e ainda pode fazer uma bola bem grande. Rapidamente, esse passou a ser seu doce preferido. Eu não achava de todo mal porque existem os chicletes sem adição de açúcar, o que facilitava as negociações de comer ou não o doce.
Para os adultos, os chicletes têm outra função. Servem para nos ajudar com o mau hálito, além do gostinho especial, é claro. Para as crianças, não. Elas querem o gosto e as bolas do chiclete. Como meu filho gostava demais dessa guloseima, me pedia sempre seu doce preferido. Como havia doces mais gostosos, eu acabava comprando outra coisa melhor e até mais cara. Mas nada feito. Ele não abria mão do chiclete.
Tenho certeza de que com Deus ocorre o mesmo em relação a nós. Quantas outras bênçãos melhores e mais reais Deus está disposto a nos dar, e às vezes estamos tão preocupados com nossas satisfações pessoais que não damos espaço para Ele nos dar mais do que pedimos ou necessitamos. A verdade é que Deus está mais disposto a nos dar Suas bênçãos do que nós para recebê-las.
Algumas vezes, já me perguntei: será que estou deixando de receber as bênçãos de Deus porque quero e peço “chicletes” quando Ele queria me dar um mundo inteiro de bênçãos? Seria como se seu pai quisesse lhe dar uma viagem para os Estados Unidos e você preferisse uma barra de chocolate. Não tem nem comparação, né? Claro que não! Assim, percebo que Deus quer nos dar bênçãos sem medida, mas por falta de fé ou mesmo de visão espiritual, ficamos com migalhas das bênçãos. E então? Vai querer chicletes? Acho que você entendeu. Deus tem outros “doces” melhores e mais gostosos, é só pedir!
Fonte:http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/ij/2011/ij022011.html#9
Nenhum comentário:
Postar um comentário