SENTIMENTOS

Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor. 1 Coríntios 13:13

Não sou muito sentimental, embora não considere isso defeito. Prefiro encarar os sentimentos de outra perspectiva, com um pouco mais de racionalidade. É natural sentir, mas é vital saber. Na guerra do sentir versus saber, acredito que o que sabemos pode, em muitos casos, anular o que sentimos. Não que seja simples ou que haja fórmula mágica. Acredito no poder da escolha. É certo que sentimentos são bonitos, colorem a vida. Mas eles só se encaixam nas molduras que nós lhes damos. 

Sentimentos são regidos por escolhas, por isso traçam a rota de nossa vida e influenciam nosso destino. Sentimentos somos nós escolhendo como viver. Sentimentos nos levam a decidir, desistir ou resistir. Muitas vezes, são eles que vencem as batalhas que travamos. Sentimentos são como crianças. Não sabem direito quem são. Nascem pequenos, mas crescem e ganham a força que lhes damos. Mas, de alguma forma, eles dependem de nós. 

O amor não é assim. Ele vem com o tempo. Amor é uma escolha sentida e sabida. É a soma de sentimentos escolhidos – a dedo e sem medo. Amar é escolher o que faz o outro se sentir bem. O amor prefere esquecer quem é. Não sabe bem o que vem, mas sabe bem o que quer. Muitas vezes – e quase todas – desconhece os porquês, pois está além das explicações. O amor vence o tempo, a distância, o cansaço. É capaz de vencer, inclusive, os outros sentimentos. O amor jamais acaba, ainda que mude sua direção. Amor não se inventa, não se diz, não se pede, não se compara, não se aprisiona. Amor é uma Pessoa, uma ação, um tempo, um fim. E o melhor de tudo: amor é uma força que produz amor. 

Em 1 Coríntios 13, Paulo apresenta uma linda descrição do amor. É um retrato do que o amor é, suas características e ações peculiares. Seria possível substituir a palavra “amor” nesse texto pela palavra “Deus”. Afinal, Deus é paciente, bondoso, constante, fiel, etc. Deus tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. Amar é, portanto, tornar-se mais parecido com Deus. Ele é amor e escolheu que Seus discípulos nesta Terra fossem conhecidos pelas demonstrações de amor prático. 

Sentir é natural. Amar é uma decisão. Não permita que os sentimentos escrevam sua história. Ouse amar.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/sentimentos/