É necessário que todos nós compareçamos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5:10).
Para muitos, a ideia de julgamento significa condenação. Embora isso faça parte do processo, não devemos nos esquecer de que ele tem um lado positivo, pois também envolve a vindicação dos justos. Daniel se referiu a um juízo do tempo do fim em favor dos “santos do Altíssimo” (Dn 7:22). O juízo inclui os dois aspectos: “Ouve Tu nos Céus, age e julga os Teus servos, condenando o ímpio, fazendo com que pague por seus atos, e justificando o justo, para lhe retribuíres segundo a sua justiça” (1Rs 8:32).
Leia Mateus 25:31-46 e João 5:21-29. Como Cristo apontou para os conceitos de condenação e vindicação no juízo final?
Alguns afirmam que as expressões “não é julgado” (Jo 3:18) e “não será julgado” (Jo 5:24) significam que aqueles que estão em Cristo não serão julgados de forma alguma. Porém, elas indicam que os crentes não são condenados no juízo. Portanto, os textos devem ser entendidos como “não é condenado” (Jo 3:18) e “não entrará em condenação” (Jo 5:24).
Em suma, nosso destino é determinado na vida presente. Os que estão em Cristo têm assegurada sua vindicação no juízo, e os que não estão em Cristo permanecem sob condenação. Ao descrever o julgamento (Mt 25:31- 46), Jesus mencionou a presença não apenas dos cabritos (ímpios), mas também das ovelhas (justos). “É necessário que todos nós compareçamos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5:10).
Ao refletir sobre o juízo, devemos ter em mente que somos salvos pela graça (Is 55:1; Ef 2:8-10), justificados pela fé (Gn 15:6; Rm 5:1) e julgados pelas obras (Ec 12:14; Mt 25:31-46; Ap 20:11-13). A base do juízo é a lei moral resumida nos Dez Mandamentos (Ec 12:13, 14; Tg 1:25; 2:8-17). As obras são evidências externas da genuinidade da experiência salvífica e, consequentemente, serão avaliadas no juízo.
Lembre-se: não existe um decreto divino arbitrário que eleja alguns para a salvação e outros para a perdição. Cada um é responsável por seu próprio destino.
No fim, o juízo não é o momento em que Deus decide nos aceitar ou rejeitar, mas o momento em que Ele indica qual é nossa escolha final, se O aceitamos ou não, uma escolha manifestada pelas nossas obras ao longo do tempo.
Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/o-processo-do-juizo/
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