Deus, porém, com a Sua destra, O exaltou [...] a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados. Atos 5:31
Cristo veio ao mundo para proclamar as boas-novas da ressurreição para uma vida nova. Ele trouxe liberdade aos que estavam escravizados pelo príncipe das trevas, derrubou fortalezas, abriu os ouvidos dos surdos e revelou o amor e a misericórdia de Deus. Cristo apresentou Deus a nós. Ele deseja que nos voltemos para o Pai e nos arrependamos.
Na língua original do Novo Testamento, arrependimento significa mudança de mente, de coração, completo afastamento do centro de nossa vida para um retorno a Deus. O arrependimento é a mais alta atividade criativa de que somos capazes. Não é a explosão de uma lamentação emocional por pecados passados e que logo se esvai. Não é simplesmente dizer: “Sinto pelo que fiz.” Há o momentâneo sentimento de tristeza, o aguilhão do remorso, o temor do castigo. Esse tipo de arrependimento pode não ser mais do que uma triste, penosa, humilhante experiência.
Cristo, porém, tem em mente muito mais do que isso. Ele reclama uma volta completa a Deus e a aceitação da mente divina em lugar da centralização em nossa própria mente. O arrependimento genuíno requer total tomada de posição ao lado de Deus. Não se trata de uma palavra que deva ser temida e evitada. Na verdade é algo maravilhoso. Quando nos voltamos para Deus de todo o coração e mente, encontramos o arrependimento. Quando fazemos da mente de Cristo a nossa mente, ocorre o arrependimento. Quando identificamos nossa vida inteira com Cristo e nos separamos do mundo, da carne e do diabo, experimentamos o arrependimento. Queimamos a ponte atrás de nós. Desviamo-nos inteiramente de nosso centro e o colocamos em Cristo. Ele é aceito em nossa vida como suprema autoridade. Arrependimento é mudança de rumo. Ele nos desvia de nós mesmos e nos encaminha para Deus.
Arrependimento é uma mudança de mente que julga e condena o pecado antes mesmo de o havermos cometido. Reconhecemos a semente do pecado no momento mesmo em que ela entra na mente e ali mesmo o condenamos. Enfrentamos o problema do pecado na própria fonte. Recusamos, portanto, partir para o pecado. Temos a mente de Cristo, pois “como imagina em sua alma, assim ele é” (Pv 23:7). Necessitamos mais do que simplesmente o perdão por pecados anteriores. Precisamos ter a mente de Cristo que nos guarda de cometer pecado. Isso é o que Cristo nos oferece no arrependimento.
Edward Heppenstall, 15/2/1976
Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/arrependimento/
Nenhum comentário:
Postar um comentário