Em
vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos,
como também faremos isto ou aquilo. Tiago 4:15
Sempre
há pessoas queixando-se de que “a vida não é justa”. Mas sob
que critérios o julgamento que leva a essa conclusão é feito? Os
critérios humanos? Os divinos? No primeiro caso, há sempre a
motivação da vontade própria, de ideais particulares, das más
escolhas e de outros aspectos que não raramente dão aos nossos
projetos um leve colorido egoísta e certa tendência ao esquecimento
de Deus. Se uma pessoa se fecha em si para elaborar seus planos e
alimentar sonhos, se utiliza erradamente o livre-arbítrio nas
escolhas que faz e colhe maus resultados como consequência natural,
é o caso de se perguntar: “Onde está a injustiça da vida?”
Afinal, a toda semeadura segue-se a colheita correspondente.
No
segundo caso, o dos critérios de Deus, será que a declaração de
que a vida não é justa não questionaria Sua justiça? Ele sabe o
que faz, mesmo quando o que desejamos não é exatamente o que
recebemos. Todos os feitos de Deus na natureza, assim como em nossa
vida, dão “testemunho do cuidado paternal de nosso Deus e do
desejo que Ele tem de tornar Seus filhos felizes” (Ellen
White, Caminho a Cristo, p. 10). Infelizmente, porém,
muitas vezes nos esquecemos disso e tomamos a vida nas próprias
mãos. Refletindo sobre isso, Elizeu Lira escreveu: “Estamos sempre
fazendo planos e mais planos, sem levar em conta o preenchimento de
nossos mais fortes clamores interiores por Deus, mas a Bíblia é
clara e precisa como um ‘feixe’ de raio laser: Nada sabemos do
futuro” (A Ilusão de Avatar e a Realidade do Céu, p. 31).
Por
isso, Tiago dirigiu o conselho de hoje a seus leitores, incluindo
nele a advertência quanto ao caráter imprevisível da vida: “Vós
não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois,
apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”
(v. 14). Mais inesperadamente do que imaginamos, tudo pode mudar.
Mesmo assim, não precisamos viver aterrorizados por essa
possibilidade. Para nossa segurança presente e futura, precisamos
nos curvar à soberania do Pai, único meio de verdadeiramente
desfrutar a vida, seja celebrando a conquista de nossos ideais, seja
conservando a paz, a confiança e a esperança Nele quando tudo for
escuridão. Ele sempre tem preparado uma farta mesa de bênçãos. Em
algum momento, nos aproximaremos dela para nos fartarmos. Com Ele,
sempre teremos razões para louvar, hoje e amanhã, assim como foi no
passado.
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