Portanto,
como povo escolhido de Deus, santo e amado [separado, santificado
para o Seu propósito], revistam-se de profunda compaixão. [...]
Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns
contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Colossenses
3:12, 13
Na
época em que me lembrei da história de Corrie ten Boom, eu vivia
com uma ferida. Tendo mudado do Brasil para os Estados Unidos, sentia
a dor da injustiça e da rejeição por parte de pessoas que confiava
e amava. Para me encorajar, tenho certeza de que Deus me fez lembrar
da história de Corrie (preservada em seus escritos e no filme O
Refúgio Secreto, que vi aos catorze anos).
Como
jovem adulta, pensei em minha dor, comparando-a com a que Corrie
sentiu. De repente, minha dor pareceu menor.
Perguntei
a mim mesma: Como adiar o perdão aos outros quando Deus
continua a me oferecer perdão repetidas vezes?
Mais
tarde, comecei a estudar as implicações pessoais do perdão. Eu
também estudei o perdão entre os próprios membros da igreja,
aqueles que tiveram uma história de abuso infantil.
Entre
outras coisas, aprendi que aqueles que mais facilmente perdoam os
outros têm melhor saúde mental do que aqueles que não perdoam.
Corrie ten Boom também notou, em sua experiência com outras vítimas
da brutalidade nazista, que aqueles que conseguiram perdoar os outros
conseguiram reconstruir sua vida.
Ao
longo dos anos, aprendi que o perdão é um processo. Pode levar
tempo perdoar alguém que nos causou dor e trauma profundos. Também
aprendi que o perdão nem sempre significa reconciliação, e nem
sempre exige que a outra pessoa se sinta arrependida pelo que fez.
Além disso, aprendi, especialmente por experiência pessoal, que o
perdão dá trabalho e que não podemos fazer esse trabalho sozinhas.
Deus, e somente Deus, nos capacita a realmente perdoar os outros.
Escolhi
permitir que Deus cure minha dor por meio do perdão. O que você
escolherá?
Kátia
Garcia Reinert
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