segunda-feira, 29 de julho de 2019

AMÓS

Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao Meu povo de Israel” (Amós 7:14, 15).

Amós foi bastante franco em admitir sua falta de qualificação para ser um profeta; porém, ao apresentar sua mensagem à nação israelita, ele mostrou uma evidente habilidade de atrair seus ouvintes.
Amós começou seu discurso com uma observação popular, listando as nações vizinhas (Síria, Filístia, Fenícia, Edom, Amom e Moabe), e detalhando os crimes, ultrajes e atrocidades pelos quais Deus os castigaria (veja Am 1:3–2:3). É fácil imaginar os israelitas aplaudindo essas acusações aos seus inimigos, especialmente porque os próprios israelitas tinham sido alvo de muitos crimes dessas nações.
Em seguida, Amós se voltou para sua pátria ao declarar o juízo de Deus contra o povo de Judá, vizinhos ao sul de Israel depois da separação dos dois reinos. Falando em nome de Deus, Amós citou a rejeição deles a Deus, a desobediência aos Seus mandamentos e os castigos que lhes sobreviriam (veja Am 2:4, 5). Mais uma vez, imaginamos o povo do reino do Norte aplaudindo.
Mas, então, Amós se voltou para seu público. O restante do livro se concentra no mal, na idolatria, na injustiça e nos repetidos fracassos do povo de Israel aos olhos de Deus.
Leia Amós 3:9-11; 4:1, 2; 5:10-15; 8:4-6. Contra quais pecados ele advertiu? Violência, opressão aos pobres e suborno.
Embora Amós não tenha sido diplomático em sua linguagem e suas advertências sejam de condenação, sua mensagem foi temperada com súplicas para que o povo voltasse ao seu Deus. Isso incluía uma renovação do senso de justiça do povo e o cuidado para com os pobres entre eles: “Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene!” (Am 5:24). Os últimos versículos da profecia de Amós indicam uma futura restauração do povo de Deus (veja Am 9:11-15): “Em sua hora de mais profunda apostasia e maior necessidade, a mensagem de Deus a eles foi de perdão e esperança” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 283).
Há momentos em que precisamos estar preparados para falar severamente a fim de corrigir o erro. Como podemos discernir quando essa linguagem é apropriada?
Fonte do texto: https://mais.cpb.com.br/licao/o-clamor-dos-profetas/#licaoSegunda

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