“Eu
não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor
de sicômoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me
disse: Vai e profetiza ao Meu povo de Israel” (Amós 7:14, 15).
Amós
foi bastante franco em admitir sua falta de qualificação para ser
um profeta; porém, ao apresentar sua mensagem à nação israelita,
ele mostrou uma evidente habilidade de atrair seus ouvintes.
Amós
começou seu discurso com uma observação popular, listando as
nações vizinhas (Síria, Filístia, Fenícia, Edom, Amom e Moabe),
e detalhando os crimes, ultrajes e atrocidades pelos quais Deus os
castigaria (veja Am 1:3–2:3). É fácil imaginar os israelitas
aplaudindo essas acusações aos seus inimigos, especialmente porque
os próprios israelitas tinham sido alvo de muitos crimes dessas
nações.
Em
seguida, Amós se voltou para sua pátria ao declarar o juízo de
Deus contra o povo de Judá, vizinhos ao sul de Israel depois da
separação dos dois reinos. Falando em nome de Deus, Amós citou a
rejeição deles a Deus, a desobediência aos Seus mandamentos e os
castigos que lhes sobreviriam (veja Am 2:4, 5). Mais uma vez,
imaginamos o povo do reino do Norte aplaudindo.
Mas,
então, Amós se voltou para seu público. O restante do livro se
concentra no mal, na idolatria, na injustiça e nos repetidos
fracassos do povo de Israel aos olhos de Deus.
Leia
Amós 3:9-11; 4:1, 2; 5:10-15; 8:4-6. Contra quais pecados ele
advertiu? Violência, opressão aos pobres e suborno.
Embora
Amós não tenha sido diplomático em sua linguagem e suas
advertências sejam de condenação, sua mensagem foi temperada com
súplicas para que o povo voltasse ao seu Deus. Isso incluía uma
renovação do senso de justiça do povo e o cuidado para com os
pobres entre eles: “Antes, corra o juízo como as águas; e a
justiça, como ribeiro perene!” (Am 5:24). Os últimos versículos
da profecia de Amós indicam uma futura restauração do povo de Deus
(veja Am 9:11-15): “Em sua hora de mais profunda apostasia e maior
necessidade, a mensagem de Deus a eles foi de perdão e esperança”
(Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 283).
Há
momentos em que precisamos estar preparados para falar severamente a
fim de corrigir o erro. Como podemos discernir quando essa linguagem
é apropriada?
Fonte
do texto:
https://mais.cpb.com.br/licao/o-clamor-dos-profetas/#licaoSegunda
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