Cheguemos,
pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar
misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo
oportuno. Hebreus
4:16
Doutrina
adventista sobre o juízo investigativo é defendida de modo
consistente e claro.
O
juízo investigativo é a crença adventista mais desafiada ao longo
dos anos. Ela tem sentado no banco dos réus dos tribunais
evangélicos e sofrido incontáveis acusações. Partindo de
pressuposições essencialmente protestantes, os críticos entendem
que crer no juízo investigativo limite a onisciência divina,
imponha ao cristão uma constante dúvida sobre seu estado perante
Deus e resulte em tentativa de salvação pelas obras.
A
Igreja Adventista do Sétimo Dia tem consistentemente respondido a
essas objeções, em especial a partir da década de 1980.
Incontáveis teses doutorais foram escritas sobre os diversos
assuntos que dialogam com essa temática, o que acabou enriquecendo
nossa teologia sobre o santuário com profunda base bíblica.
Porém,
como ocorre muitas vezes nos tribunais, em que a linguagem jurídica
não é acessível para o público em geral, esses estudos têm
ficado restritos aos círculos teológicos. Outro desafio é o volume
de informação. Poucas pessoas teriam tempo de ler todas essas
teses.
Pensando
nisso, o teólogo e editor Marvin Moore deu início a uma grande
empreitada. Ele dedicou um ano revisitando as melhores teses e livros
sobre o tema e um ano e meio escrevendo suas conclusões. O resultado
é a obra Na
Corte Celestial: Em Defesa do Juízo Investigativo (286
p., R$ 76), lançada no início deste ano pela CPB.
Em
primeiro lugar, o autor responde afirmativamente à pergunta se a
Bíblia sustenta a ocorrência de um juízo investigativo. Na
sequência, analisa a relação entre o juízo investigativo, a
justificação pela fé e o grande conflito. Depois de uma abordagem
histórica, Moore investiga o tema a partir da perspectiva
bíblico-teológica. Ele se concentra em analisar as referências ao
assunto em Levítico, Daniel e Hebreus e as relaciona com a doutrina
do santuário. Por fim, apresenta a posição de Ellen G. White a
respeito do tema e conclui refletindo sobre a relevância do juízo
investigativo.
Na
Corte Celestial oferece
um veredito abalizado e favorável a uma das principais doutrinas
adventistas. Mais do que isso, a obra mostra a base bíblica para
entendermos que, por meio do juízo divino, a salvação é aplicada
na vida de todos que se aproximam com fé do trono da graça (Hb
4:16).
TRECHO
“De
fato, alguns pregadores e evangelistas adventistas têm usado o juízo
investigativo para pressionar as pessoas a viverem a santificação.
‘Você nunca vai saber quando seu nome será considerado no
juízo!’, advertem de modo ameaçador. […] Essa visão deixa as
pessoas em um constante estado de incerteza sobre sua situação com
Deus. Entretanto, essa maneira de enxergar o juízo pode ser
facilmente eliminada tendo a verdade bíblica da justificação pela
fé em contraponto” (p. 16, 17).
VINÍCIUS
MENDES é
pastor e editor de livros na CPB
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