quarta-feira, 19 de junho de 2019

VEREDITO FAVORÁVEL


Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Hebreus 4:16

Doutrina adventista sobre o juízo investigativo é defendida de modo consistente e claro.
O juízo investigativo é a crença adventista mais desafiada ao longo dos anos. Ela tem sentado no banco dos réus dos tribunais evangélicos e sofrido incontáveis acusações. Partindo de pressuposições essencialmente protestantes, os críticos entendem que crer no juízo investigativo limite a onisciência divina, imponha ao cristão uma constante dúvida sobre seu estado perante Deus e resulte em tentativa de salvação pelas obras.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem consistentemente respondido a essas objeções, em especial a partir da década de 1980. Incontáveis teses doutorais foram escritas sobre os diversos assuntos que dialogam com essa temática, o que acabou enriquecendo nossa teologia sobre o santuário com profunda base bíblica.
Porém, como ocorre muitas vezes nos tribunais, em que a linguagem jurídica não é acessível para o público em geral, esses estudos têm ficado restritos aos círculos teológicos. Outro desafio é o volume de informação. Poucas pessoas teriam tempo de ler todas essas teses.
Pensando nisso, o teólogo e editor Marvin Moore deu início a uma grande empreitada. Ele dedicou um ano revisitando as melhores teses e livros sobre o tema e um ano e meio escrevendo suas conclusões. O resultado é a obra Na Corte Celestial: Em Defesa do Juízo Investigativo (286 p., R$ 76), lançada no início deste ano pela CPB.
Em primeiro lugar, o autor responde afirmativamente à pergunta se a Bíblia sustenta a ocorrência de um juízo investigativo. Na sequência, analisa a relação entre o juízo investigativo, a justificação pela fé e o grande conflito. Depois de uma abordagem histórica, Moore investiga o tema a partir da perspectiva bíblico-teológica. Ele se concentra em analisar as referências ao assunto em Levítico, Daniel e Hebreus e as relaciona com a doutrina do santuário. Por fim, apresenta a posição de Ellen G. White a respeito do tema e conclui refletindo sobre a relevância do juízo investigativo.
Na Corte Celestial oferece um veredito abalizado e favorável a uma das principais doutrinas adventistas. Mais do que isso, a obra mostra a base bíblica para entendermos que, por meio do juízo divino, a salvação é aplicada na vida de todos que se aproximam com fé do trono da graça (Hb 4:16).
TRECHO
De fato, alguns pregadores e evangelistas adventistas têm usado o juízo investigativo para pressionar as pessoas a viverem a santificação. ‘Você nunca vai saber quando seu nome será considerado no juízo!’, advertem de modo ameaçador. […] Essa visão deixa as pessoas em um constante estado de incerteza sobre sua situação com Deus. Entretanto, essa maneira de enxergar o juízo pode ser facilmente eliminada tendo a verdade bíblica da justificação pela fé em contraponto” (p. 16, 17).
VINÍCIUS MENDES é pastor e editor de livros na CPB

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