E
veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo,
dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta
que está assentada sobre muitas águas;
Com a qual fornicaram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua fornicação. Apocalipse 17:1,2
Com a qual fornicaram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua fornicação. Apocalipse 17:1,2
Compreendendo
que há possibilidades de más interpretações e/ou juízos
tendenciosos sobre o que escreverei, resolvo esclarecer alguns
posicionamentos a meu respeito para evitar mal-estar entre emissor e
receptor.
Quem
me conhece já deve ter percebido que tenho uma certa simpatia pela
ideologia socialista, mas nem por isso sou marxista ou algo parecido,
pois não aceito de todo as ideias de seus pensadores e/ou
idealizadores, obviamente dentro do pouco que li e conheço.
Entretanto, acredito que, de certa forma, é público e notório que
sou religioso e que professo o cristianismo pelo viés da crença
adventista do sétimo dia.
Portanto,
escrevo aqui, uma de minhas muitas inquietações: não consigo
compreender o pavor ou até mesmo o ódio que alguns professos
religiosos expressam sobre o pensamento de que “a religião é o
ópio do povo”, a frase está escrita na introdução à Crítica
da Filosofia do Direito de Hegel, de Karl Marx.
Evidentemente
discordo, categoricamente, com a generalização de Marx ou de
qualquer outra pessoa que aceite integralmente esse pensamento, mas
não posso deixar de reconhecer que muitos movimentos e denominações
religiosas do passado e dos dias atuais, se assemelham mais a uma
espécie de substância com influência psicoativa, tal qual uma
“droga alucinante” ou um narcótico que tem tirado a sobriedade
de seus seguidores.
Entendo
que a expressão “a religião é o ópio do povo/humanidade” em
vez de ser totalmente rechaçada pelos religiosos, deveria ser
aproveitada para uma análise e uma reflexão profunda sobre o tipo
de religiosidade que impera no mundo atual, pois parece que muitas
igrejas e seus seguidores vivem sob o efeito do vinho da devassidão
da meretriz descrita no capítulo 17 do Apocalipse. Entendo também,
com base no contexto escrito anteriormente, que é necessário
devolver aos seguidores de Cristo tudo o que estão lhes tirando: a
liberdade de pensar e argumentar por si mesmo.
Contudo,
minhas considerações finais é com as palavras do Apóstolo Tiago:
“A religião pura e sem mácula, para o nosso Deus e pai, é esta:
visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo
guardar-se incontaminado do mundo. Mas, ouso pensar que “os órfãos
e as viúvas” de hoje sejam os excluídos da sociedade pelos ditos
religiosos, ou não?
JCML
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