Eis que o
semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi
pisada, e as aves do céu a comeram. Lucas 8:5, ARA
Não faz muito tempo, entrei em um mercado e vi uma
exposição de pacotes de sementes. Pensei em plantar algo que não desse muito
trabalho. Assim, escolhi um envelope de sementes de melancia e uma variedade de
papoulas. Conheci pessoas que haviam enterrado restos de cozinha e depois
encontraram plantas crescendo no lugar. Algumas dessas plantas produziram uma
colheita tão boa quanto a de sementes plantadas em um canteiro apropriado.
Então, embora não tivesse mão boa para plantar, semeei as sementes – de acordo
com as instruções – esperando o mesmo milagre. Eu as regava e observava. Por
fim me cansei, me esqueci delas e nunca colhi as melancias.
Quanto às papoulas, plantei-as num vaso grande para
colorir aquela área. Elas desabrocharão em todas as cores, pensei,
lembrando-me da figura no envelope. Passei a regá-las com mais frequência do
que havia feito com as sementes de melancia. Um dia, notei, com desgosto, que
as formigas haviam construído uma colina em forma de vulcão no centro do meu
“jardim” de papoulas. Enquanto despejava o veneno sobre o montinho, concluí que
as formigas já haviam devorado as sementes – mas continuei regando o vaso
diante da eventualidade de haver permanecido alguma semente.
Um dia, vi que duas folhinhas verdes haviam aparecido no
vaso. Algumas horas mais tarde, notei um pontinho roxo. Seria alguma das
papoulas que eu havia plantado? Será que eu realmente teria flores? Sim! O
tempo revelou que eram as flores! Mas não papoulas. Em lugar delas, petúnias.
Em pouco tempo, as petúnias roxas caíam em cascata pelas laterais do vaso,
abrilhantando o jardim. Que resultado inesperado das sementes que eu plantara!
Ao seguirmos vida afora, estamos sempre plantando
sementes. Temos expectativas quanto a elas. Muitas vezes cremos que aquilo que
plantamos emergirá exatamente como imaginamos. Contudo, a colheita daquilo que
foi plantado no coração dos outros poderá nos surpreender. Os resultados podem
nos desapontar ou surpreender, mas nossa responsabilidade é simplesmente
plantar. Quero continuar semeando – não apenas sementes no meu jardim, mas
também amor no coração de outras pessoas. Posso deixar os resultados com Deus.
“E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio ceifaremos, se não
desanimarmos” (Gálatas 6:9).
Leni
Uría de Zamorano
Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/sementes-2/
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