Nossas filhas e os netos vieram da Califórnia nos visitar
no Colorado. Havíamos acabado de passar um dia divertido nas montanhas e andado
por lojas em Estes Park, que é uma pitoresca cidadezinha justamente na entrada
do Parque Nacional das Montanhas Rochosas. As crianças estavam cansadas e
famintas, prontas a voltar para casa. À tarde de domingo chegava ao fim, e o
trânsito era pesado ao retornarmos das montanhas. Avançávamos devagar, parando
e seguindo. Ouviam-se queixas e resmungos ocasionais, provenientes dos assentos
traseiros: “Quando vamos chegar?” “Estamos quase lá?”
De repente, ouvimos uma sirene. Enquanto
parávamos em um semáforo, o carro da polícia passou zunindo. Quando nos pusemos
lentamente a caminho de novo, pudemos ver muitas luzes piscando à nossa frente.
Tudo indicava que houvera um acidente. As crianças ficaram subitamente em
silêncio.
Ao nos aproximarmos das luzes piscando, vimos um carro na
valeta e um carro da polícia no local. Adiante na rodovia, a pouca distância,
havia outro acidente, mais grave. Os atendentes da ambulância carregavam alguém
na maca. Um pouco mais adiante, havia ainda um acidente de moto. Alguém estava
deitado no chão, rodeado pelo pessoal da emergência.
As crianças estavam muito quietas agora,
e uma tímida voz infantil, do banco detrás, disse: “Acho que todos nós devíamos
inclinar a cabeça e fechar os olhos – bem, todos nós, menos a mamãe, porque ela
está dirigindo – e fazer uma oração por todas essas pessoas dos acidentes.”
Então, fizemos justamente isso, e Charlotte, de oito anos de idade, proferiu
uma singela, mas bonita oração, pedindo que Jesus estivesse com aquelas
pessoas.
Estávamos todos cansados e ansiosos por voltar para casa,
e talvez um pouco impacientes com a demora. Consequentemente, nenhum dos
adultos no veículo havia comentado algo acerca de orar pelas vítimas dos
acidentes. Pensei: Bem, “uma criança os guiará”.
Não é de admirar que Jesus tenha dito que todos
deveríamos nos tornar como crianças se quiséssemos entrar no reino do Céu
(Mateus 18:3). A singela fé e a confiança de uma criança, bem como a disposição
de partilhar nossa fé do modo como Charlotte o fez, são coisas pelas quais
devíamos orar hoje – e todos os dias.
Sharon
Oster
Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/uma-crianca-os-guiara/
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