
Ter um bebê em casa me ensina muitas
coisas. Com sua pouquíssima experiência de vida, tudo para os bebês é uma
grande novidade. E como eles gostam de novidades! Hoje de manhã meu filho
segurou uma colher de sobremesa nas mãos pela primeira vez. Esse objeto comum
do dia a dia, para o qual não damos o menor valor, para ele era um pequeno
tesouro: analisava os detalhes, trocava de uma mão para a outra, colocava na
boca, observava atentamente e começava tudo de novo. Ficou assim um bom tempo,
encantado.
Vejo seus olhinhos brilharem sempre que tem
uma experiência nova, como no dia em que ele colocou os pés descalços na grama
pela primeira vez. As gargalhadas renderam fotos lindas. E depois ele se
assentou e ficou abrindo e fechando as mãos na grama, sentindo a textura,
totalmente fascinado.
O tempo passa e as coisas perdem seu
encanto. Uma colher de sobremesa é só uma colher, não um tesouro surpreendente.
A grama é algo comum, que serve para cobrir a terra. Não lhe damos importância.
Na nossa experiência espiritual não é
diferente. O tempo passa e parece que vamos perdendo o encanto por tudo aquilo
que Deus faz por nós. Começamos a achar que é normal e nos esquecemos de
cultivar uma atitude de gratidão e fascínio.
Minha oração é que Deus me ajude a nunca
perder os olhos de uma criança. Quero sempre olhar com o mesmo encantamento
para todo o cuidado que ele me dedica. A ficar fascinada com cada bênção, com
cada demonstração desse amor divino e sem igual nas pequenas coisas. A nunca
achar que mereço aquilo que recebo ou considerar normal e esperado o que o
Senhor faz por mim. Meu objetivo é conservar a alegria pura de uma criança
pequena e viver deslumbrada, sabendo que esta vida é apenas uma pequena amostra
da eternidade que ele está preparando para cada um de nós. E desejo o mesmo
para você.
Fonte: http://iasdcolonial.org.br/inspiracao-juvenil/mensal#5.html
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