terça-feira, 20 de setembro de 2016

VASOS DE BARRO

Temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. 2 Coríntios 4:7

Com expectativa, o pequeno público acompanhou o caminhar do velho pastor até o púlpito. Por muitos anos, ele havia escrito para informar, orientar e moti­var a igreja. Agora estava ali para nos inspirar com sua experiência. O interesse era maior porque se tratava de um de nós - um editor.
O pastor pegou o microfone e logo deu para ver que a mão tremia. Parecia envelhecido para seus 78 anos. Anunciou que falaria sobre seu verso favorito nos últimos tempos. Qual? Nenhum daqueles versos clássicos. Ele leu 2 Coríntios 4:7, discorreu sobre o texto, contou sobre sua trajetória, sua doença, sua fragilidade. Ali, sem dúvida, estava um homem de Deus e um pastor querido por muitos.
Revelou que algumas de suas pregações mais marcantes, como uma série de mensagens durante a fase do câncer, haviam sido proferidas em condições de grande fraqueza. O resultado tinha sido surpreendente porque a verdade divina não depende de nossa capacidade. A mensagem é eterna e gloriosa, enquanto nós somos frágeis e falíveis. Deus coloca um tesouro em vasos de barro.
Através da fragilidade do pastor William Johnsson, acentuada pela voz ocasionalmente embargada, pudemos ver os tesouros gloriosos do evangelho. E fomos lembrados de que o autor do verso preferido dele também havia sido um vaso de barro. Em sua fragilidade, o apóstolo orou para que o Senhor tirasse seu "espinho na carne". No entanto, Deus disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza."
Se Paulo fosse curado, poderia ter se orgulhado, pois era brilhante. Poderia atribuir o sucesso da pregação à sua habilidade retórica. Permanecendo com o pro­blema, que talvez fosse a vista imperfeita, não tinha de que se orgulhar. Para obter êxito, precisou confiar totalmente no poder de Deus, que usa meios improváveis para que o mérito seja dele. A fraqueza humana destaca a força divina.
Como vasos, nossa função é apenas guardar e revelar a verdade eterna. É o que ocorreu no Oriente Médio. Em 1947, em Israel, um garoto encontrou alguns vasos antigos. Os vasos não valiam muito, mas o valor do conteúdo deles, os manuscritos do Mar Morto, era incalculável. O mesmo ocorre com nossos vasos terrestres.
Em nosso tempo de vasos, jarros e copos de plástico, muitos buscam vasilhas que não quebrem facilmente. Porém, Deus ainda prefere vasos de barro, que, apesar da fragilidade, não são descartáveis. A glória de Deus pode brilhar através de você, mesmo você sendo um vaso de barro e podendo se quebrar.


Fonte: http://iasdcolonial.org.br/meditacao-diaria/mensal#20.html

Nenhum comentário: