Temos esse tesouro em vasos de barro, para
mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. 2
Coríntios 4:7
Com expectativa, o pequeno
público acompanhou o caminhar do velho pastor até o púlpito. Por muitos anos,
ele havia escrito para informar, orientar e motivar a igreja. Agora estava ali
para nos inspirar com sua experiência. O interesse era maior porque se tratava
de um de nós - um editor.
O pastor pegou o microfone
e logo deu para ver que a mão tremia. Parecia envelhecido para seus 78 anos.
Anunciou que falaria sobre seu verso favorito nos últimos tempos. Qual? Nenhum
daqueles versos clássicos. Ele leu 2 Coríntios 4:7, discorreu sobre o texto,
contou sobre sua trajetória, sua doença, sua fragilidade. Ali, sem dúvida,
estava um homem de Deus e um pastor querido por muitos.
Revelou que algumas de suas
pregações mais marcantes, como uma série de mensagens durante a fase do câncer,
haviam sido proferidas em condições de grande fraqueza. O resultado tinha sido
surpreendente porque a verdade divina não depende de nossa capacidade. A
mensagem é eterna e gloriosa, enquanto nós somos frágeis e falíveis. Deus
coloca um tesouro em vasos de barro.
Através da fragilidade do
pastor William Johnsson, acentuada pela voz ocasionalmente embargada, pudemos
ver os tesouros gloriosos do evangelho. E fomos lembrados de que o autor do
verso preferido dele também havia sido um vaso de barro. Em sua fragilidade, o
apóstolo orou para que o Senhor tirasse seu "espinho na carne". No
entanto, Deus disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder
se aperfeiçoa na fraqueza."
Se Paulo fosse curado,
poderia ter se orgulhado, pois era brilhante. Poderia atribuir o sucesso da
pregação à sua habilidade retórica. Permanecendo com o problema, que talvez
fosse a vista imperfeita, não tinha de que se orgulhar. Para obter êxito,
precisou confiar totalmente no poder de Deus, que usa meios improváveis para
que o mérito seja dele. A fraqueza humana destaca a força divina.
Como vasos, nossa função é
apenas guardar e revelar a verdade eterna. É o que ocorreu no Oriente Médio. Em
1947, em Israel, um garoto encontrou alguns vasos antigos. Os vasos não valiam
muito, mas o valor do conteúdo deles, os manuscritos do Mar Morto, era
incalculável. O mesmo ocorre com nossos vasos terrestres.
Em nosso tempo de vasos,
jarros e copos de plástico, muitos buscam vasilhas que não quebrem facilmente.
Porém, Deus ainda prefere vasos de barro, que, apesar da fragilidade, não são
descartáveis. A glória de Deus pode brilhar através de você, mesmo você sendo
um vaso de barro e podendo se quebrar.
Fonte: http://iasdcolonial.org.br/meditacao-diaria/mensal#20.html