Os olhos do Senhor estão em todo lugar,
contemplando os maus e os bons.Provérbios 15:3.
A
enquete do Portal da Assembleia Legislativa procurou saber, na semana de 02 a
09 de setembro, a opinião dos internautas sabre a legitimidade das
manifestações de rua que estão acontecendo no País. Para 64.4%, a resposta foi
“sim, desde que feitas de forma pacífica e sem danos para a cidade”. Outros
34.5% entendem que o cidadão quer ser ouvido sobre as políticas públicas,
enquanto 1.1% consideram que a classe política é a legitima representante do
cidadão.
O
deputado Heitor Férrer (PDT) salientou que é notória a insatisfação da
população com os rumos que a política do País vem adotando. E isso, em sua
opinião, tem causado um certo desconforto às principais autoridades
brasileiras. “Não há como criticar a vontade do povo de se manifestar em defesa
de mais impessoalidade no trato com a coisa pública. Porém, esses protestos não
podem se transformar em joguete nas mãos de oportunistas, que, às vezes, querem
tirar proveitos políticos futuros desses eventos.”
De
acordo com o deputado Paulo Facó (PTdoB), não tem como excluir o legítimo
direito de manifestação. Qualquer retaliação às manifestações pode ser
entendida como um ato ditatorial, o que não cabe dentro de um sistema
democrático. Mas observou que as leis do País preveem sanções aos que se
excedem no direito de manifestar e depredam patrimônios públicos e privados.
Para o
professor da Universidade Federal do Ceará Felipe Sahad, PhD em filosofia
política, as manifestações populares são saudáveis para o sistema democrático.
Ele observa que muitas vezes o sistema representativo distancia muito
representante e representado. Por isso, quando há insatisfações pela forma como
o Estado está sendo conduzido, é razoável que a população saia às ruas e
manifeste os seus pensamentos, para que os políticos, dentro da sensibilidade
de cada um, adotem as correções necessárias.
Na opinião do professor, infelizmente, no Brasil, as
modificações na esfera política acontecem muito lentamente. Para ele, os
políticos brasileiros, em sua grande maioria, continuam tratando a atividade política
de forma privada, em detrimento dos interesses coletivos.
JS/AT
JS/AT
Fonte: http://www.al.ce.gov.br/
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