terça-feira, 10 de setembro de 2013

NOTÍCIA/DESTAQUE

Internautas favoráveis às manifestações de rua 

Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.Provérbios 15:3.
A enquete do Portal da Assembleia Legislativa procurou saber, na semana de 02 a 09 de setembro, a opinião dos internautas sabre a legitimidade das manifestações de rua que estão acontecendo no País. Para 64.4%, a resposta foi “sim, desde que feitas de forma pacífica e sem danos para a cidade”. Outros 34.5% entendem que o cidadão quer ser ouvido sobre as políticas públicas, enquanto 1.1% consideram que a classe política é a legitima representante do cidadão.
O deputado Heitor Férrer (PDT) salientou que é notória a insatisfação da população com os rumos que a política do País vem adotando. E isso, em sua opinião, tem causado um certo desconforto às principais autoridades brasileiras. “Não há como criticar a vontade do povo de se manifestar em defesa de mais impessoalidade no trato com a coisa pública. Porém, esses protestos não podem se transformar em joguete nas mãos de oportunistas, que, às vezes, querem tirar proveitos políticos futuros desses eventos.”
De acordo com o deputado Paulo Facó (PTdoB), não tem como excluir o legítimo direito de manifestação. Qualquer retaliação às manifestações pode ser entendida como um ato ditatorial, o que não cabe dentro de um sistema democrático. Mas observou que as leis do País preveem sanções aos que se excedem no direito de manifestar e depredam patrimônios públicos e privados.
Para o professor da Universidade Federal do Ceará Felipe Sahad, PhD em filosofia política, as manifestações populares são saudáveis para o sistema democrático. Ele observa que muitas vezes o sistema representativo distancia muito representante e representado. Por isso, quando há insatisfações pela forma como o Estado está sendo conduzido, é razoável que a população saia às ruas e manifeste os seus pensamentos, para que os políticos, dentro da sensibilidade de cada um, adotem as correções necessárias.
Na opinião do professor, infelizmente, no Brasil, as modificações na esfera política acontecem muito lentamente. Para ele, os políticos brasileiros, em sua grande maioria, continuam tratando a atividade política de forma privada, em detrimento dos interesses coletivos. 
JS/AT



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