Algumas pessoas com problemas conjugais me contaram que achavam mais
difícil esquecer do que perdoar. Com a maior boa vontade do mundo, elas
tentavam perdoar e esquecer, mas nem sempre era possível. “O tempo cura
tudo”, diziam, e gradualmente, as feridas, na maioria dos casos, se
curavam. E é necessário que uma pessoa, com uma memória fraca, tenha uma
grande quantidade de concentração no passado para lembrar-se de tudo o
que supostamente deveria esquecer. No final, a memória vem em gotas, ou
elas ficam tão confusas com outras coisas que há mais fantasia do que
realidade.
Agora, pense em outra coisa. Deus não tem uma memória fraca. Ele não
ignora o pecado e Ele é eterno. Então, aquilo que chamamos de passado é o
presente para Ele; e o que ainda não aconteceu já é o agora dEle. Se
isso é confuso, também é muito sério, porque significa que a mente
considerável de Deus está plenamente consciente de tudo o que já
aconteceu na vida de cada pessoa. E tudo que passou inclui uma
impressionante quantidade de pecado – “uma multidão de pecados”.
Isto é uma descrição mais do que séria da razão pela qual as pessoas
são seres responsáveis que devem comparecer perante Deus, e responder
por seus pecados. Sem evasões, sem adiamentos, sem um advogado de defesa
cheio de truques, somente o homem, Deus e uma multidão de pecados. Mas
precisamos nos lembrar de uma coisa, Deus pode tirar os pecados,
lança-los nas profundezas do mar, e afastá-los de nós levando-os para
muito longe, assim como oriente dista do ocidente, e esquecer-se
completamente deles. Tudo isto porque o sacrifício de Cristo pelos
pecados se aplica a todos aqueles que vêm a Ele com arrependimento e fé.
E, mais: Jesus é também o mais perfeito advogado e intercessor que a
humanidade poderia dispor. O sacrifício dEle, na cruz, é suficiente!
(Extraído da obra Getting into God, de Stuart Briscoe)
Blog do Amilton Menezes
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