quinta-feira, 15 de março de 2012

UM DÓLAR E ONZE CENTAVOS...

     Tess era uma garotinha precoce de 8 anos, quando ouviu seu Papai e sua Mamãe conversando sobre seu irmãozinho, Andrew.
     Tudo que ela sabia era que ele estava doente e que eles estavam completamente sem dinheiro. Eles se mudariam para um apartamento num subúrbio no próximo mês, porque o Papai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento.
     Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvá-lo agora, e parecia que não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes o dinheiro. Ela ouviu seu pai dizer à sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado,"Somente um milagre poderá salvá-lo agora."
     Tess foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina de seu esconderijo no armário. Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente. Três vezes. O total tinha que estar exato. Não havia margem de erro. Colocando as moedas de volta no vidro com cuidado e fechando a tampa, ela saiu devagarinho pela porta do fundo e andou 5 quarteirões até a Farmácia esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento. Tess esfregou os pés no chão para fazer barulho. Nada! Ela limpou a garganta com o som mais terrível que ela pôde fazer. Nem assim! Finalmente ela pegou um níquel do vidro e bateu no vidro da porta. Finalmente!
E o que você quer?" perguntou o farmacêutico com voz aborrecida.. "Estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há séculos", disse ele sem esperar resposta pela sua pergunta. "Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão", Tess respondeu no mesmo tom aborrecido. "Ele está realmente doente... e eu quero comprar um milagre."
     "Como?", balbuciou o farmacêutico atônito. "Ele chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e Papai diz que só um milagre poderá salvá-lo. "Então, quanto custa um milagre?"
     "Não vendemos milagres aqui, garotinha. Desculpe, mas não posso ajudá-la", respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave. "Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa."
     O irmão do farmacêutico era um homem bem vestido. Ele deu um passo à frente e perguntou à garota. "Que tipo de milagre seu irmão precisa?" "Não sei", respondeu Tess, levantando os olhos para ele. "Só sei que ele está muito mal e Mamãe diz que ele precisa ser operado. Mas Papai não pode pagar, então quero usar meu dinheiro."
     "Quanto você tem", perguntou o homem de Chicago.
     "Um dólar e 11 centavos", Tess respondeu quase num sussuro. "E é tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso."
     "Puxa, que coincidência", sorriu o homem. "Um dólar e 11 centavos - exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos." Ele pegou o dinheiro com uma mão e dando a outra mão à menina, disse " Leve-me até aonde você mora. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que você precisa."
     Esse senhor bem vestido era o Dr. Carlton Armstrong, um cirurgião, especializado em neuro-cirurgia. A operação foi feita com sucesso e sem custo algum, e meses depois Andrew estava em casa novamente, recuperado.
     Mamãe e Papai comentavam alegremente sobre a sequência de acontecimentos ocorridos. "A cirurgia", murmurou Mamãe, "foi um milagre real. Gostaria de saber quanto deve ter custado?" Tess sorriu. Ela sabia exatamente quanto custa um milagre... um dólar e onze centavos... mais a fé de uma garotinha. Um milagre não é uma lei natural, mas o resultado de uma lei maior.

Fonte: Desconhecida 

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