quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O NOVO AMIGO DE LASS

Eu vos serei propício, diz o Senhor Deus. Ezequiel 43:27

    Filipe Keller encontrou Lass acorrentada pela coleira a um poste de aço e presa com outra corrente que ia do pescoço à perna traseira. O animal revolvia-se no chão. Depois, com as orelhas para trás, ladrava e avançava para morder.

    – Não consigo fazer nada com ela! – disse o proprietário. – Ela pula cercas, persegue carros e inferniza a vizinhança.

    Filipe observou a cadela de expressão triste. Era da raça collie e tinha dois anos de idade – possivelmente além de qualquer esperança.
    Filipe olhou dentro de seus olhos e pensou: “Você é um animal inteligente. Tenho pena da maneira como está sendo tratada. Poderia ser uma excelente ovelheira. Acho que vou tentar ajudá-la.”

    Lass não demonstrou gratidão. No trajeto para a casa dele, ficou o tempo todo sob o assento do carro e rosnava, mostrando os dentes quando Filipe tentava tocá-la.

    Em casa, na fazenda, ele preparou um confortável canil, bom alimento, água limpa e uma longa corrente, para que Lass pudesse movimentar-se. Ela recusou-se, entretanto, a entrar no canil. Rejeitou alimento e água, e não permitiu que Filipe a acariciasse. Começou a perder peso.

    Compreendendo o desejo de Lass, Filipe soltou-a. Ela disparou para dentro do mato. Por vários dias, permaneceu escondida. Então, numa tardezinha, Lass apareceu no topo de uma rocha, atrás da casa.

    Filipe a chamou pelo nome, mas ela correu. Ele levou alimento e água para a rocha. Na manhã seguinte, não havia mais nada. Durante
várias semanas, Filipe deixou comida e água para ela. Desaparecia tudo cada noite.

    “Como eu gostaria que ela ficasse!” pensou Filipe. “Gostaria que ela me conhecesse, confiasse em mim, aprendesse a me amar, a trabalhar comigo e a ser minha amiga.”

    Então, ao entardecer de certo dia, Filipe estava do lado de fora da casa, observando as ovelhas no pasto, ao crepúsculo dourado. Era um lindo cenário, e Filipe o contemplava extasiado, com as mãos atrás das costas.

    De repente, sentiu um focinho morno tocando suas mãos. Lass tinha vindo para casa. Ela o havia aceitado como amigo.

Fonte:http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/ij/2012/ij12012.html

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