quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

NOCAUTE

Não luto como quem esmurra o ar. 1 Coríntios 9:26

Em suas cartas, o apóstolo Paulo usava com frequência imagens esportivas, especialmente quando se dirigia aos gregos. Naquela época, os jogos olímpicos eram conhecidos em todo o império greco-romano. Sabendo disso, Paulo se utilizou de metáforas para se aproximar da realidade dos leitores e fazer conexões com aspectos espirituais (1Tm 6:12). 

No verso de hoje, a imagem utilizada por Paulo é a de um pugilista no ringue, outra competição muito praticada naqueles dias, chamada pugilato. As luvas usadas não eram como as que vemos hoje no boxe; em geral, eram feitas de tiras de couro de boi e, às vezes, reforçadas com placas de metal ou saliências pontiagudas. Já imaginou levar um golpe com uma luva dessas? Devido aos ferimentos, era comum que alguns combatentes até morressem no ringue. 

Ao dizer que não dava golpes no ar, Paulo demonstrou que não poupava o seu adversário nem por um instante sequer. Cada golpe era forte, certeiro e fatal. Como seu inimigo estava sempre presente, devia ser tratado com firmeza. Sabe quem era o seu oponente? A sua própria natureza pecaminosa. Ele era o seu próprio inimigo! Paulo escreveu: “Esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado” (1Co 9:27). 

Paulo era consciente das suas tendências e dos seus desejos ruins. Esmurrar o corpo e reduzi-lo à escravidão significa desenvolver uma disciplina rígida contra os próprios desejos carnais, sujeitando-os a Deus por meio de Cristo (2Co 10:3-5). Isso envolve renúncia total do próprio eu. Para Paulo, a única solução era submeter a sua vontade à vontade de Cristo. Ele escreveu: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20). 

Paulo tinha certeza de que seria vencedor em suas lutas, por meio de Jesus. No final da sua vida, ele escreveu: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a Sua vinda” (2Tm 4:7, 8). 

E você, jovem, tem conseguido vencer as tendências pecaminosas ou tem dado “murros no ar”? Se deixar Cristo habitar em seu coração, certamente você ganhará essa luta por nocaute! 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/nocaute/

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