Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Gálatas 5:1
No verso de hoje, o apóstolo Paulo leva ao clímax seu argumento contra os judaizantes que, em sua miopia espiritual, queriam fazer a salvação depender da justiça da lei. Cristo libertou o homem da ilusão farisaica de que é possível adquirir um direito ao Céu pela observância estrita dos mandamentos divinos. Essa ilusão tinha colocado sobre o pescoço de muita gente sincera um jugo que, segundo Pedro, era impossível ao homem suportar (At 15:10).
Em sua carta aos Romanos, Paulo escreve sobre a “liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8:21). A que liberdade Paulo está se referindo? Evidentemente, trata-se da liberdade daqueles que escaparam da servidão a um regime de obras meritórias para um regime de obediência com base no amor. O Espírito transfere o ser humano do regime de obediência legalista baseada no cálculo para o regime da obediência filial inspirada na gratidão. O contraste não podia ser maior, pois o escravo serve por temor; o filho serve por amor. “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15).
No tempo da escravatura, um africano jovem e musculoso ia ser vendido em leilão. Um ricaço ofereceu o melhor preço, arrematou o escravo e o levou para casa. No caminho, mal-humorado e ofendido em sua dignidade humana, o escravo ia murmurando que não trabalharia e seria inútil mantê-lo em cativeiro. Indiferente aos protestos do jovem, chegando à fazenda, o senhor preparou uma carta de alforria e a entregou ao rapaz. Nela, o senhor explicava que o comprara não para escravizá-lo, mas para lhe dar a liberdade. Incrédulo diante da generosidade do patrão, o jovem caiu a seus pés e perguntou:
– Estou realmente livre?
– Sim, você está livre – foi a resposta.
– Aceite-me então como servo. Quero servi-lo por toda a minha vida! – ele exclamou. Aquilo que eu não faria como escravo vou fazer como livre.
Cristo nos redimiu para a liberdade. Podemos fazer menos do que servi-Lo por amor e gratidão?
Siegfried J. Schwantes, 3/2/1991
Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/a-liberdade-de-filhos/
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