Darei a
vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o
coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Ezequiel 36:26
Vários anos atrás, passei por cirurgias nos meus dois
joelhos. Primeiro, o joelho direito, e aquilo foi um milagre. Em apenas poucas
semanas, pude voltar a lecionar. A dor se fora, e senti que eu estava bem, e
nova.
Então veio a cirurgia do joelho esquerdo.
Uma dor sem fim me forçava a suspender muitas atividades. Quando eu não
conseguia mais ficar em pé, consultei outro cirurgião. Marcamos a data para a
reconstrução. O grande dia finalmente chegou. Recebi um joelho novo. O
cirurgião ficou satisfeito com o resultado.
Minha filha, Patti, havia chegado para ficar comigo
durante a primeira etapa da minha convalescença. Ela encheu os meus dias com
sorrisos animadores. Achei que eu estava indo muito bem. Então Patti precisou
ir embora. Foi uma luta, em meio a horas cheias de dor, de tentar me lembrar de
ingerir os remédios, fazer exercício e dar conta das tarefas de casa.
Aquelas primeiras semanas após a
cirurgia me fizeram lembrar, muitas vezes, de que a reconstrução é muito mais
séria que a construção. Na verdade, àquela altura, eu ainda teria muitas
semanas mais de desconforto antes de conseguir me movimentar livremente outra
vez. Minha experiência me fez lembrar daquilo que Deus prometeu a Ezequiel e a
todos os outros que estivessem dispostos a ouvir: Ele lhes dará um coração
novo. Não se pode comparar um joelho a um coração, mas o princípio é o mesmo.
Meu cirurgião havia prometido que substituiria o joelho defeituoso por outro,
reconstruído. Deus, porém, promete remover nosso coração de pedra e
substituí-lo por um coração de carne. Ele nos dará um espírito novo. Devo estar
disposta a deixar meus caminhos egoístas e receber o enxerto de um espírito
abnegado.
O que isso significa na vida diária? Em
vez de encher somente a minha despensa, vou ajudar a encher a despensa do
atendimento filantrópico. Em vez de esperar que outros distribuam literatura,
vou fazer parte dessa ação missionária. Em vez de dizer: “Não sei fazer nada”,
vou escolher permitir que Deus me use de maneiras que sejam uma bênção para
outros. Esse é o custo da reconstrução do coração operada por Deus. Nossa parte
na reabilitação é viver o compromisso de Cristo: “Não seja feita a Minha
vontade, mas a Tua” (Lucas 22:42). O custo pessoal da nossa reconstrução será a
bênção para mais alguém.
Patrícia
Cove
Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-custo-da-reconstrucao/
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