Por compreender mal o
assunto da perfeição cristã, muitas pessoas vivem uma religião opressora e
infeliz. Em relação a esse ponto, o apóstolo Paulo apresenta duas informações
aparentemente contraditórias em Filipenses 3:12 a 15. Primeiro ele afirma que não
alcançou ainda a perfeição e, em seguida, se coloca dentro do grupo daqueles
que “já são perfeitos”. Se pudéssemos perguntar: “Paulo, afinal, você é
perfeito”? Ele poderia responder: “sim e não”. Calma, não fique confuso, vou
explicar.
Eu pude acompanhar o
nascimento do meu filho. Depois de um exame rápido, a médica disse: ele é
perfeito! Todos entendemos o que ela quis dizer. Apesar de não conseguir
caminhar, de ter a caixa craniana ainda torta devido ao parto, ele estava
perfeito para a idade. Se, ao completar cinco anos, ele ainda estiver sem falar
e sem andar, então ele não será mais perfeito. Ele ainda tinha muito o que
crescer ao nascer, mas estava dentro do esperado para a sua idade.
Essa ilustração nos
ajuda a entender o que Paulo estava tentando explicar. Quando ele diz que não
alcançou a perfeição, estava se referindo ao estado de impecabilidade. Como
todos os cristãos, ele ainda não havia alcançado esse estágio da vida
espiritual, o qual todos os crentes só alcançarão por ocasião da volta de Jesus.
No versículo 15, quando
o apóstolo afirma que já é perfeito, ele se refere à maturidade cristã. O que
Paulo estava tentando dizer é que, para a sua “idade espiritual”, ele tinha
tudo o que se esperava de um cristão.
Podemos perceber esse
conceito de perfeição (maturidade cristã) na mensagem de
Paulo aos hebreus: “Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês
precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios
elementares da Palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento
sólido!” (Hebreus 5:12).
Os hebreus não estavam
acompanhando corretamente as fases de crescimento espiritual e, quando deviam
estar “perfeitos”, haviam estacionado no conhecimento de Cristo. A aparente
contradição na passagem de Paulo em Filipenses, citada acima, se dissipa logo
que percebemos que a perfeição à qual ele se referia não era um estado de
perfeccionismo e impecabilidade, mas a maturidade que todo cristão pode e deve
atingir.
Não seja perfeccionista.
Viva pela fé em Jesus e você encontrará a verdadeira perfeição cristã, que se
traduz em maturidade espiritual e contínuo crescimento na graça.
Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/perfeito-sim-e-nao/
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