Ela disse:
“Espero que sejas benevolente para com tua serva!” Então ela seguiu seu
caminho, comeu, e seu rosto já não estava mais abatido. 1 Samuel 1:18
No início, foi fácil. Fácil sonhar. Esperar.
Desejar. Querer. Ela estava certa de que Deus responderia. Por que não? Eles
eram pessoas boas. Amavam um ao outro. Amavam a Ele.
Porém, mês após mês, foi ficando mais difícil
esperar. Os meses se transformaram em anos. Anos em desesperança. Por que Deus
não respondia? Teria ela feito algo errado? Ou seu esposo? O que mais podia
fazer? Havia tentado tudo o que as pessoas sugeriam.
As pessoas cochichavam. Diziam que Deus a
havia amaldiçoado. Que ela havia feito algo horrível. Que era culpa dela. Ela
evitava ir ao mercado e a eventos sociais, sempre que possível. As palavras e o
distanciamento das pessoas, ou então sua piedade, eram algo duro demais para o
seu coração já partido.
Por fim, as pessoas abandonaram a esperança.
Elcana havia arranjado outra esposa. Uma esposa jovem. Uma que engravidara em
pouco tempo. E várias vezes. Seu lar se tornara um lugar de tensão e mágoa.
Palavras mesquinhas. Comentários sarcásticos. A dor era tão profunda que ela
chorava e não comia. Muitas mulheres comem quando estão sofrendo, mas aquela
dor era tão profunda que nem mesmo um chocolate poderia aliviá-la. Ainda assim,
ela não conseguia desistir por completo.
Derramou sua amargura diante de Deus. Orou e
chorou. Não era uma cena bonita, mas era honesta e autêntica. Era o seu
coração. Sua dor. Sua esperança. Sua dúvida. Seu desespero. Sua dependência do
Único que poderia curar e tomar providências. E quando o coração se esvaziou da
dor e do desespero, e as lágrimas se esgotaram, ela encontrou esperança outra vez.
Foi embora, crendo que Deus responderia. “Então ela seguiu seu caminho, comeu,
e seu rosto já não estava mais abatido.” A esperança tinha como base a sua
confiança em Deus. Ela acreditou que Ele a ouvira. Ela acreditou que Ele
responderia. Ela acreditou que Ele a amava. E viveu em harmonia com isso. Seu
semblante e suas ações refletiam essa confiança.
Eu quero esperar e confiar em Deus assim como
Ana. Quero que meu semblante e meus atos reflitam a confiança e a esperança que
trazem paz – mesmo nos momentos mais duros e mais dolorosos. Uma esperança que
se encontra ao derramar honestamente o coração perante Deus, crendo que Ele nos
ama, e vivendo na expectativa de que Ele responderá.
Fonte: http://mais.cpb.com.br/meditacao/esperanca-2/
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