segunda-feira, 30 de outubro de 2017

HISTÓRIA: REFORMA LUTERANA 500 ANOS

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Efésios 2:8

Martinho Lutero (1483-1546), monge agostiniano, acreditava que a salvação seria obtida pela graça divina e não pelas obras, e passou a fazer oposição à forma como a Cúria Romana se posicionava diante do comércio das indulgências. Em 1517, a descoberta de que o dominicano Johann Tetzel vendia indulgências para arrecadar fundos, visando à reconstrução da Basílica de São Pedro, causou grande tensão.
Fazendo oposição às atitudes do clero romano, Lutero expôs 95 teses nas portas da Igreja de todos os santos de Wittenberg, condenando o comércio de indulgências e valorizando o compromisso do homem com a moral cristã, fundamentada pela fé. As ideias de Lutero ganharam o apoio de Frederico II, o Sábio, da Saxônia, evidenciando o apoio de nobres que o protegeram, impedindo sua imediata prisão e favorecendo a repercussão de suas ideias.
Ao mesmo tempo em que suas ideias foram bem recebidas no meio acadêmico, em 1520, o Papa Leão X condenou 41 dos 95 artigos propostos por Lutero, exigindo uma retratação sob ameaça de excomunhão. Em um ato público, Lutero queimou a Bula Papal na presença de vários estudantes de Wittenberg. Em janeiro de 1521, foi formalmente excomungado.
Dentre os princípios da Doutrina Luterana, podemos mencionar:
A pregação da salvação pela fé;
A negação do celibato clerical;
A condenação dos ídolos;
A crítica à transubstanciação eucarística (transformação do pão e vinho no corpo e sangue de Cristo) e à autoridade papal;
A Bíblia como única fonte doutrinária e a defesa da livre interpretação da mesma;
Submissão da Igreja ao Estado, o que atraiu o apoio da nobreza germânica à doutrina luterana.
O luteranismo avançou sobre algumas regiões da Europa, influenciando Calvino na Suíça e a Igreja Anglicana na Inglaterra. Em setembro de 1555, Carlos V toma uma decisão estratégica no tocante à diplomacia europeia, estabelecendo a Paz de Augsburgo, permitindo, assim, que os territórios que haviam adotado o protestantismo tivessem plena liberdade de culto.

Fonte: História – Material Complementar – SAS Sistema de Ensino, encarte 1, p.90.

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