Porque em
Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a
fé que opera pelo amor. Gálatas
5:6
A maneira pela qual Paulo introduziu Gálatas
5:2-12 indica a importância do que ele estava prestes a dizer. “Prestem
atenção!” (NTLH), “Ouçam bem” (NVI), “Eis que eu, Paulo, vos digo” (ARC). Paulo
não estava brincando. Por sua vigorosa utilização da expressão “Prestem
atenção”, ele não somente pediu toda a atenção de seus leitores, mas ainda
evocou sua autoridade apostólica. Ele queria que eles entendessem que, se os
gentios se submetessem à circuncisão para ser salvos, os gálatas precisavam
entender as consequências perigosas envolvidas em sua decisão.
Leia
Gálatas 5:2-12. Qual foi a advertência de Paulo sobre a questão da circuncisão?
As
primeiras consequências de tentar ganhar o favor de Deus submetendo-se à
circuncisão era que isso obrigava a pessoa a guardar toda a lei. A linguagem de
Paulo nos versos 2 e 3 inclui um interessante jogo de palavras. Cristo, disse
ele, não lhes traria proveito (ophelesei); ao contrário, eles seriam obrigados
(opheiletes) a cumprir a lei. Se uma pessoa quisesse viver de acordo com a lei,
não poderia simplesmente escolher cuidadosamente os preceitos que desejava
seguir. Era tudo ou nada. Em segundo lugar, eles seriam “separados” de Cristo.
A decisão de ser justificado pelas obras envolvia ao mesmo tempo uma rejeição
da maneira divina de justificação em Cristo. “Você não pode obtê-la pelos dois
caminhos. É impossível receber Cristo, reconhecendo assim que você não pode
salvar a si mesmo, e depois receber a circuncisão, dizendo assim que você pode”
(John R. W. Stott, The Message of Galatians [A Mensagem de Gálatas], Leicester,
Inglaterra: InterVarsity Press, 1968, p. 133). A terceira objeção de Paulo à
circuncisão era que ela prejudicava o crescimento espiritual. Ele fez uma
analogia de um corredor cujo progresso em direção à linha de chegada havia sido
deliberadamente sabotado. Na verdade, a palavra traduzida como “impediu” (v. 7)
era usada nos círculos militares para se referir à ação de “quebrar uma
estrada, destruir uma ponte ou colocar obstáculos no caminho de um inimigo para
deter seu avanço” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1083).
Finalmente, a circuncisão removia o escândalo da cruz. Como? A mensagem da
circuncisão significava que a pessoa podia salvar a si mesma; ela era agradável
ao orgulho humano. A mensagem da cruz, no entanto, era ofensiva e vergonhosa,
porque o ser humano tinha que reconhecer sua total dependência de Cristo. Paulo
ficou tão indignado com essas pessoas por sua insistência em relação à
circuncisão que disse que desejava que eles se castrassem com uma faca! Foram
palavras fortes, mas o tom de Paulo simplesmente refletia a seriedade com que
ele encarava essa questão.
Fonte: http://novotempo.com/audios/as-perigosas-consequencias-do-legalismo-gl-52-12/
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