"E
voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até
os demônios se nos sujeitam." Lucas
10:17.
Mais de 12 discípulos seguiram Jesus durante Seu ministério. Quando Pedro se dirigiu aos crentes a fim de que escolhessem um substituto para Judas, o grupo consistia em pelo menos 120 discípulos (At 1:15). Paulo nos diz que, por ocasião de Sua ascensão, Jesus tinha mais de 500 seguidores (1Co 15:6). Assim, o envio dos Setenta não limita o número de discípulos que Jesus tinha, mas apenas sugere Sua escolha de um grupo especial para a missão específica de ir adiante dEle às cidades da Galileia preparar o caminho para Suas visitas subsequentes.
Somente
o evangelho de Lucas registra o relato dos Setenta, o que é muito
típico de Lucas, que tinha mente missionária. O número 70 é
simbólico na Bíblia, bem como na história judaica. Gênesis 10
alista 70 nações do mundo como descendentes de Noé, e Lucas foi um
escritor com uma visão global do mundo. Moisés nomeou 70 anciãos
para auxiliá-lo em sua obra (Nm 11:16, 17, 24, 25). O Sinédrio era
composto de 70 membros. A Bíblia não menciona se esses números
tiveram algum significado no fato de Jesus ter chamado 70, e não
precisamos nos deter em especulações. Mas o importante é que
Jesus, como treinador de líderes para a igreja, deixou-nos a
estratégia de não permitir que o poder e a responsabilidade fiquem
concentrados em alguns poucos, mas que sejam estendidos por todo o
espectro dos discípulos.
A
alegria e a realização marcaram o retorno dos Setenta. Eles
relataram a Jesus: “Senhor, os próprios demônios se nos submetem
pelo Teu nome!” (Lc 10:17). O sucesso na conquista de pessoas nunca
é obra do evangelista. O evangelista é apenas um agente. O sucesso
vem por meio do “[Seu] nome”. O nome e o poder de Jesus estão no
âmago de toda missão evangélica bem-sucedida. Mas observe três
reações notáveis de Jesus ao sucesso da missão dos Setenta. A
primeira foi que, no sucesso do evangelismo, Jesus viu uma derrota de
Satanás (v. 18). A segunda é que, quanto mais envolvido na obra do
evangelho alguém esteja, mais autoridade é prometida (v. 19). E a
terceira é que a alegria do evangelista não deve estar no que é
realizado na Terra, mas no fato de seu nome estar escrito no Céu (v.
20). O Céu se regozija em toda pessoa arrebatada das garras de
Satanás e toma nota de cada uma delas. Toda pessoa ganha para o
reino é um golpe nos planos de Satanás.
Fonte/Base:
http://www.adventistas.org/pt/escolasabatina/2015/04/18/licao-4-o-chamado-para-o-discipulado/
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