terça-feira, 21 de abril de 2015

O ENVIO DOS SETENTAS

"E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam." Lucas 10:17.

 
Mais de 12 discípulos seguiram Jesus durante Seu ministério. Quando Pedro se dirigiu aos crentes a fim de que escolhessem um substituto para Judas, o grupo consistia em pelo menos 120 discípulos (At 1:15). Paulo nos diz que, por ocasião de Sua ascensão, Jesus tinha mais de 500 seguidores (1Co 15:6). Assim, o envio dos Setenta não limita o número de discípulos que Jesus tinha, mas apenas sugere Sua escolha de um grupo especial para a missão específica de ir adiante dEle às cidades da Galileia preparar o caminho para Suas visitas subsequentes.
Somente o evangelho de Lucas registra o relato dos Setenta, o que é muito típico de Lucas, que tinha mente missionária. O número 70 é simbólico na Bíblia, bem como na história judaica. Gênesis 10 alista 70 nações do mundo como descendentes de Noé, e Lucas foi um escritor com uma visão global do mundo. Moisés nomeou 70 anciãos para auxiliá-lo em sua obra (Nm 11:16, 17, 24, 25). O Sinédrio era composto de 70 membros. A Bíblia não menciona se esses números tiveram algum significado no fato de Jesus ter chamado 70, e não precisamos nos deter em especulações. Mas o importante é que Jesus, como treinador de líderes para a igreja, deixou-nos a estratégia de não permitir que o poder e a responsabilidade fiquem concentrados em alguns poucos, mas que sejam estendidos por todo o espectro dos discípulos.
A alegria e a realização marcaram o retorno dos Setenta. Eles relataram a Jesus: “Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo Teu nome!” (Lc 10:17). O sucesso na conquista de pessoas nunca é obra do evangelista. O evangelista é apenas um agente. O sucesso vem por meio do “[Seu] nome”. O nome e o poder de Jesus estão no âmago de toda missão evangélica bem-sucedida. Mas observe três reações notáveis de Jesus ao sucesso da missão dos Setenta. A primeira foi que, no sucesso do evangelismo, Jesus viu uma derrota de Satanás (v. 18). A segunda é que, quanto mais envolvido na obra do evangelho alguém esteja, mais autoridade é prometida (v. 19). E a terceira é que a alegria do evangelista não deve estar no que é realizado na Terra, mas no fato de seu nome estar escrito no Céu (v. 20). O Céu se regozija em toda pessoa arrebatada das garras de Satanás e toma nota de cada uma delas. Toda pessoa ganha para o reino é um golpe nos planos de Satanás.


Fonte/Base: http://www.adventistas.org/pt/escolasabatina/2015/04/18/licao-4-o-chamado-para-o-discipulado/

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