"Porém,
Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco
acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite." Lucas
16:31.
Jesus usou dois termos gregos, hadēs e geena, para falar sobre a morte e a punição dos ímpios. Dada a crença popular no significado de “inferno”, é preciso considerar cuidadosamente essas palavras.
Hadēs
é equivalente ao hebraico She’ol, o termo mais comum do Antigo
Testamento para o reino dos mortos. Esses nomes representam
simplesmente a sepultura ou o lugar para o qual todos descem na
morte, sem nenhuma conotação de punição ou recompensa. Há um
texto, entretanto, em que hadēs parece estar ligado à punição. É
a parábola do rico e Lázaro.
Leia
Lucas 16:19-31. Qual é a lição básica que essa parábola
apresenta (ver especialmente v. 27-31)? O que há de errado em usar
essa parábola para ensinar que os seres humanos vão para o paraíso
ou para o inferno imediatamente após a morte?
Essa
parábola não se concentra no estado do homem na morte. Uma crença
popular, mas não bíblica, mantida por muitos dos contemporâneos de
Jesus, proveu o contexto para essa parábola, que ensina uma lição
importante: nosso destino futuro é determinado pelas decisões que
tomamos diariamente nesta vida. Se rejeitarmos a luz que Deus nos
concede hoje, não haverá oportunidade depois da morte. Qualquer
tentativa de interpretar essa parábola literalmente leva a muitos
problemas insolúveis. Na verdade, os detalhes do quadro parecem
propositadamente estranhos, a fim de nos mostrar que Jesus não tinha
a intenção de que Suas palavras fossem tomadas literalmente, mas
figurativamente.
Que
advertências Jesus pronunciou sobre o inferno? Mt 5:22, 29, 30;
23:33
Em
muitas traduções da Bíblia, a palavra inferno aparece onze vezes
nos lábios de Jesus. Na verdade, Ele usou o termo grego geena, da
expressão hebraica Gê Hinom, “Vale de Hinom”. De acordo com o
Antigo Testamento, nesse vale ao sul de Jerusalém, os reis Acaz e
Manassés realizaram o horrendo ritual pagão de queimar crianças a
Moloque (2Cr 28:3; 33:6). Posteriormente, o piedoso rei Josias
interrompeu essa prática (2Rs 23:10). Por causa dos pecados
cometidos no local, Jeremias profetizou que Deus iria torná-lo “o
vale da Matança” (Jr 7:32, 33; 19:6).
Assim,
para os judeus, o vale se tornou um símbolo do juízo final e da
punição do impenitente. Jesus usou o nome figurativamente, sem
explicar detalhes sobre o tempo e o lugar da punição, que
encontramos em outras passagens bíblicas. O inferno, porém, não é
um lugar de castigo eterno.
Fonte:http://www.adventistas.org/pt/escolasabatina/2014/09/13/licao-12-morte-e-ressurreicao/
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