"Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando
resplandece no copo e se escoa suavemente.
No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá." Provérbios 23: 31 e 32.
No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá." Provérbios 23: 31 e 32.
O abuso no consumo de álcool no Brasil supera a média mundial e apresenta taxas superiores a dezenas de países. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em um informe publicado ontem, alerta que um total de 3,3 milhões de mortes, no mundo em 2012, foram causadas pelo uso excessivo do álcool, 5,9% de todas as mortes.
Mas o que
mais preocupa a OMS são os casos de abusos no consumo. No mundo, a média é de
7,5% da população que experimentou em algum ponto do ano um caso de um consumo
excessivo de álcool. No Brasil, porém, a taxa é de 12,5%. Num ranking de
números de anos perdidos de vida saudável, Brasil está entre os líderes. Em
todo o mundo, a Europa é o continente onde os índices de consumo são os mais
elevados per capita, com diversos países apresentando taxas acima de 10 litros
por ano.
Segundo a
entidade, não apenas a bebida pode gerar dependência, mas também poderia levar
ao desenvolvimento de outras 200 doenças.
A
proporção de mortes associadas ao álcool é superior à mortalidade ligada ao HIV
(2,8%), à violência (0,9%) e à tuberculose (1,7%), concluiu a organização no
Relatório Global sobre o Álcool e a Saúde 2014.
Além
disso, um terço dos homens pesquisados admite já ter dirigido alguma vez sob
efeito do álcool.
CONSUMO MÉDIO
Entre 194
países avaliados, a OMS concluiu que o consumo médio mundial para pessoas acima
de 15 anos é de 6,2 litros de álcool puro por ano, o que equivale a 13,5 gramas
de álcool puro por dia. No caso do Brasil, os dados apontam que o consumo médio
é de 8,7 litros por pessoa por ano. Esse volume caiu entre 2003 e 2010. Há dez
anos, a taxa era de 9,8 litros por pessoa.
Mas as
projeções até 2025 mostram que o consumo voltará a aumentar, ultrapassando a
marca de 10,1 litros por ano por pessoa. Em 1985, o consumo não chegava a
quatro litros por pessoa por ano. No caso brasileiro, a diferença entre o
consumo masculino e feminino é profundo. Entre os homens, a taxa chega a mais
de 13 litros por ano. Para as mulheres, é de apenas 4 litros. Segundo a
pesquisa, 60% do consumo é de cerveja e só 4% do é representado pelo vinho.
EXCESSO
Mais de 3
milhões de pessoas morreram em decorrência do consumo de álcool em 2012, por
causas que variaram desde câncer até a violência, segundo a OMS. A Organização
fez um pedido para que os governos façam mais esforços para limitar esses
danos. "Mais precisa ser feito para proteger populações das consequências
negativas à saúde por conta do consumo de álcool", disse Oleg Chestnov,
especialista da OMS em doenças crônicas e saúde mental. Para ele "não
há espaço para complacência quando se trata de reduzir o consumo nocivo de álcool".
"Descobrimos
que, mundialmente, 16% daqueles que bebem participam de episódios de consumo
pesado, que são os mais danosos à saúde", disse o diretor de saúde mental
e abuso de substâncias da OMS, Shekhar Saxena. Pessoas mais pobres são
geralmente as mais afetadas pelas consequências sociais e à saúde ocasionadas
pelo uso do álcool, disse ele.
"Elas
frequentemente carecem de cuidados à saúde de qualidade e são menos protegidas
por redes funcionais de família e comunidade".
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
O estudo descobriu
que alguns países estão reforçando medidas para proteger as pessoas do consumo
exagerado. Elas incluem aumento de impostos sobre o álcool, limitação da
disponibilidade do produto por imposição de limites de idade e regulamentação
da divulgação.
A OMS
disse que a análise de tendências globais mostra que o consumo tem sido estável
nos últimos cinco anos na Europa, na África e nas Américas. Mas tem crescido no
Sudeste Asiático e na região ocidental do Pacífico.
Fonte:
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
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