Algumas
das peças literárias mais poderosas da história foram escritas por líderes
aprisionados. Parece que há algo no confinamento – talvez a incerteza ou mesmo
os abusos sofridos – que faz o prisioneiro focalizar a mente em convicções
fundamentais. Mas, enquanto muitos autores aprisionados assumem uma atitude de
mártir, atacando o sistema e aqueles que os aprisionam, Paulo soa radicalmente
diferente.
A
Epístola aos Filipenses é uma das chamadas "Cartas da Prisão".
O apóstolo parece sentir no ar o pesado clima da execução (1:23),
provavelmente em Roma. Mas no que ele se concentra? Paulo focaliza a vida
centralizada em Cristo, cuja marca é a alegria. Como cristãos que vivem hoje em
liberdade e desfrutam de oportunidades, facilmente podemos nos concentrar em
pontos periféricos que, embora atrativos, têm pouco valor. Corremos o risco de
perder a perspectiva daquilo que é essencial. Pense em como você completaria a
frase a seguir: "Para mim, o viver é..." Observe algumas alternativas
e a consequência lógica de cada uma:
Para mim,
o viver é dinheiro... e morrer é deixar tudo para trás.
Para mim, o viver é fama... e morrer é rapidamente ser esquecido.
Para mim, viver é poder... e morrer é perder tudo.
Para mim, viver é possuir... e morrer é partir de mãos vazias.
Para mim, o viver é fama... e morrer é rapidamente ser esquecido.
Para mim, viver é poder... e morrer é perder tudo.
Para mim, viver é possuir... e morrer é partir de mãos vazias.
Quando o
dinheiro é o objetivo da vida, estamos destinados a viver subjugados ao medo de
perdê-lo, o que nos transforma em paranoicos, desconfiados. Quando a fama é o
alvo, nós nos tornamos competitivos, envenenados pela inveja. Se orientados
pelo poder, nós nos tornamos servos de nós mesmos, vaidosos e arrogantes.
Quando o viver é possuir, acabamos sendo possuídos pelo materialismo,
escravizados pela ambição de ter, para quem "o suficiente nunca é
suficiente". E assim os falsos deuses nos destroem.
"Para
mim, o viver é Cristo" porque apenas Ele nos satisfaz, quer tenhamos ou
não, sejamos conhecidos ou anônimos, quer vivamos ou morramos. A boa-nova: a
morte não tira nada de nós. Ela apenas fixa para sempre o que já é nosso em
Cristo.
Fonte: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2014/frmd2014.html
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