"Jesus, porém, disse:
Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino
dos céus." Mateus 19:14.
Segundo Relatório do Comitê da
Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos da Criança pede que o
Vaticano afaste de seus cargos todos aqueles que abusaram sexualmente de
crianças e os denuncie à justiça. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi,
rebateu dizendo que a Igreja Católica afronta os casos de pedofilia com
transparência.
O comitê pede Igreja Romana para
"afastar de imediato de suas funções todos os autores conhecidos e
suspeitos de abusos sexuais de crianças, assim como denunciá-los às autoridades
competentes para que os investiguem e sejam processados".
O texto foi divulgado após uma
audiência realizada no mês passado em Genebra, em que os membros da comissão,
composta por 18 especialistas em direitos humanos de todo o mundo, questionou o
Vaticano sobre sua política contra a pedofilia.
No relatório, a comissão afirma que a
Igreja Católica não fez o suficiente para cumprir o seu compromisso de
erradicar a pedofilia. "O comitê da ONU sublinha a sua profunda preocupação
com o abuso sexual de crianças por membros de igrejas católicas que operam sob
a autoridade do Vaticano", disse o documento. "A Comissão está muito
preocupada que o Vaticano não reconhece a extensão dos crimes cometidos, não
tomou as medidas apropriadas para lidar com casos de pedofilia nem tomou
medidas para proteger as crianças", acrescentou.
O relatório critica especialmente a
política de trocar padres pedófilos de paróquia, uma prática considerada como
tentativa de encobrir os crimes.
O Vaticano reagiu denunciando o que
considerou distorções do documento da ONU.
Em Conferência Episcopal Espanhola,
Lombardi disse que a Igreja Católica Romana afronta os casos de pedofilia com
transparência e explicará nas próximas semanas o funcionamento de uma comissão
criada para preveni-los, depois de perguntado sobre o relatório da ONU.
O Vaticano disse em comunicado que irá
submeter a "minuciosos estudos e exames" as acusações recebidas da
ONU, mas também vê as ações como uma "tentativa de interferir no ensinamento
da Igreja Católica, sobre a dignidade das pessoas e no exercício da liberdade
religiosa”.
Em análogo, o Bispo de Roma Francisco
encorajou os jovens "a compreender a importância da pureza e da
virgindade", durante uma audiência geral realizada na Praça de São Pedro.
Fonte/Base:
Diário
do Nordeste
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