quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

ONU COBRA IGREJA CATÓLICA ROMANA SOBRE PEDÓFILOS




"Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus." Mateus 19:14.

Segundo Relatório do Comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos da Criança pede que o Vaticano afaste de seus cargos todos aqueles que abusaram sexualmente de crianças e os denuncie à justiça. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, rebateu dizendo que a Igreja Católica afronta os casos de pedofilia com transparência.

O comitê pede Igreja Romana para "afastar de imediato de suas funções todos os autores conhecidos e suspeitos de abusos sexuais de crianças, assim como denunciá-los às autoridades competentes para que os investiguem e sejam processados".

O texto foi divulgado após uma audiência realizada no mês passado em Genebra, em que os membros da comissão, composta por 18 especialistas em direitos humanos de todo o mundo, questionou o Vaticano sobre sua política contra a pedofilia.

No relatório, a comissão afirma que a Igreja Católica não fez o suficiente para cumprir o seu compromisso de erradicar a pedofilia. "O comitê da ONU sublinha a sua profunda preocupação com o abuso sexual de crianças por membros de igrejas católicas que operam sob a autoridade do Vaticano", disse o documento. "A Comissão está muito preocupada que o Vaticano não reconhece a extensão dos crimes cometidos, não tomou as medidas apropriadas para lidar com casos de pedofilia nem tomou medidas para proteger as crianças", acrescentou.

O relatório critica especialmente a política de trocar padres pedófilos de paróquia, uma prática considerada como tentativa de encobrir os crimes.

O Vaticano reagiu denunciando o que considerou distorções do documento da ONU.

Em Conferência Episcopal Espanhola, Lombardi disse que a Igreja Católica Romana afronta os casos de pedofilia com transparência e explicará nas próximas semanas o funcionamento de uma comissão criada para preveni-los, depois de perguntado sobre o relatório da ONU.

O Vaticano disse em comunicado que irá submeter a "minuciosos estudos e exames" as acusações recebidas da ONU, mas também vê as ações como uma "tentativa de interferir no ensinamento da Igreja Católica, sobre a dignidade das pessoas e no exercício da liberdade religiosa”.

Em análogo, o Bispo de Roma Francisco encorajou os jovens "a compreender a importância da pureza e da virgindade", durante uma audiência geral realizada na Praça de São Pedro.




Fonte/Base: Diário do Nordeste

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