sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

UM HOMEM MORREU INTEMPESTIVAMENTE

Um homem morreu intempestivamente¹ ao dar-se conta, viu que se aproximava um ser especial que não se parecia com nenhum ser humano. Levava uma mala consigo… E disse-lhe:
- Bem, amigo, é hora de irmos… Sou a morte…
O homem, assombrado, perguntou à morte…
- Já?… tinha tantos planos para breve… - Sinto muito, amigo… Mas é o momento da tua partida.
- Que trazes nessa mala? E a morte respondeu-lhe:
- Os teus pertences.
- Os meus pertences? São as minhas coisas, as minhas roupas, o meu dinheiro?
- Não, amigo, as coisas materiais que tinhas, nunca te pertenceram… Eram da terra.
- Trazes as minhas recordações?
- Não, amigo, essas já não vêm contigo. Nunca te pertenceram, eram do tempo…
- Trazes os meus talentos?
- Não amigo, esses nunca te pertenceram… Eram das circunstâncias.
- Trazes os meus amigos, os meus familiares?
- Não, amigo, eles nunca te pertenceram, eram do caminho.
- Trazes a minha mulher e os meus filhos?
- Não, amigo, eles nunca te pertenceram. Eram do coração.
- Trazes o meu corpo? - Não, amigo… Esse nunca te pertenceu, era propriedade do Santo Espírito.
- Então, trazes a minha alma?
- Não, amigo, ela nunca te pertenceu… é de Deus. Então o homem, cheio de medo, arrebatou à morte a mala e abriu-a… E deu-se conta que estava vazia… Com uma lágrima de desamparo a brotar dos seus olhos, o homem disse à morte:
- Nunca tive nada?
- Tiveste, sim… Meu amigo… Cada um dos momentos que viveste foram só teus… A vida é um momento… Um momento todo teu. Desfruta-o na sua totalidade... Vive o AGORA, Vive a TUA VIDA, E não te esqueças de SER FELIZ E SERVIR A DEUS.


Autor desconhecido
Colaboração: Carlos E. Della Justina
 
¹Advérbio de Modo: de forma inoportuna, fora do tempo derivado de intempestivo. Fora do tempo permitido, inoportuno.

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