domingo, 13 de janeiro de 2013

LIÇÕES DE UM HOMEM CEGO

"Perguntou-lhe Jesus: Que queres que Eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver." Marcos 10:51

Eugene era um príncipe rejeitado. Raquítico, feio, pálido, doentio e corcunda. Todos, no castelo de Luís XIV, o ignoravam.

O jovem príncipe circulava em meio às sombras do castelo, despercebido dos nobres que compareciam aos bailes e festas.

Os amigos de Eugene eram os escravos. Ninguém mais queria conversa com ele. Eugene queria ser um soldado, de modo que foi falar com Luís XIV e lhe pediu um posto em seu exército. Luís nem olhou para ele. Este foi um dos maiores erros que o rei francês cometeu.

Eugene escapou do palácio disfarçado de mulher e fugiu para Viena, onde os turcos estavam invadindo a Europa. Lá ele conseguiu entrar no exército austríaco. Agora o príncipe era mais do que uma sombra num castelo – era um soldado, e dos bons. Aos 20 anos se tornou oficial do exército; aos 29, marechal de campo; aos 40, comandante supremo da Áustria. Nos anos seguintes ele foi um tormento para Luís XIV, e mais tarde Napoleão o reconheceu como um dos grandes generais de todos os tempos.

Bartimeu, além de cego, se sentia rejeitado, pois acreditava-se que uma deficiência física era castigo de Deus. Embora cego, era também decidido. Ele não ficaria calado. Quando ouviu o ruído da multidão e soube que Jesus estava vindo, sentiu que sua oportunidade de ser curado se aproximava, e clamou em alta voz: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”

Jesus parou e mandou chamá-lo. Bartimeu tornou a ver e se tornou um seguidor de Jesus Cristo. E a partir daquele dia não foi mais o mesmo, pois sabia que tinha importância. Sua cura provava isso.

Um jovem africano foi sequestrado e forçado a cruzar o oceano em um navio negreiro. Após passar meses comendo alimentos estragados, em meio a doenças, mau cheiro de dejetos humanos, e vendo muitos morrerem ao seu redor, o jovem chegou à América.

Os comerciantes o empurraram para o local de leilão. Para surpresa de todos, este escravo não pendia a cabeça em humilhação, como a maioria. Mantinha-se ereto, com o peito estufado, o queixo erguido, e o olhar altivo. A multidão, agitada, murmurava. Por que este escravo era tão diferente?

O atravessador de escravos sabia a razão, e disse ao povo: ‘Este jovem é filho de um rei na África, e não consegue se esquecer disso.

Creio que Bartimeu sentiu a mesma coisa após encontrar-se com Jesus: Tal qual você e eu, ele era filho de um Rei, e jamais se esqueceria disso.

Fonte: Meditações Diárias Junho 2010

Nenhum comentário: