"O Senhor é misericordioso e compassivo;
longânimo e assaz benigno. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem
nos retribui consoante as nossas iniquidades."
Salmo 103:8, 10
Salmo 103:8, 10
– Martinho, venha cá! – A Sra. Lutero estava carrancuda e segurava um chicote na mão.
– Sim, mamãe. – Martinho tremia enquanto se aproximava da zangada senhora.
– Você pegou uma noz da cozinha. Isso é furtar! Nenhum filho meu vai ser um ladrão! – A Sra. Lutero gritava, batendo com o chicote nas pernas e costas de Martinho.
– Me perdoe, mamãe! Não vou fazer isso de novo! – gritava Martinho, mas ela continuou o espancamento até o sangue começar a correr.
– Isso deve ensinar-lhe uma boa lição, rapazinho! – disse ela, colocando o chicote de lado. – Seu pai vai ficar sabendo.
Durante o dia inteiro, Martinho ficou preocupado com o que aconteceria quando seu pai voltasse para casa. “Ele provavelmente vai me dar outra surra”, pensou Martinho. “Não vou levar mais uma. Vou fugir desta cidade. Vou para tão longe, que eles nunca mais me encontrarão.”
Martinho escapuliu de casa e correu pelas ruas estreitas. Passou correndo pelas minas e fornalhas fumegantes do outro lado da cidade.
Viu árvores e campos a distância, mas estava ficando escuro, e ele se sentia cansado.
“Vou procurar um lugar onde dormir agora”, pensou ele. “Amanhã de manhã vou para o campo.” Olhando ao redor, descobriu uma velha casa. Parecia que ninguém morava ali. Martinho encolheu-se ao lado da casa e tentou dormir.
Já estava escuro quando seus pais perceberam sua ausência. Procuraram-no por toda parte, achando que poderia estar escondido dentro de casa. Quando não o encontraram, pediram que os vizinhos os ajudassem a procurar pela cidade. Por fim encontraram Martinho – com frio, fome e medo – perto da velha cabana.
Voltou para casa com eles, mas depois daquilo empenhou-se por ser bom, a fim de não ser castigado de novo. Tinha medo de seus pais e de Deus. Achava que Deus era mesquinho e cruel, como seus pais. Quando cresceu, Martinho Lutero descobriu que Deus não é assim, de jeito nenhum!
Fonte:http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/ij/2012/ij12012.html
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