sábado, 31 de agosto de 2024

SANTUÁRIOS

Ele então me levou para dentro do pátio interno da casa do Senhor, e ali, à entrada do templo, entre o pórtico e o altar, havia uns vinte e cinco homens. Com as costas para o templo do Senhor e o rosto voltado para o oriente, eles se prostravam na direção do Sol. Ezequiel 8:16

O êxodo foi um ato libertador. Mais do que realizar a libertação física, Deus desejava libertar Israel da adoração que o prendia à terra da escravidão. Mais do que um novo endereço, uma nova terra, Deus oferecia um relacionamento real. Cada praga enviada ao Egito era um anúncio do Deus verdadeiro aos deuses falsos cultuados por egípcios e israelitas. Eram formas diferentes de dizer que há um Criador e que é Ele quem dirige a criação. Só Ele merece culto. 

Como símbolo da presença divina no meio de Seu povo e ilustração do plano da salvação, um santuário foi estabelecido no meio do deserto. Seus muitos rituais e objetos apontavam para a libertação e para o Libertador. Suas medidas, cores e seus materiais foram escolhidos pelo próprio Deus e cumpriam uma função nesse quadro de adoração. Até mesmo a posição em que o tabernáculo seria montado foi cuidadosamente escolhida. Sua porta da frente deveria dar para o oriente. Isso não era por acaso. 

O oriente é o lado do nascer do Sol. No Egito, o Sol era conhecido como o deus Rá, principal divindade adorada nos dias escuros do cativeiro. Era considerado o centro do panteão egípcio e o originador dos demais deuses. Quando orientou que o lugar de Sua habitação entre os israelitas fosse construído de frente para o nascer do Sol, Deus tinha um propósito: cada vez que um adorador viesse para se encontrar com Ele e oferecer sacrifício, ao entrar pelas portas do santuário, estaria de costas para o Sol. 

Eu creio que o sábado é um tipo de santuário que Deus construiu no tempo. Cada vez que entramos pelas suas portas, nós somos convidados a dar as costas a tudo que nos afasta do Criador. O sábado é um lembrete do compromisso de santidade que temos. 

Mais um sábado chegou. As portas se abriram mais uma vez. Ao entrar, ande devagar. Você estará pisando em um pedaço da eternidade. Deixe de lado tudo que possa atrapalhar sua conexão com o Eterno e aproveite tudo que Ele já preparou para você nas horas deste dia. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/santuarios/

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

OS DOZE

Eis que faço uma coisa nova. Agora mesmo ela está saindo à luz. Será que vocês não o percebem? Eis que porei um caminho no deserto e rios nos lugares áridos. Isaías 43:19.

Meu pai e minha mãe foram hospitalizados ao mesmo tempo e decidi que eles deveriam mesmo vir morar perto de mim. Eu poderia encaixotar as coisas na casa em que eles tinham vivido por quarenta anos. Também poderia ajudá-los a encontrar um comprador. Mas como eu faria para levar doze gatos numa mudança de 1 .600 quilômetros? Sinceramente, comecei a orar para encontrar uma saída. A vida da minha mãe, dedicada a resgatar todo animal de rua que cruzasse seu caminho, resultou nesses doze gatos. Por isso, eles não eram candidatos a ser adotados e ter um novo lar. 

A Patches tinha quase dezoito anos. O Tango precisava de esteroides num interva-lo de poucas semanas. O Trouble e o Whiskers viviam enlouquecidamente. O “Tubba Wubba” Tuxedo não se separava da pequena Cha-Cha, sempre dormindo com a pata em cima das costas dela. A Mitzie, a Minnie e a Princesa desconfiavam de todo mundo. O Jack tinha escolhido meu padrasto como seu humano favorito. O doce Sonny e a enxerida Panther eram os mais queridinhos. Ou seja, antes que meus pais concordassem em se mudar, todos os gatos precisavam ser transportados. 

Eram tantos obstáculos que parecia uma tarefa impossível. A princípio, minha mãe e eu nos revezaríamos levando o bando todo na minha van. Contudo, minha mãe concluiu que era melhor ela não dirigir. Mas, eu sabia que não conseguiria fazer aquela viagem sozinha. Para piorar, a companhia aérea só permitia viajar com oito gatos por vez, a um custo de mil dólares cada um. 

Então, Deus me guiou até uma motorista que ganhava a vida transportando bichinhos de estimação das pessoas pelo país. Ela foi a resposta para as minhas orações! Apelidando carinhosamente sua carga de “O Bando dos Doze”, ela até dormiu no seu carro com os gatos, já que eles não podiam sair das suas caixas transportadoras. Felizmente, todos chegaram intactos e em tempo recorde ao destino final. 

Um mês depois, meus pais se tornaram meus vizinhos. 

Creio que Deus Se alegra em nos abençoar, as filhinhas Dele. Quando temos problemas – qualquer tipo de problema – Ele não tem nenhuma dificuldade em abrir caminhos em lugares impossíveis. 

Lisa DeGraw

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/os-doze/

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

DEVERES TERRENOS E RESULTADOS CELESTIAIS

O que ocorreu nesses relatos e que verdades Jesus ensinou? Marcos 12:13-27 

Os líderes estavam tentando apanhar Jesus em algo que pudessem usar para condená-Lo, junto ao governador romano ou ao povo. Nessa controvérsia, a questão foi o pagamento de impostos. Naquela época, recusar-se a pagar impostos poderia ser considerado rebelião contra o governo romano, uma ofensa grave. 

Jesus respondeu que eles deviam dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Isso fez com que Ele escapasse da armadilha, mas também ofereceu instruções profundas sobre a responsabilidade do cristão para com o governo. Jesus “declarou que, uma vez que estavam vivendo debaixo do poder romano, deviam prestar-lhe o apoio que lhes exigia, no que não estivesse em oposição a um dever mais elevado. Mas, embora pacificamente sujeitos às leis da Terra, deviam ser primeiramente leais a Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 480). 

A seguir, houve uma controvérsia sobre a ressurreição dos mortos. Os saduceus eram um grupo formado por sacerdotes que aceitavam como Escrituras apenas os cinco livros de Moisés. Eles não acreditavam na ressurreição. O cenário que apresentaram a Jesus era hipotético. Envolvia sete irmãos e uma mulher. De acordo com a lei de Moisés, para manter a propriedade na linhagem familiar, quando um homem morresse sem deixar filhos, o irmão dele deveria se casar com a viúva, e os filhos nascidos dessa união pertenceriam legalmente ao homem morto (Dt 25:5-10). 

Desacreditando da doutrina da ressurreição, os saduceus apontaram para um dilema: na ressurreição, de qual deles ela seria esposa? Jesus rebateu o argumento em duas etapas, referindo-Se às Escrituras e ao poder de Deus: (1) Ele descreveu o poder de Deus na ressurreição e indicou que não haverá casamento no Céu; (2) defendeu a doutrina da ressurreição citando Êxodo 3:1-22, em que o Senhor declara que é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Isso significa que eles serão ressuscitados, pois o Criador é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, que estão, por enquanto, mortos, mas ressurgirão. 

Se alguém lhe perguntasse: "Você conhece o poder de Deus", O que diria...

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/controversias-em-jerusalem/#licaoQuarta

terça-feira, 27 de agosto de 2024

TRANSFORMAÇÃO

Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! 2 Coríntios 5:17

Ele apareceu um dia na porta da igreja pedindo comida. Os irmãos abriram as portas e os braços para aquele andarilho. Deram-lhe alimento e roupas. A partir de então, ele passou a frequentar todos os cultos. Quando terminava o programa, todos se despediam, e ele ia embora, sabe-se lá para onde. Não demorou muito, e uma família da igreja ofereceu ao novo irmão a oportunidade de morar em um quartinho nos fundos da casa. Um diácono lhe conseguiu um trabalho, e a vida foi tomando rumo. 

Algum tempo depois, os irmãos descobriram que se aproximava o aniversário do ex-andarilho. Decidiram lhe dar um presente especial. Uma roupa nova? Um sapato? Um livro? Pareciam boas ideias até que uma irmã se ofereceu para pintar um quadro. No dia do aniversário, eles fizeram uma pequena surpresa após o culto e lhe entregaram o presente. Era um lindo retrato do rosto de Jesus. 

Quando chegou em casa, o homem colocou o quadro bem no meio do quarto. Deu dois passos para trás e teve uma ideia. Foi falar com a dona da casa: “Desculpe incomodar, irmã. Mas a senhora teria uma vassoura para me emprestar?” A irmã disse que sim. Ele pegou a vassoura e começou uma faxina no cômodo onde vivia. Depois de tirar muita sujeira, teve mais uma ideia. Pegou um pouco de tinta que havia sobrado de uma reforma antiga na casa e pintou as paredes do quarto. Depois conseguiu uma toalha nova e colocou sobre a mesinha que estava perto da janela. Colocou o quadro novamente na parede do meio, deu dois passos para trás e disse: “Agora sim, está bom.” 

Quando Jesus entra na vida de alguém, as coisas nunca permanecem como antes. Sua presença ressignifica tudo que está ao redor. O que antes era comum e aceitável passa a ser visto de outra forma quando Jesus está no centro. Paulo descreve esse processo como nova criação. É o abandono de coisas antigas e inadequadas. É o começo de uma vida nova, centralizada na presença de Cristo. 

Coloque Cristo no centro de seus estudos, de seu trabalho, de seu namoro. Dê dois passos para trás e veja o que acontece. Faça Dele o primeiro, o último e o melhor em cada detalhe de sua vida. Isso muda tudo. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/transformacao-2/

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

AINDA QUE...

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na videira; ainda que a colheita da oliveira decepcione, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas desapareçam do aprisco, e nos currais não haja mais gado, mesmo assim eu me alegro no Senhor, e exulto no Deus da minha salvação. Habacuque 3:17, 18

texto que encabeça esta reflexão é um dos mais surpreendentes e estimulantes da Bíblia. O livro de Habacuque apresenta uma abordagem que foge da tendência natural de muitos crentes em se relacionarem com Deus apenas para obter Suas bênçãos. A Teologia da Prosperidade, que tem sido abraçada por muitas igrejas, associa a fidelidade de Deus ao sucesso econômico. Porém, quando somos fiéis e as coisas não dão certo em nossa vida, qual é nossa atitude? Habacuque separa a relação com Deus dos benefícios materiais, destacando a redenção como a maior bênção divina. O autor inspirado propõe que, independentemente do que aconteça, alegremo-nos no Senhor e sejamos felizes porque Deus nos salva. 

Por que você não se alegra no Senhor? Será por causa das dificuldades econômicas, dos problemas familiares ou de uma doença? O que de pior pode lhe acontecer? Deus continuará ao seu lado, cuidando de você e o guardando. Essa não é uma excelente razão para se alegrar? A alegria que vem de Deus se fundamenta na consciência de que fomos feitos para Ele. O Eterno é o nosso criador e espera que encontremos plenitude na aliança e na comunhão com Ele. É por isso que a alegria do cristão difere tanto das alegrias mundanas, pois seu fundamento é transcendental. Só em Cristo, temos a possibilidade de alcançar a mais plena realização. Santo Agostinho expressou bem essa realidade, ao orar: “Senhor, fizeste-nos para Ti, e inquieto está nosso coração enquanto não repousa em Ti.” 

Faço uma proposta a você: coloque um “ainda que…” em sua vida. Ainda que as coisas não saiam como planejado, ainda que as dificuldades sejam grandes, ainda que o mundo pareça desabar, confie em Deus e encontre Nele sua fonte de prazer. Os problemas são inevitáveis, mas a alegria é uma escolha, uma atitude que podemos tomar diante das circunstâncias da vida. Nunca se esqueça de que o Senhor está sempre ao seu lado, cuidando de você. Alegre-se em Deus e desfrute as infinitas bênçãos que isso lhe trará.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/ainda-que/

sábado, 24 de agosto de 2024

CITAÇÕES...

[...] não desvalorizemos nossas crianças em função daquilo que não sabem: valorizemos seu saber. Guiemos nossas crianças na direção de um fazer (saber) que tenha relação com seu mundo cotidiano. Convidemos nossas crianças a olhar o que fazem e, sobretudo, não as levemos a competir. (MATURANA, 2007, p. 35)

“Jesus sempre amou as crianças. Aceitava a inocente afeição e o amor espontâneo e sincero delas. O grato louvor de seus lábios puros era como música aos ouvidos de Cristo e renovava Seu espírito quando oprimido pelo contato com pessoas astutas e hipócritas. Em qualquer lugar onde o Salvador estivesse, Seu rosto amável e Seus gestos suaves e bondosos conquistavam a confiança dos pequeninos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021]p. 409). 

Fontes: Formação em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas - AVAMEChttps://mais.cpb.com.br/licao/ensinando-discipulos-parte-2/

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

FELIZ SÁBADO!


 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.

Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.

Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou. (Êxodo 20:8-11).

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

MORNIDÃO

Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da Minha boca. Apocalipse 3:16

Só há duas opções quando o assunto é vida espiritual e destino eterno. Na Bíblia encontramos muitos exemplos: caminho estreito ou caminho largo, joio ou trigo, ovelhas ou bodes, justos ou injustos, salvos ou perdidos. Não há como pertencer aos dois times ao mesmo tempo. No entanto, no Apocalipse surge uma imagem nova. Na sétima carta escrita por João e enviada à igreja de Laodiceia, a mensagem de Jesus é que os crentes ali pertencem a um inédito terceiro grupo. Não são frios nem quentes. São mornos. 

Esta é também a descrição da igreja cristã no final da história. Laodiceia simboliza o povo de Deus nos últimos dias, antes da volta de Jesus. Sendo assim, é um recado do Céu para nós. Mornidão é o retrato de quem não possui o fogo do primeiro amor, mas também não está completamente entregue à apostasia. Morno é o cristão que vive uma experiência medíocre. Vive de aparências. É superficial. 

Mornidão tem a ver com dubiedade. Quando comparado ao frio, o morno parece quente. Mas, se a referência for o quente de verdade, o morno parece frio. O crente morno é quase indecifrável. Na igreja parece quente. Em casa parece frio. No pequeno grupo, certeza que é quente. No trabalho, só pode ser frio. É uma constante mentira. São pessoas que vivem posando de piedosas, mas são hipócritas. Têm vida dupla. São indecisas. Vivem um “me engana que eu gosto”, um teatro gospel. Mas a Bíblia deixa claro o que Deus faz com gente assim: Ele vomita. Deus não suporta essa farsa porque mornidão é a pior propaganda da religião. Há mais esperança para quem é frio e reconhece este fato do que para quem é morno e pensa que está tudo bem. 

O que o termômetro da vida cristã aponta sobre sua situação atual? Você vai à igreja, ora, lê a Bíblia e até jejua algumas vezes, mas sente que falta fervor? Alguma vez chegou a pensar que a caminhada com Jesus deveria ser mais do que tem sido até aqui? Talvez seja o Espírito Santo convidando você a sair da mornidão. Lembre-se de que você só tem uma vida para viver nesta Terra. Só tem uma história para escrever com Jesus neste mundo. Então escolha o extraordinário e viva intensamente o que Ele planejou para você. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/mornidao/

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

AS PARTEIRAS HEBREIAS

As parteiras, porém, temeram a Deus e não zeram o que o rei do Egito lhes havia ordenado; pelo contrário, deixaram viver os meninos. […] E Deus foi bom para as parteiras; e o povo aumentou e se tornou muito forte. E, porque as parteiras temeram a Deus, Ele lhes constituiu família. Êxodo 1:17, 20, 21.

As parteiras descritas em Êxodo 1 deviam ser mulheres hebreias, pois temiam a Deus. Os nomes delas também eram hebreus, Sifrá, que significa beleza, e Puá, que significa esplendor. 

O faraó queria controlar o aumento (proliferação) dos hebreus e arquitetou um plano para matar bebês meninos inocentes. Contudo, quando o faraó pediu que as parteiras hebreias assassinassem os bebês, ele fez o pedido para as mulheres erradas. 

O trabalho das parteiras era manter o compromisso de ajudar os bebês a nascerem e não matá-los. Antes de mais nada, elas temiam a Deus, muito mais do que ao rei tirano. 

Elas mostraram muita coragem e amor a Deus ao arriscarem a vida para desobedecer à ordem do faraó. Sabiam que o medo de homens torna as pessoas vítimas das circunstâncias, mas o temor do Senhor traz paz e segurança diante de perigos mortais. 

Por temerem a Deus, aquelas mulheres conseguiram ficar firmes para fazer o que achavam correto. Elas sabiam que naquela situação era apropriado desobedecer às autoridades civis. 

Deus não espera que obedeçamos às autoridades governamentais quando elas nos pedem que façamos coisas que vão contra a vontade do Senhor. Pelo contrário, Ele nos pede que façamos o que é certo. Sempre que nos pedirem que desobedeçamos a uma ordem divina, devemos obedecer a Deus e não aos homens (At 5:29). Foi isso o que Pedro e os apóstolos afirmaram quando ordenaram que eles parassem de pregar sobre Jesus. 

Deus recompensou as parteiras pelo que fizeram, dando-lhes uma família e preservando sua prosperidade. Ele ignorou a resposta delas ao faraó pois elas não violaram a lei superior de Deus, que proibia o massacre sem sentido de vidas inocentes. Ao ignorar o implacável comando do faraó, essas duas mulheres ajudaram a edificar as famílias de Israel e a ampliar a nação hebraica, que era o povo escolhido de Deus. Em recompensa à fidelidade de Sifrá e Puá, Deus também edificou suas famílias. 

Agnes s Kamanga

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/as-parteiras-hebreias/

terça-feira, 20 de agosto de 2024

AMOROSO JESUS

Então, tomando as crianças nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava. Marcos 10:16

Por que será que os ursos pandas nos atraem tanto? Por que colocam filhotinhos de animais nos anúncios publicitários? Por que Walt Disney mudou a fisionomia do ratinho Mickey aumentando o tamanho da cabeça e dos olhos dele? A razão para isso se denomina neotenia. É a capacidade que temos de encontrar a ternura em imagens que lembram bebês. Os olhos grandes e brilhantes, a pele macia e a fofura despertam o sentimento de proteção e cuidado. E não importa se o urso panda é adulto, sua aparência remete a um filhote, o que nos atrai ainda mais. Os anúncios publicitários utilizam filhotes porque eles nos passam uma imagem de delicadeza dos produtos anunciados. E Mickey, o ratinho que encantou gerações, deixou sua fisionomia de menino travesso por uma mais infantil, pois se esperava algo mais de acordo com o tipo de pessoa que veria seus desenhos animados.

E não é à toa que as crianças são tão encantadoras. Mesmo o homem mais rude se transforma quando pega o netinho nos braços. Nada é mais convincente do que os olhos enormes de um bebê acompanhados de um largo sorriso. Nada é mais intenso do que um carinho feito por aqueles dedinhos em nosso rosto. Mas, mesmo diante de toda essa ternura, ainda existem aqueles que se opõem à presença de crianças em determinados espaços. Na igreja, por exemplo: alguns pensam que esse é um ambiente apenas para adultos e querem que as crianças venham, mas que mantenham distância e silêncio. Isso é um equívoco. As crianças são parte da família de Deus e têm o direito de estar em Sua casa, de serem acolhidas e amadas.

Jesus foi exemplo de acolhimento e afeto pelas crianças. O Carpinteiro de Nazaré gostava de abraçá-las e levantá-las para ver de perto seus brilhantes olhos. Suas mãos, que curavam e faziam milagres, afagavam seus cabelos lisos ou crespos. E Ele as abençoava com carinho, demonstrando-lhes sempre profundo amor.

Devemos aprender com o exemplo de Jesus e acolher as crianças com ternura. Além disso, devemos aprender com as crianças também, a ser humildes, receptivos e perdoadores. Afinal, o reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas (Mt 19:14). 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/amoroso-jesus/

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

JESUS E AS CRIANÇAS

O que Jesus fez pelos que levaram as crianças até Ele? Mc 10:13-16 

Embora as crianças fossem desejadas no mundo antigo (especialmente os meninos, na cultura predominantemente masculina), o nascimento e a infância não eram fáceis. Os riscos de morte eram elevados: para as mães durante o parto e para os recém-nascidos, bebês e crianças. Muitas culturas usavam medicamentos tradicionais e amuletos para proteger essas pessoas vulneráveis contra supostas forças malévolas. 

As crianças ocupavam uma posição social inferior, semelhante à dos escravos (Gl 4:1, 2). No mundo greco-romano, crianças com deficiências físicas ou que fossem indesejáveis eram expostas, ou jogadas em um rio. Os meninos eram mais valorizados que as meninas; às vezes, meninas eram deixadas para morrer na natureza. Algumas vezes bebês abandonados eram “resgatados” para serem criados e vendidos como escravos. 

Os discípulos não entenderam o conceito de receber o Reino de Deus como uma criança (Mc 9:33-37). Então, repreendiam os que levavam crianças a Jesus para serem abençoadas, talvez pensando que Ele não tivesse tempo para uma tarefa tão simples. 

Eles estavam errados. Jesus ficou indignado. No Evangelho de Marcos, Jesus tem reações surpreendentes em relação às pessoas, e é interessante que uma de Suas fortes reações tenha sido em relação às pessoas que queriam afastar Dele as crianças. 

Jesus insistiu que os discípulos não deveriam impedir as crianças. Por quê? Porque o Reino de Deus pertence a elas, e devemos recebê-lo na atitude de uma criança – provavelmente uma referência à confiança simples e irrestrita em Deus. 

“Não deixem que seu caráter não cristão represente mal a Jesus. Não mantenham os pequeninos afastados Dele por sua frieza e aspereza. Nunca lhes deem motivo de pensar que o Céu não seria um lugar aprazível para eles, se lá estivessem. 

“Não falem de religião como de uma coisa que as crianças não possam compreender, nem procedam como se não se esperasse delas que aceitassem a Cristo [...]. Não lhes deem a falsa impressão de que [...] elas devem renunciar a tudo quanto faz a vida agradável” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver [CPB, 2021], p. 21). 

Como você pode revelar melhor Jesus às crianças que estão ao seu redor.

Fonte:https://mais.cpb.com.br/licao/ensinando-discipulos-parte-2/#licaoSegunda 

sábado, 17 de agosto de 2024

VERDE CARÍCIA

Deus disse: “Que a terra produza relva, ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja no fruto sobre a terra.” E assim aconteceu. Gênesis 1:11

Desde o primeiro cenário do mundo, Deus Se revela como um criador exuberante e surpreendente. Em vez de um campo de golfe ou de futebol, Ele cobre a Terra com um manto vibrante de vegetação que assume inúmeras tonalidades de verde. E é através desse verde que a vida surge e se expande. Afinal, a essência do mundo não é um deserto, mas um jardim. E o projeto de Deus é que esta Terra seja um lugar vivo e fértil, onde a vida desabroche em plenitude. 

As plantas não são apenas uma questão de estética ou de proteção, mas também de cura e alimento. Desde tempos imemoriais, as tradições populares têm confiado nas ervas para curar males do corpo e da alma. E o primeiro horto medicinal foi o próprio jardim do Éden. Deus ama o verde, a vida que dá vida, e cuida dela com carinho. 

Jesus também nos ensina sobre o valor do verde em nossa vida. Quando alimentou a multidão, Ele convidou as pessoas a se assentarem sobre a relva verde, proporcionando-lhes um momento de descanso e tranquilidade. Pois Deus não apenas cria, mas também cuida de Seus filhos e os acaricia, seja através do frescor das plantas, do murmúrio das folhas ou do toque suave das lâminas de grama. O verde é o símbolo da vida e do amor de Deus por nós. 

E você, já parou para admirar a beleza da natureza? Já sentiu o toque revitalizante de uma folha ou o refrigério de uma brisa no rosto? A criação de Deus é um presente para nós, que podemos desfrutar em toda a sua exuberância e abundância. Cada planta, cada animal, cada elemento da natureza é um reflexo da bondade e do amor divinos. 

Portanto, olhe ao seu redor e contemple as maravilhosas obras do Senhor. Deixe-se envolver por Sua arte magistral, Sua glória entrelaçada em cada detalhe da pintura universal, Seu amor a transbordar em cada recanto do cosmos. Ao sentir o doce cheiro das flores, o cálido abraço de uma tarde primaveril e a umidade rejuvenescedora de um dia chuvoso, louve a Deus. Deixe-se ser acariciado pelo verde vivo e pulsante, e sinta a presença do Eterno em sua vida. Afinal, a vida é um dom precioso do qual devemos cuidar com amor e gratidão.

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/verde-caricia/

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

SHABBAT SHALOM!!!

O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se II Pedro 3:9.
 

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

MISERICÓRDIA PARA A DESAVISADA

 Antes mesmo que clamem, Eu responderei. Isaías 65:24.

Havia muitos anos, eu vinha perdendo a audição do meu ouvido esquerdo. Eu sabia que um aparelho auditivo poderia me ajudar, mas convenci a mim mesma de que não seria necessário. Além disso, pensava que ia fazer eu parecer uma idosa. Contudo, quando minha audição ficou tão ruim a ponto de atrapalhar o meu trabalho, tive que admitir que o problema não iria melhorar. Com um misto de emoções, engoli meu orgulho e comprei um aparelho auditivo, que custou 2.600 dólares. 

Cerca de seis meses depois de ter comprado o aparelho auditivo, fui submetida a uma cirurgia e tive mais quatro semanas de recuperação. Dentro de casa, eu não usava o aparelho auditivo, mas quando ocasionalmente precisava sair, eu o colocava. 

Então, numa terça-feira, precisei resolver algo na rua e coloquei o aparelho. Nos dois dias seguintes, fiquei em casa e, portanto, não usei o aparelho auditivo. Na quinta-feira, eu estava regando as plantas no pátio de casa quando olhei para baixo. Fiquei chocada ao ver que o aparelho auditivo estava ali no chão, bem na minha frente! Percebi que ele devia ter caído do meu ouvido enquanto eu regava as plantas na terça-feira, então, eu sabia que não era coincidência eu olhar exatamente para aquele lugar nesse momento. Eu sabia que meu olhar tinha sido direcionado por um anjo. 

Que coisa mais linda é saber que Deus me ama tanto, que Ele ouviu meu pedido de ajuda antes mesmo que eu percebesse que havia perdido meu aparelho auditivo! 

O tempo de Deus também não foi uma coincidência. No dia seguinte, eu teria uma consulta com a empresa que me vendeu o aparelho auditivo, a fim de ajustá-lo. No mesmo instante, consegui entender qual seria a situação caso eu fosse pegar a caixinha do aparelho auditivo na sexta-feira de manhã e visse que ele não estava ali dentro pouco antes de sair de casa. Eu iria revirar a casa de cabeça para baixo e não encontraria o aparelho. Jamais eu pensaria em procurar no quintal e provavelmente não o encontraria, pois tem muitos esquilos que entram no quintal da minha casa. Além disso, eu não conseguiria comprar um novo aparelho, pois tinha muitas despesas da cirurgia ainda a pagar. 

Agradeço a Deus por ser tão compassivo nos tempos em que nem sabemos que precisamos de misericórdia. Lá no Céu, iremos saber quantas vezes Deus derramou Sua graça sobre nós sem que nem mesmo soubéssemos. 

Carla Baker

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/misericordia-para-a-desavisada/

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

FOME

Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em casa e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração. Atos 2:46

A refeição é um momento de diálogo entre familiares e amigos. Quando isso não é possível, geralmente a pessoa tem a companhia do celular, da TV, de uma revista ou de um livro. Parece impossível fazer uma refeição completamente sozinho. 

A explicação para este fato é que Deus nos criou desse jeito, com uma necessidade quase inexplicável de ter companhia quando nos assentamos à mesa. Sendo assim, a fome pode ser entendida como mais do que simplesmente uma sensação fisiológica que denuncia a necessidade de reposição de nutrientes no corpo. Em sentido social e até espiritual, a fome poderia ser entendida como um convite à mesa. E, na mesa ideal, não encontramos apenas comida. Encontramos companhia. Encontramos o outro. 

A imagem de uma mesa posta, com gente ao redor, foi escolhida pelo autor do livro de Atos dos Apóstolos para explicar como era a vida da igreja cristã do 1século. Eles comiam, oravam, sorriam e conversavam ao redor da mesa. Ali os crentes partilhavam seus alimentos e suas histórias. Em cada reunião havia encorajamento e fortalecimento de sua identidade como comunidade do Cristo vivo. A mesa é mais do que um móvel. É uma experiência. Cada vez que participamos dela, recebemos nutrição física, emocional e espiritual. 

Você já deve ter ouvido algum pregador dizer que na cultura do Oriente, nos tempos de Jesus, as pessoas só tomavam refeições com quem era próximo ou com quem desejavam construir intimidade. Isso é verdade, mas não só nos tempos bíblicos. Hoje a realidade é a mesma. Abrir a porta da casa e oferecer lugar à mesa é um gesto de confiança e carinho. 

Eu quero ser aquele que se assenta à mesa para abençoar e ser abençoado. Eu quero enxergar em cada refeição uma oportunidade de comunhão. Quero celebrar a bênção do pão e a graça de viver em comunidade. 

Que tal sentar hoje à mesa com alguém sozinho? Que a sua presença seja a resposta que faltava para a fome de alguém. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/fome-2/

terça-feira, 13 de agosto de 2024

MAÑANA

Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco. Preciso trazer também estas. Elas ouvirão a Minha voz e, então, haverá um só rebanho e um só pastor. João 10:16.

Nas últimas férias de primavera, fui convidada para acompanhar um grupo de alunos da nossa escola em uma viagem missionária para a Nicarágua. Eles precisavam de uma acompanhante do sexo feminino para ir àquele país, o qual eu nunca havia visitado, e assim, concordei em ir com eles. Nosso projeto, realizado juntamente com um ministério cristão de aviação, seria construir uma ponte entre a vila de La Tronquera e a base aérea missionária, que ficava numa região remota ao norte do país. 

Para chegar até lá, decolamos num voo noturno saindo de Kelowna, no Canadá, passando por Vancouver, depois, Cidade do México, até Manágua, a capital da Nicarágua. Fizemos um passeio rápido pela cidade e visitamos uma instituição que capacitava pessoas em situações de extrema pobreza a desenvolver habilidades de corte e costura. De Manágua, fomos de avião para Puerto Cabezas, no Caribe. Lá, pegamos um ônibus velho e enferrujado, para fazermos uma viagem de mais de quatro horas pela estrada de chão esburacada. Quando chegamos, ficamos muito animados para mergulhar, com roupas e tudo, num lago que tinha na propriedade. 

O projeto teve um ótimo progresso, pois todos estavam trabalhando duro. Apesar de a temperatura estar acima dos 30° C e das muitas picadas de insetos, no período de dez dias concluímos a construção de uma ponte forte e sólida. 

O dialeto falado naquela região é o misquito. No sábado, ouvimos um sermão em espanhol, que era traduzido tanto para o inglês quanto para o misquito. Quando cantamos um hino bastante conhecido, uma senhora simpática, que estava sentada ao meu lado, foi apontando as palavras no hinário em misquito. Não conseguíamos nos comunicar verbalmente, somente uma troca de abraços e alguns sorrisos mútuos. 

Quando terminamos o nosso projeto da construção da ponte, nos juntamos às pessoas da vila para a grande inauguração. Marilyn (cujo nome eu fiquei sabendo depois) sorriu para mim do outro lado do grupo e veio falar comigo mais tarde. Trocamos mais abraços, sorrisos e até algumas lágrimas e, depois, ela me disse enquanto apontava para o céu: “Mañana” (que significa amanhã em espanhol). 

Nós nunca saberemos quais vidas poderemos tocar ou aquelas que irão nos tocar aqui na Terra. O que eu sei é que, pela graça de Cristo, Marilyn e eu nos encontraremos novamente. Que dia feliz vai ser aquele! 

Beverly D. Hazar

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/manana/

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

MUNDO LÍQUIDO

E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2

Foi lá pelos anos 1980, quando comecei a entender o que implicava para muita gente essa coisa de passar da Era de Peixes para a Era de Aquário. O que parecia simplesmente uma lembrança dos anos 1960 e do movimento hippie foi ganhando força até chegar no que hoje geralmente se chama “Nova Era”. Entre as leituras de Marilyn Ferguson (A Conspiração Aquariana) e as de Zygmunt Bauman (Modernidade Líquida), pude visualizar a fluidez de nosso entorno e a habitual leveza de nosso ser: flutuamos em um mundo líquido.

O que isso quer dizer? Quer dizer que antes sabíamos onde estávamos, porque nossa sociedade tinha as margens estabelecidas. Por exemplo, um casal sabia que depois da amizade vinha o namoro e então o noivado, o casamento e a formação de uma família. Hoje, um casal não saberia diferenciar o estado em que se encontra: Seria a amizade com direito a certos “privilégios” como o namoro de antes ou como o casamento? Quanto dura o casamento? E o amor? Tudo está muito mais difuso, menos sólido, ou seja: líquido.

Já dizia o Apocalipse no final de sua projeção sobre as diferentes etapas do cristianismo (as sete igrejas): “Conheço as obras que você realiza, que você não é nem frio nem quente. Quem dera você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, e não é nem quente nem frio, estou a ponto de vomitá-lo da Minha boca. Você diz: ‘Sou rico, estou bem de vida e não preciso de nada.’ Mas você não sabe que é infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap 3:15-17).

O cristianismo tem vivido tempos difíceis. Quente, quando foi perseguido. Frio, quando foi perseguidor. Agora, não é isso nem aquilo. Encontra-se no meio de uma situação difícil de classificar. Embora seja patrimônio dos povos, a religião está divorciada da vida cotidiana. “Crer” já não se enquadra em um sistema doutrinário, mas na opinião. Infelizmente, essa situação anômala é muito atraente para uma multidão de cristãos.

Esta é a hora de voltarmos para as Escrituras e refletirmos sobre o conselho de Paulo, pois não podemos nos conformar com este mundo. É necessário ter compromisso para que nosso ideal seja claro. É necessário que sejamos o que temos que ser. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/mundo-liquido/

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

SHABBAT SHALOM!!!

 Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome. (Salmos 91:14)

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

PRECIOSOS

Que variedade, Senhor, nas Tuas obras! Fizeste todas elas com sabedoria; a Terra está cheia das Tuas riquezas. Salmo 104:24

Muitos textos que fazem referência à criação não estão no livro do Gênesis. É o caso do Salmo 104. Essa passagem nos faz lembrar que são muitas as obras que Deus realizou e que todas foram feitas com sabedoria. Até aqui, tudo normal; o estranho é o que surge quando chegamos ao final do verso 24. Em várias traduções, você pode encontrar outros termos, tais como “posses” ou “criaturas”. Mas por que essa diferença de tradução? Primeiramente porque a maior parte do Antigo Testamento foi escrita em hebraico, um idioma bem diferente das línguas ocidentais, não somente nas palavras, mas também nos conceitos. A segunda razão se deve à diferença cultural. O hebreu não somente pensava diferente como também vivia de maneira distinta. A maioria de nós, por exemplo, vive em cidades. Muitos deles, porém, habitavam regiões predominantemente rurais. Nós falamos de equipamentos e de tecnologia; eles falavam do estado do campo e dos tipos de arado. E a terceira razão tem que ver com o desconhecimento histórico. É preciso conhecer a fundo os detalhes da história dos hebreus para entender seus textos.

O que acontece, então, com aquele versículo? Na sua forma original, a palavra traduzida por “riquezas” faz referência a propriedades (qinyan), referindo-se a propriedades móveis. É um termo que costuma ser usado para o gado ou para pessoas. Portanto, é correto empregar “criatura” ou “posse”. Lembre-se de que a mentalidade daquela época era nômade e, para um nômade, não há nada de maior valor do que os filhos e os rebanhos. Nesse sentido, o versículo diria que, para Deus, o mais valioso na criação são Suas criaturas, incluindo nós. Cuidar de uma ovelha e vê-la crescer, proteger um filho e vê-lo amadurecer era o máximo que podia acontecer a um nômade. Essa era sua riqueza.

Segundo o Salmo 24, Deus fez uma infinidade de coisas, mas as que mais Lhe agradam são os seres vivos que povoam cada parte do mundo. Você e eu somos preciosos para Deus, pois, além de criaturas, somos filhos Dele. Que grande privilégio! Portanto, viva com a consciência de que, para Deus, você vale muito mais do que ouro e prata: vale o sangue de Cristo. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/preciosos/

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

A CURA DO SURDO E GAGO

 Leia Marcos 7:31-37. Quem foi levado a Jesus e o que Ele fez por aquela pessoa? 

Jesus não percorreu a distância mais curta para retornar à Galileia, vindo da região de Tiro e Sidom. Parece que Ele saiu da região de Tiro em direção ao norte, subiu pela região de Sidom, depois para o interior e desceu pela região nordeste do mar da Galileia, chegando finalmente perto do mar. Foi um caminho tortuoso, provavelmente dando bastante tempo para que ensinasse Seus discípulos. 

O texto não diz quem levou o homem a Jesus, mas o problema dele era claro: ele não conseguia ouvir e tinha dificuldade em falar. A perda de audição isola as pessoas da sociedade, e a surdez profunda pode tornar difícil o aprendizado da fala. Talvez aquele homem enfrentasse esse problema há vários anos. 

Jesus compreendeu a situação difícil do homem e o chamou de lado, em particular. A maneira como o Senhor curou o homem é curiosa, especialmente para os leitores modernos. Ele colocou os dedos nos ouvidos do homem, cuspiu, tocou na língua dele e suspirou. É fácil perceber que Jesus tocou nas partes do corpo que iria curar, mas por que o suspiro? Ele “suspirou ao pensar nos ouvidos que se não abriam à verdade e nas línguas que se recusavam a reconhecê-Lo como o Redentor” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 320). 

Jesus restaurou a audição do homem e o capacitou a falar. Esse suspiro ilustra os limites que Deus colocou sobre Si mesmo no que diz respeito ao livre-arbítrio da humanidade. Ele não força nossa escolha. Somos livres para escolher quem conduzirá nossa vida: o Príncipe da vida ou o príncipe das trevas. Jesus poderia abrir ouvidos surdos, mas não forçaria corações incrédulos a reconhecer que Ele era o Messias. 

Essa breve história também ilustra o que Deus pode fazer por aqueles que se voltam para Ele de boa vontade. Talvez você tenha sido relutante em compartilhar sua fé, por não saber o que dizer. Esse milagre oferece encorajamento para que o Senhor Jesus possa abrir seus ouvidos para serem sensíveis às necessidades das outras pessoas e, assim, você leve uma palavra a fim de animá-las em sua jornada. 

Você recebeu os dons de ouvir e falar. O que tem feito para Deus com esses dons...

Fonte: https://mais.cpb.com.br/licao/de-dentro-para-fora/

terça-feira, 6 de agosto de 2024

ESCURIDÃO

Eu disse essas coisas para que em Mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo. João 16:33

Suas mãos cansadas apagam as luzes do quarto, e a escuridão de seu peito invade todos os espaços abertos pela ausência e pela dor. Os dois garotos dormem abraçados na cama do casal, e o pai se derrama sobre a poltrona ao lado. Foi o seu dia mais longo. Uma doença grave roubou a esposa do jovem marido e dos filhos pequenos. 

Instigados pelo silêncio, os pensamentos vão longe à procura de respostas e sentido para o restante de seus dias. Deus? Passa de certeza a hipótese, entre uma lágrima e outra. As horas passam devagar, e, à meia-noite, uma pergunta sai dos lábios do garoto menor, que acorda assustado: “Pai, você está aí?” O pai responde rapidamente: “Sim, filho. Eu estou aqui com você!” Mais aliviado, o menino continua: “É que eu não consigo ver o senhor.” 

O pai sentiu um frio na espinha. Era como se, de seus próprios lábios, tivesse ouvido a resposta que buscava do Céu. Em sua hora mais assustadora, assediado pelo medo e pela incerteza, com o peito ainda sangrando, junta o que sobrou de sua fé em uma pequena oração: “Pai, o Senhor está aí? É que está tudo tão escuro que eu não consigo vê-Lo.” 

Talvez seja essa sua oração hoje. Um amigo querido me disse, tempos atrás, algo que me marcou: “Quando tudo parece escuro talvez seja porque estamos debaixo da sombra das mãos protetoras de Deus.” Quem nunca viveu dias difíceis? Quem nunca perdeu alguém que amava? A cadeira vazia na mesa de jantar, o cheiro das roupas, uma foto na tela de descanso do celular, a voz insistente na memória, tantas histórias. Morre um pouco de nós a cada despedida. Mas, nos momentos mais escuros da vida, somos guardados à sombra da onipotência. Não há uma lágrima humana que não salgue também os lábios divinos. 

Jesus mesmo disse que neste mundo viveríamos dias complicados e sem luz. Ele também experimentou despedida, luto e solidão. Mas venceu e promete vitória. A melhor resposta que oferece ao nosso sofrimento é Ele mesmo. Ele é Emanuel. É Deus conosco. É Deus presente. É Deus ao lado atravessando os dias maus. Ele está com você hoje também. Não falta muito, e nossos olhos O verão. 

Fonte:  https://mais.cpb.com.br/meditacao/escuridao-2/

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

SENDO PROVADA

Amados, não estranhem o fogo que surge no meio de vocês, destinado a pô-los à prova, como se alguma coisa extraordinária estivesse acontecendo. Pelo contrário, alegrem-se na medida em que são coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de Sua glória, vocês se alegrem, exultando. 1Pedro 4:12, 13.

Uma das melhores coisas de ser professora é fazer com que as aulas se tornem “vivas” para os alunos. Uma forma de fazer isso é planejar excursões externas. Recentemente, levei minha quarta turma (do terceiro ano) para uma fábrica de vidros durante uma aula de ciências. Estamos estudando a matéria. Aprendemos que a matéria está em todo lugar. Ela pode ser sólida, líquida ou gasosa. Além disso, a matéria pode se modificar. Essas alterações podem ser físicas ou químicas. 

Quando fomos à fábrica de vidros, vimos o que ocorre quando é feita uma alteração química na matéria. O fabricante começa pegando um pedaço de vidro. Depois, ele gira o vidro, que está na ponta de um bastão, em diferentes materiais para mudar de cor. Então, ele coloca o pedaço de vidro no fogo aquecido a 649 oC. Ele tira o vidro do fogo e o molda num objeto específico. Ele faz isso assim que o vidro sai do fogo, antes que ele esfrie e endureça. Em seguida, ele coloca o objeto num resfriador por 24 horas, a fi m de que ele esfrie completamente. No dia seguinte, o processo está concluído. 

A experiência de ver o vidro sendo transformado pelo calor do fogo me fez pensar em como nós cristãos sofremos. Por que devemos fi car felizes quando sofremos por Cristo? Porque isso nos torna sócias Dele em Sua obra. Mesmo que soframos aqui por Ele, ficaremos felizes quando Ele vier para reinar eternamente. 

Apesar de termos muitos exemplos de pessoas que se tornaram mártires por amor a Cristo, esse conceito ainda é um tanto difícil de digerir. Nos últimos três anos, venho sofrendo com a perda de um trabalho em período integral, apesar de trabalhar o dia todo. Então, eu digo: “Até quando, Senhor?” Mas depois, lembro-me do fim da história. 

Para que o objeto de vidro tome forma, ele precisa – necessita – passar pelo fogo, a fim de se tornar especial. Assim sendo, Senhor, por favor, faze-me passar pelas provações que preciso, a fim de que me torne quem Tu desejas que eu seja. 

Dana M. Bassett Bean

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/sendo-provada/

domingo, 4 de agosto de 2024

NÃO SE PREOCUPE E SEJA FELIZ

Digo isto, não porque esteja necessitado, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Sei o que é passar necessidade e sei também o que é ter em abundância; aprendi o segredo de toda e qualquer circunstância, tanto de estar alimentado como de ter fome, tanto de ter em abundância como de passar necessidade. Tudo posso Naquele que me fortalece. Filipenses 4:11-13.

No verão de 2017, tive o privilégio de ir para Santa Clara, em Cuba, com um grupo de missionários. Lá, realizamos campanhas evangelísticas durante a noite e exames de saúde e de vista durante o dia. Além disso, doávamos óculos de grau para ajudar as pessoas a enxergar melhor ou a ler com mais clareza. Contudo, fiquei tocada com a condição de vida dos nossos irmãos naquele canto do mundo. Muitos não conseguiam comprar um par de óculos ou sequer fazer a prescrição. Nós não sabíamos muita coisa sobre Cuba, até que eles abriram as fronteiras para os americanos. Mas estar ali nos abre os olhos para ver que a vida não é nada fácil naquele país. Muitas pessoas não desfrutam da liberdade que muitas vezes consideramos normal em nosso país. Os alimentos são limitados e controlados. Os jovens obtêm seus diplomas nas universidades públicas, mas nem sempre encontram emprego depois que se graduam. As casas são subsidiadas e as pessoas têm apenas as necessidades básicas supridas. Ainda assim, percebi que as pessoas estão contentes com o que têm e aproveitam a vida como podem. 

Realizamos uma campanha evangelística de oito noites, com programação também para as crianças e ficamos felizes em ver a igreja cheia todas as noites, com pessoas sedentas de aprender sobre o amor de Deus. As crianças amavam ouvir as histórias bíblicas e aprender as canções que falavam da bondade de Jesus. Todas cantavam com gosto. A fé que elas tinham em Deus e o amor de umas pelas outras era admirável. Todos estavam felizes em servir ao Senhor num só acorde, sem ter ciência da sua falta de bens materiais. Eles aprenderam o segredo de viver contentes e se sentem gratos e felizes com aquilo que possuem. Essa situação me lembrou da declaração do apóstolo Paulo, que diz: “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fp 4:13). 

Este é o segredo para ser feliz: saber que Deus nos ama e cuida das nossas necessidades. Não há nada com que nos preocuparmos, quando temos Deus em nossa vida. A exemplo de Paulo, podemos aprender a nos contentarmos com as nossas bênçãos e a compartilhá-las. Não se preocupe, seja feliz! 

Rhona Grace Magpayo 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/nao-se-preocupe-e-seja-feliz/

sábado, 3 de agosto de 2024

ARREPENDIMENTO

Tem misericórdia de mim, ó Deus, por Teu amor; por Tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Salmo 51:1

O Céu não vai estar cheio das pessoas que menos pecaram, mas das que mais se arrependeram. No entanto, parece difícil experimentar o verdadeiro arrependimento. É comum ver pessoas tristes diante das consequências de suas ações, mas isso não é arrependimento. É remorso. Se o erro não fosse descoberto ou as consequências não fossem tão trágicas, talvez não houvesse incômodo na consciência de quem sente apenas remorso, mas não está arrependido. 

Tudo ao redor tenta nos distanciar da consciência de nossa real condição diante de Deus. O escritor C. S. Lewis, no livro O Problema do Sofrimento, descreve pelo menos três armadilhas mentais que nos afastam do verdadeiro arrependimento. A primeira é o engano da aparência. É o problema da comparação. Em geral, não nos consideramos muito piores do que as pessoas mais decentes e nobres deste planeta. Por outro lado, estamos certos de que somos muito melhores que as pessoas que consideramos depravadas. A segunda armadilha é o engano da consciência social. Como vivemos em um mundo injusto, nós nos acostumamos a lidar com uma espécie de culpa coletiva. De certa forma, nós nos sentimos responsáveis pela fome no mundo, pelas crianças desabrigadas e pelo aquecimento global. O problema é quando essa culpa compartilhada nos distrai das culpas que são apenas nossas. A terceira armadilha é o engano do tempo. Temos a tendência de imaginar que o tempo por si só resolve o problema do pecado e, com o passar dos anos, vemos nossas faltas antigas como menos graves. Que perigo é declarar-se um cristão sem conhecer o gosto das lágrimas de arrependimento! 

Talvez Davi seja o maior exemplo bíblico de alguém que se arrependeu de verdade. Quando o profeta Natã lhe apontou o dedo e declarou seu pecado, o rei não se justificou, não diminuiu a culpa nem terceirizou a responsabilidade. Ele assumiu a falha e chorou na presença do Eterno. 

A Bíblia afirma que é o Espírito Santo quem nos convence do pecado (Jo 16:8). Então peça a Deus que o ajude a identificar o que em sua vida tem desonrado ao Senhor. Leve seu coração impuro e suas mãos sujas a Cristo. Ele é capaz de perdoar você e purificar sua vida. 

Fonte: https://mais.cpb.com.br/meditacao/arrependimento-2/